Naquele que era o jogo mais esperado da segunda edição dos Jogos do Mediterrâneo, que desta feita se realizaram em Patras, Grécia, Portugal e Itália deram um bom espetáculo. As seleções mais fortes presentes na competição não vacilaram na fase de grupos e alcançaram o jogo de todas as decisões, onde a formação italiana, bem ao jeito transalpino, foi fria e eficaz, contando ainda com um guardião bastante inspirado, tendo derrotado a equipa das quinas por 7-5. Revalidado o título conquistado quatro anos antes, em Pescara, Itália.
A Itália foi rápida a visar a baliza portuguesa, mas Andrade respondeu bem a um remate de Marinai. Pouco depois, foram Leo Martins e Coimbra, no canto que deu sequência ao encontro, a colocarem Carpita à prova.
O conjunto português continuava mais perigoso e perto da marca dos dois minutos de jogo, Léo Martins, ao segundo poste, quase deu o melhor seguimento a um remate de Coimbra. Porém, acabou por ser a Itália a fazer o primeiro da tarde em Patras. Jogada pela esquerda e após um bom passe de Marinai, Sciacca rematou forte e fez o 1-0.
Em cima da marca dos cinco minutos, uma boa jogada de Ruben Brilhante deixou Madjer isolado, mas ao não querer ser egoísta, o experiente capitão português tentou servir Von, viu o seu passe ser intersetado. Pouco depois, num remate que ainda foi desviado, Zurlo aumentou a vantagem transalpina para 2-0. Volvidos alguns instantes, Belchior sofreu uma falta a meio do meio campo, mas não conseguiu marcar.
A eficácia italiana voltou a atacar e passados alguns segundos, Sciacca, com um remate à meia volta, colocou o marcador em 3-0. Nada corria bem a Portugal e momentos depois, Léo Martins cometeu falta sobre Sciacca à entrada da área lusitana. Sciacca, com uma excelente oportunidade para fazer o quarto, não falhou e com um remate cruzado apontou o 4-0.
Tudo continuava a correr mal a Portugal, pois, no retomar o jogo, Belchior ficou isolado perante Carpita, mas voltou a não conseguir marcar. O esférico ainda sobrou para Von que tentou visar a baliza italiana de imediato, mas acabou por rematar contra Belchior.
Não conseguia reduzir Portugal, aumentava a Itália. Remate à meia volta de Palazzolo desde o meio campo e a bola, bem juntinho à areia, entrou a rasar o poste direito da baliza de Andrade.
A dois minutos do intervalo, a seleção portuguesa beneficiou de um livre em zona frontal. Madjer rematou forte, mas Carpita defendeu.
Contra a eficácia não há argumentos. Esta deverá ser a frase que melhor descreve os acontecimentos do primeiro período da final dos Jogos do Mediterrâneo. Portugal teve as suas chances, mas não conseguiu marcar. A Itália, por seu lado, teve as suas e aproveitou quase todas. Resultado extremamente inesperado ao fim de apenas doze minutos. Portugal tinha que dar um salto exibicional enorme e acertar com a finalização.
Portugal entrou forte nos segundos doze minutos, mas Carpita continuava em grande. Excelente pontapé de bicicleta de Belchior na zona de penalti, mas o guardião transalpino esticou-se todo e manteve as suas redes invioláveis. Pouco depois, foi Jordan a tentar uma bicicleta, mas Carpita, com uma sapatada, voltou a impedir o golo lusitano.
Os comandados de Mário Narciso bem tentavam chegar ao golo, mas o “muro” Carpita estava a defender tudo o que lhe aparecia à frente.
Perto da marca dos dezasseis minutos de jogo, Portugal beneficiou de mais um livre em zona frontal, mas Madjer voltou a ver Carpita negar-lhe o golo. Na sequência do lance, Tiago Batalha acabou por sofrer falta de Palazzolo à entrada da área italiana. Com uma chance única para marcar, Tiago Batalha ganhou muito balanco e perante Battini, que entrou para a defesa deste “penalti”, esteve muito perto de falhar, mas a “redondilha” lá entrou. Reduzindo a desvantagem para 5-1.
O golo fez bem a Portugal e após um remate cruzado de Torres, Von, solto no interior da área italiana, não falhou e reduzir o marcador para 5-2. Pouco depois, a Itália quase fez o sexto, mas Tiago Petrony, a dois tempos, manteve a diferença de três golos.