Portugal 3-4 Ucrânia: Sorte e solidez defensiva fizeram a diferença

    Na segunda jornada da etapa da Liga Europa que se disputa na Nazaré, Portugal defrontou a sempre complicada seleção da Ucrânia. Após uma partida em que a equipa das quinas ficou algo abaixo das expetativas, a união defensiva demonstrada pelo conjunto ucraniano, assim como alguma sorte, fizeram com que a Ucrânia fosse a primeira seleção a derrotar Portugal nesta temporada, tendo vencido por 4-3.

    O jogo começou com a Ucrânia a criar perigo e, logo no pontapé de saída, Korniochuk enviou a bola ao poste da baliza de Andrade. Pouco depois, Bê Martins, através de uma recuperação de bola, quase oferecia o golo a Jordan, mas Borsuk impediu a inaugurar do marcador.

    Portugal estava bem e disputados cerca de três minutos, o golo esteve quase a surgir. Primeiro, através de um remate de meia distância de Andrade, que ainda desviou na areia e, depois, por intermédio de Coimbra que, apesar de ter conseguido rodar para ficar de frente para a baliza, viu Sydorenko negar-lhe o tento primeiro da tarde. Volvidos alguns segundos, Andrade serviu Madjer que rematou de primeira. Contudo, o desvio na areia fez o esférico embater no travessão da baliza ucraniana. Pouco depois, Torres tentou uma bicicleta, mas Sydorenko defendeu. 

    A seleção nacional carregava e detinha total controlo do jogo. Todavia, através de uma situação fortuita, Glutskyi quase que inaugurou o score a favor da Ucrânia. A cortar um remate de Andrade, que estava a ter muito espaço para jogar, fez a bola passar muito perto do poste direito da baliza portuguesa. Porém, pouco depois e após mais alguns avisos, a Ucrânia chegou ao golo por intermédio de Pachev.

    Em desvantagem, Portugal tentava, mas não estava a conseguir encontrar os caminhos para a baliza de Sydorenko. No entanto, a faltarem dois minutos para a pausa, essa situação esteve quase a mudar, quando Coimbra descobriu Bê Martins que, por muito pouco, não restabeleceu o empate. Já dentro do último minuto, Andrade arriscou um pontapé de longe e Von, em cima da baliza ucraniana, desviou o esférico para o fundo das redes, fazendo 1-1. Porém, o empate durou pouco, pois, após um remate em que Andrade defendeu para a frente, Voitok voltou a colocar a Ucrânia na dianteira.

    Finalizado o primeiro período, a Ucrânia batia Portugal por 2-1. Vantagem algo “mentirosa”, tendo em conta o que se havia jogado nos areais da Nazaré. É verdade que a seleção ucraniana terminou os doze minutos iniciais por cima, mas os comandados de Mário Narciso começaram melhor e dispuseram de várias chances para concretizar. 

    A segunda parte começou de forma morna, com Portugal a tentar aproveitar o espaço que a Ucrânia concedia a Andrade para poder criar desequilíbrios na frente. Contudo, somente jogados três minutos, a seleção nacional dispôs de uma verdadeira oportunidade de golo, em virtude de uma falta sofrida por Jordan. Apesar do livre ainda ser bastante longe da baliza ucraniana, Jordan obrigou Sydorenko a defender o seu remate com a perna esquerda. Pouco depois, a areia fez das suas e Sydorenko, que tentava fazer um passe para um colega de equipa, viu um ressalto nos areais da Nazaré trair a defensiva lusa e avolumar a vantagem da Ucrânia para 3-1. Passados alguns minutos, Korniochuk, com um remate de primeira, aumentou a diferença para 4-1. Na resposta, Madjer esteve perto de reduzir o marcador, mas Sydorenko defendeu a bola para canto.

    Portugal sentiu os golos e não estava a conseguir assentar o jogo e contruir oportunidades para marcar. A Ucrânia não mudava nada e procurava tentar aproveitar ao máximo os erros defensivos da seleção portuguesa. 

    A faltarem quatro minutos para o intervalo, Coimbra serviu Léo Martins que, com um pontapé de bicicleta, reduziu a desvantagem para 4-2. 

    A equipa das quinas estava a crescer e com cerca de um minuto para a pausa, Von tentou fazer uso do seu pontapé de bicicleta, mas Sydorenko conseguiu travar as intenções do mais jovem jogador da seleção nacional. 

    Terminado o segundo período, a Ucrânia continuava na frente, mas desta feita por 4-2. A sorte não quis nada com Portugal e após ter sofrido um golo estranho, onde a areia foi a principal culpada, sofreu outro, quase de seguida, em virtude de um grande remate de Korniochuk. A Ucrânia estava confortável, mas nos últimos minutos foi sentido o conjunto lusitano a crescer, tendo mesmo conseguido marcar um golo. Contudo, era necessário haver uma melhoria substancial no desempenho da seleção portuguesa.

    Bê Martins e Jordan foram os mais inconformados da seleção nacional
    Fonte: Nazaré Beach Events

    Portugal entrou nos derradeiros doze minutos determinado a alterar o rumo dos acontecimentos, mas apesar das chances de golo que ia dispondo, a bola não entrava na baliza ucraniana.

    As oportunidades sucediam-se e com cerca de oito minutos para o final, Bê Martins sofreu uma falta de Shcherytsia em zona extremamente favorável. A dispor de uma enorme chance para reduzir a desvantagem, Bê Martins rematou à figura de Sydorenko. Segundos depois, na sequência de um canto, Von parecia que ia marcar, mas Sydorenko, com uma defesa do outro mundo, manteve a vantagem ucraniana. 

    Os minutos passavam e Portugal continuava sem conseguir fazer mexer o marcador. A Ucrânia tentava aproveitar os espaços na defensiva da seleção portuguesa e não tivesse sido Tiago Petrony, que havia entrado há instantes para o lugar de Andrade, Glutskyi teria feito o quinto golo ucraniano. 

    A três minutos do fim, Jordan “sacou” uma grande penalidade a Medved. A necessitar de marcar para Portugal reentrar na partida, Jordan atirou rasteiro e reduziu a desvantagem para a margem mínima. 

    Até ao final, Portugal tentou carregar na procura do empate, mas nunca conseguiu criar verdadeiras oportunidades para marcar e forçar o respetivo prolongamento. 

    Assim, Portugal sofreu a primeira derrota da época, perante uma Ucrânia que foi melhor, tendo sido bastante solidária a defender, contando com um Sydorenko em grande, mas, também, com alguma sorte à mistura. Tal como ocorreu no lance do terceiro golo. A seleção nacional teve alguns bons momentos de futebol de praia, mas faltou consistência ao jogo português. Está mais complicada, quase impossível, a reconquista da etapa da Liga Europeia que se realiza na Nazaré.

    Portugal: 12-Elinton Andrade (GR), 2-Coimbra, 3-Léo Martins, 5-Jordan e 11-Bê Martins

    Jogaram ainda: 1-Tiago Petrony, 4-Torres, 7-Madjer (CAP.), 13-Ricardinho e 15-Von

    Ucrânia: 22-Sydorenko (GR), 7-Borsuk (CAP.), 8-Pachev, 10-Medved e 11-Korniochuk

    Jogaram ainda: 3-Voitok, 4-Makeiv, 13-Glutskyi e 14-Shcherytsia

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    Diogo Nunes
    Diogo Nuneshttp://www.bolanarede.pt
    Adepto ferrenho do Benfica, o Diogo deixou de sofrer golos nos rinques de Hóquei em Patins, a sua modalidade de eleição, para passar a descrevê-los em artigos.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.