Por que sou fã de wrestling?

    Após algumas semanas a tentar formalizar uma justificação concreta para ver wrestling nos dias que correm, finalmente decidi abrir o jogo com todos vós e apresentar-vos as razões que me levaram a querer, um dia, ser fã de wrestling.

    Começando pelo início, vejo wrestling desde 2009. Na altura, acompanhava o produto através dos canais de televisão, que emitiam o Raw, Smackdown e os compactos semanais. O meu gosto começou por aí, até evoluir para mais algo mais sério, que viria a acontecer mais tarde.

    Em 2012, tinha 15 anos quando vi o primeiro evento em direto. Para começar em grande, nada melhor que a WrestleMania da altura, a 28, para ser mais específico.

    No entanto, o verdadeiro ponto de viragem deste percurso aconteceu dois anos depois, quando me comecei, aos poucos, a envolver em projectos relacionados com wrestling, até chegar onde estou agora, na Bola na Rede, a escrever para vocês.

    Para quem está a ler o texto nesta altura, pode-se interrogar, e com razão: Ok, já falaste de como começaste a ver wrestling, mas na realidade quais são razões que te levaram a ser fã?

    Confesso que é uma pergunta difícil de analisar e refletir e que, no fundo, está na origem do trajeto que todos nós tomámos até aos dias de hoje, independentemente do tipo de empresa que assistimos, do contexto que potenciou tudo isto e da nossa própria opinião e visão das coisas. Ao fim ao cabo, de todo o conjunto de condicionantes que marcaram o apreciar de um desporto como este. (E sim, o wrestling é um desporto como todos os outros!)

    Quando se fala em wrestling, fala-se, acima de tudo, na multiplicidade de pontos de vista, que variam de pessoa para pessoa e que tornam tudo muito mais estimulante. Porém, é muito mais do que isso.

    A passagem da WWE por Portugal foi um dos momentos que marcaram este percurso
    Fonte: WWE

    No meu entender, ser fã de wrestling significa aceitar todo o tipo de decisões que uma certa empresa toma em função do que ela entende ser melhor para o público. Por vezes, podemos achar que não é a melhor decisão, mas a única opção que nos resta é mesmo lidar com isso.

    Como fãs, não podemos mudar a visão de uma promotora, por muito que isso nos custe saber. Podemos, no entanto, alterar o trajeto da comunidade em que estamos inseridos ou, no caso de não estarmos envolvidos em nada, simplesmente aceitar o que nos está a ser vendido a toda a hora. E acreditem, é mesmo muita coisa, seja WWE, NXT, Impact, NJPW ou ROH, entre muitas outras.

    Mas nem tudo é mau, porque, na minha opinião, ser fã de wrestling acarreta consigo um encanto muito especial, que se torna visível em cada programa ou evento. Sobretudo em alturas tão marcantes para o negócio, como a WrestleMania, o Royal Rumble ou o SummerSlam, este encanto torna-se muito mais evidente.

    Se pudesse caracterizar o que sinto, diria que é inexplicável e um misto de emoções, ao mesmo tempo. Sendo um desporto que, só por si, já é emocionante, o wrestling carrega consigo uma componente ainda mais nostálgica e emocional a cada combate, segmento, regresso ou estreia.

    Ser fã, hoje em dia, é sinónimo de lidar com momentos, bons e maus, relaxar, disfrutar, gritar, divertir e opinar, entre muitas outras vertentes. 

    Na minha experiência pessoal, que é relativamente recente, sinto tudo isto ao mesmo tempo, o que se faz concluir que vale a pena ser fã de wrestling. Todos nós começámos a assistir quando erámos crianças, e a maior parte de vocês começou e parou nessa altura. Eu não o fiz, e conheço mais pessoas que também não o fizeram!

    Não estou, com isto, a desvalorizar o contexto em que cada um começou a ver wrestling ou quando decidiu terminar, mas, no meu ver, um verdadeiro fã também se preza por acompanhar o produto com alguma regularidade e esforçar-se, pelo menos, em saber os mínimos do que se vai passando na atualidade das várias promotoras.

    Obviamente que tudo isto depende de múltiplos fatores, mas uma coisa é certa: o wrestling veio para ficar e não para estagnar numa só geração ou num determinado período de crescimento.

    No final de todas estas palavras, dou-me por satisfeito se muitos de vocês conseguirem entender o conjunto de sensações que se vivem ao ser fã. Se não for correspondido, aconselho-vos a tentar viver a experiência, porque só aí é que vão perceber aquilo de que eu estou para aqui a falar. Se o conseguir, é sinal de que a minha mensagem passou para esse lado e foi percebida com eficácia.

    Foto de Capa: WWE

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    Miguel Catarino
    Miguel Catarinohttp://www.bolanarede.pt
    Aspirante a jornalista, destaca-se pela polivalência. Escreve sobre o SL Benfica e WWE, que acompanha com frequência há 12 anos.                                                                                                                                                 O Miguel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.