Depois da derrota contra a Itália, Portugal viu a oportunidade de se apurar diretamente para o Mundial, desvanecer-se. Restava apenas uma solução à seleção das “Quinas” para estar ainda este ano no Paraguai: vencer o play-off. A Espanha foi a sorte que calhou aos comandados de Mário Narciso. Um duelo ibérico que tinha de terminar com vitória portuguesa para estar no Mundial e assim foi. Portugal disse presente e ganhou o último bilhete para ir para o Paraguai.
ENTRADA PORTUGUESA EM FALSO
Portugal até começou bem no jogo, mas foram os espanhóis que entraram a vencer. Uma falta de Leo Martins, que levou amarelo, à entrada da área permitiu uma falta à Espanha que mais parecia um penalti. Na conversão da falta, Chiky não desperdiçou e meteu os espanhóis a vencerem por 0-1 com ainda sete minutos por jogar no primeiro período.
E não tardou para que o segundo golo espanhol viesse. Pouco depois, foi Cintas a aproveitar um pontapé de bicicleta do seu colega Llorenç e teve apenas que encostar para o fundo da baliza. Portugal perdia agora por dois golos e se a situação não estava boa piorou com este golo.
A faltar 3.20 para o fim do primeiro período, Portugal reagiu aos golos sofridos. Enquanto os espanhóis se queixavam de uma falta a meio campo Ricardinho seguiu com a bola. O número 13 português seguiu jogo e passou para Leo Martins que fuzilou a baliza adversária. Portugal fazia o 1-2 e procurava empatar a partida.
A areia parecia estar muito mais agradável do que realmente jogar, visto que os jogadores passavam mais tempo no chão. Até ao final deste período pouco mais aconteceu com a posse de bola a estar muito dividida e o resultado o mesmo: 1-2 para Espanha.
MUITAS OPORTUNIDADES, POUCA FINALIZAÇÃO
Portugal continuava muito ativo no jogo e com diversos remates à baliza de Dona, mas o problema é que não iam enquadrados com a mesma. Assim a tarefa de empatar o jogo tornava-se muito complicada. Já os espanhóis iam aproveitando os erros portugueses e muito bem.
Com o cronómetro a contar 07.46 do segundo período, uma má saída para o ataque da seleção e Belchior acabou por fazer falta. O dez português não se escapou do amarelo. Mais um livre que se assemelhava a um penalti novamente, porém, a sorte foi que Suarez não teve a sua pontaria afinada.
Portugal ia falhando oportunidades atrás de oportunidades para conseguir empatar a partida. Os espanhóis até faziam faltas que nos davam a possibilidade de livres perigosos, mas a pontaria portuguesa deixava muito a desejar.
A faltar 4 minutos para o final, Portugal não sofreu o terceiro por sorte… Por causa da areia, da má finalização e da pressão de Madjer. Após uma grande jogada espanhola, Pedro Garcia não conseguiu fazer o mais fácil e a bola ficou enrolada na areia. Elinton Andrade apanhou o esférico na linha, salvando a seleção nacional.
Se Portugal não aproveitava, os espanhóis conseguiam criar perigo de toda a maneira e feitio. O guarda-redes Dona subiu no terreno (lance habitual no Futebol Praia), rematou e mandou a bola ao bico direito da baliza portuguesa.
Pouco depois, foi Elinton Andrade a estar em destaque ao defender duas vezes e a negar o terceiro golo, outra vez. Portugal acabava o segundo período ainda a perder pelos mesmos 1-2 do que no primeiro. A seleção das “Quinas” teria de fazer muito mais se queria chegar ao Mundial no Paraguai.