O jogo teve um inicio morno, contrastando com o calor que se fazia sentir na Costa da Caparica, sem que nenhuma das equipas tivesse conseguido criar grandes chances de golo. Com o principal destaque a ir para um pontapé de bicicleta de António.
Com o andamento do relógio, a Espanha passou a ser o conjunto com mais tempo de posse de bola, mas a mesma era pouco efetiva. Portugal, ao contrário daquilo que havia feito nas duas primeiras jornadas do Mundialito, para além de quase não ter a bola em seu poder, não conseguia construir jogadas de golo. A única exceção foi uma bicicleta de Madjer, a cerca de três minutos de meio da pausa, que foi à figura de Dona.
Nos últimos cento e vinte segundos do período inicial, Portugal começou a equilibrar os pratos da balança, tendo o esférico mais tempo em sua posse, mas não era nada fácil entrar na defensiva espanhola. Von, de bicicleta, e Alan, através de uma iniciativa individual, foram os únicos a conseguir aquecer, ainda mais, as luvas de Dona.
A instantes do intervalo, a Espanha esteve prestes a inaugurar o marcador, mas Andrade, com uma grande defesa, e Llorenç, com um enorme desperdício, impediram movimentações no marcador.
Terminado o primeiro período, Portugal e Espanha empatavam a 0-0. Resultado concordante com o que havia ocorrido nos doze minutos iniciais, onde foram raras as oportunidades de golo.
Logo nos primeiros instantes da segunda parte, Coimbra rematou de longe, tentando surpreender, e ficou muito perto do golo, pois, remate foi “direitinho” à barra da baliza de Dona.
Portugal estava melhor, mas a máquina ofensiva parecia estar com areia espanhola na engrenagem, por isso, os jogadores nacionais iam começando a apostar, por algumas vezes, em remates de meia distância, mas sem qualquer tipo de sucesso.
A meio da segunda metade, a seleção portuguesa ficou a milímetros do golo, mas Alan não conseguiu dar o melhor seguimento a um passe de Von. Pouco depois, Llorenç dispôs de muito espaço, mas o remate, apesar de forte, saiu à figura de Andrade.
Praticamente com três minutos para se jogar até uma nova pausa, Portugal beneficiou de um livre direto em excelente posição. O remate de Bê Martins ainda sofreu um desvio na areia, mas Dona conseguiu tocar no esférico com a sua mão esquerda e defender para canto. Minutos depois, foi a vez de Andrade tentar a sua sorte, mas o guardião espanhol voltou a impedir a abertura do marcador.
Chegado o final do segundo período, o resultado continuava sem quaisquer modificações. Portugal esteve melhor, mas faltava criar reais chances de golo com maior frequência.

Fonte: Beach Soccer Photo Archive
No terceiro período, Portugal voltou a começar melhor e após uma oportunidade de Coimbra nos primeiros segundos, pouco depois, Bê Martins sofreu uma falta de Antonio para grande penalidade. Bê Martins, com uma grande chance de abrir o ativo, disparou para o centro da baliza espanhola e fez o 1-0. Volvido um minuto e meio, Antonio teve uma grande ocasião para se redimir, mas Coimbra colocou-se à frente da bola, bloqueando um remete que levava selo de golo. Logo a seguir, Jordan aproveitou um mau atraso de Llorenç e acabou por ser travado em falta Dona que viu um cartão vermelho direto. Jordan, com possibilidade de fazer o segundo, não desperdiçou e rematou cruzado para o fundo das redes. No retomar do jogo, a Espanha reduziu por intermédio de Eduard Molin.