Rússia 2-4 Portugal: Grande reviravolta vale sexto título de Campeão Europeu a Portugal

Extremamente organizada do ponto de vista defensivo, a Rússia fechava todos os caminhos para a baliza de Bazhenov. O pivot português estava sempre muito marcado, o que dificultava imenso a construção de jogo por parte da equipa lusa.

Com pouco mais de um minuto para novo intervalo, uma bela jogada coletiva de Portugal deixou Bê Martins isolado, mas o número da formação rematou já em queda e permitiu a defesa de Bazhenov. Porém, pouco depois, bom movimento de Léo Martins e com um remate em zona frontal, reduziu o marcador para 2-1.

Terminado o segundo período, a Rússia continuava na frente do marcador, mas desta feita apenas por 2-1. Portugal esteve claramente por cima, mas faltou criar lances de finalização com maior frequência. Estranhamente, Rúben Brilhante, que tão bem esteve quando foi chamado a jogo, somente teve direito a três minutos jogo.

Portugal teve de trabalhar como equipa e acabaria por ser feliz no jogo
Fonte: Rafael Ferreira/Bola na Rede

Os últimos doze minutos começaram com um remate de Krash, mas o mesmo saiu à figura de Andrade que defendeu sem qualquer dificuldade. Passados alguns segundos, Von voltou a tentar uma bicicleta, mas Bazhenov, com grandes reflexos, impediu a igualdade.

Em cima da marca dos vinte e sete minutos de jogo, Ricardinho ganhou a frente do lance a Makarov e o número quatro da Rússia teve de fazer falta para amarelo. Com um livre em zona frontal, que mais parecia um penalti, o número treze português sentiu o momento e rematou por cima. Pouco depois, Portugal voltou a ficar perto do empate, mas Bazhenov negou o golo de Jordan.

Minutos depois, foi a fez de Shishin ver amarelo na sequência de uma entrada fora de tempo sobre Jordan. Com um novo livre em zona frontal à baliza russa, Jordan, que tem um alto nível de aproveitamento neste tipo de lances em 2019, rematou pouco ao lado do poste esquerdo da baliza russa. Instantes depois, Léo Martins apareceu isolado, mas a bola caprichosamente passou ao lado das redes russas. Porém, no canto que se seguiu, Coimbra surgiu ao primeiro poste e com uma colaboração preciosa da areia, fez o 2-2 e restabeleceu o empate.

O golo do empate empurrou Portugal ainda mais em direção à baliza de Bazhenov, mas depois da igualdade, a sorte parecia voltar a não querer nada com a seleção portuguesa, pois os jogadores portugueses falhavam receções que poderiam ser determinantes para o desfecho final. A Rússia, mais na expetativa, também aproveitava tudo o que “aparecia na sua rede” e no seguimento de uma bicicleta de Zemskov, Andrade foi obrigado a defesa apertada.

A cerca de quatro minutos do fim, quando Bazhenov tentava iniciar a construção de jogo ofensivo da Rússia, Belchior foi feliz e assinou o 3-2. Estava alcançada a “remontada”.
Pela primeira vez em desvantagem, a formação russa foi à procura do empate, mas Andrade segurava a magra vantagem lusitana.

Com pouco mais de dois minutos para se jogar, Makarov arrancou uma falta em zona frontal a Coimbra. Em excelente posição para visar a baliza de Andrade, Makarov rematou cruzado e ao lado das redes portuguesas. Passados alguns instantes, após uma fulcral recuperação de bola por parte de Coimbra, Léo Martins esperou a subida do seu irmão e no momento certo efetuou um belíssimo passe de calcanhar, que Bê aproveitou para fazer o 4-2 e, praticamente, consumar a vitória lusa.

Até ao final, apesar de alguns lances de perigo nas duas balizas, o resultado não mais se alterou e Portugal venceu a Rússia por 4-2, confirmando a conquista do seu sexto título de Campeão Europeu de futebol de praia!

Numa partida repleta de emoção, Portugal conseguiu recuperar de um período inicial menos conseguido e com vinte e quatro minutos de grande nível, virou o resultado e conquistou uma competição que já lhe fugia desde 2015.

No que diz respeito primeiros individuais, Jordan foi eleito o melhor jogador da Superfinal de 2019.

Terminado o campeonato da europa, o futebol de praia em Portugal não para, pois na próxima semana disputam-se, no estádio do Viveiro na Nazaré, as fases finais das Divisões Nacional e de Elite.

CINCOS INICIAIS:

Rússia: 1-Chuzhkov (GR), 3-Novikov, 4-Makarov, 7-Shkarin (CAP.) e 22-Zemskov

Jogaram ainda: 16-Bazhenov (GR), 5-Krash, 6-Shishin, 9-Fedorov, 10-Paporotnyi, 15-Romanov e 20-Nikonorov

Portugal: 12-Elinton Andrade (GR), 4-Torres, 7-Madjer (CAP.), 10-Belchior e 18-Von

Jogaram ainda: 2-Coimbra, 5-Jordan, 6-Rúben Brilhante, 8-Bê Martins e 11-Léo Martins
Banco: 1-Tiago Petrony (GR) e 13-Ricardinho

Diogo Nunes
Diogo Nuneshttp://www.bolanarede.pt
Adepto ferrenho do Benfica, o Diogo deixou de sofrer golos nos rinques de Hóquei em Patins, a sua modalidade de eleição, para passar a descrevê-los em artigos.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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