
A CRÓNICA: PAULETA MARCA EM TODOS OS JOGOS E GARANTE CAMPEONATO NACIONAL DE FUTSAL PARA O SPORTING
A partida abriu com uma grande defesa do guarda-redes do Sporting CP, Guitta, perante o remate fortíssimo de Diego Nunes. Logo, no início, o Benfica mostrou-se confiante com vários remates que acabam por criar não só pressão ofensiva, como também perigo e alerta para os leões. Foi evidente que os encarnados não iam facilitar o jogo ao Sporting que se mostrou presente com alguns remates fortes que pediam melhores finalizações.
Ambas as equipas apostaram na tática das bolas paradas para criar perigo ao adversário. Na sequência de um canto para os leões, Jacaré consegue roubar a bola e sobe para mais um ataque benfiquista que resulta num perigo que deixa as redes de Guitta em alerta para a pressão dos encarnados. Ao minuto 18, através de um livre, o Sporting buscou acordar o guardião benfiquista ao obrigar Léo Gugiel a uma defesa.
Um primeiro tempo que ficou marcado pela pressão intensa dos dois rivais e por grandes momentos que mostravam bem o balanço de ambos no que toca ao controlo e pressão ofensiva. O intervalo veio trazer memórias do jogo anterior e, novamente, pedia-se golo.
Ora pedia-se golo e ele surgiu ao abrir da segunda parte. Nunes ganhou posição e fez a assistência ao golo de Afonso Jesus. O número quatro inaugurou, assim, o marcador após uma jogada coletiva que demonstrou a superioridade do Benfica face ao Sporting. A vantagem benfiquista traz um ambiente incrível ao Pavilhão da Luz com os adeptos encarnados a entoar os cânticos de apoio à equipa.
No entanto, no minuto a seguir, Zicky Té decidiu aparecer no jogo, surgindo nas costas de Arthur, e chutou a bola para a baliza de Gugiel, empatando a partida. 1-1 e tudo voltou ao que era, antes do início da partida.
O golo do empate pareceu reviver um leão adormecido. Após uma pausa demorada por problemas na rede de segurança dos adeptos sportinguistas, Pany Varela consegue roubar a bola no meio-campo e subir até à baliza das águias. Perdeu a oportunidade por não conseguir desviar-se de Gugiel de forma eficaz e a bola perde-se ao lado da baliza.
No dérbi, assistiu-se a muitos espaços abertos que facilitavam a pressão e retirada da bola, provocando mais contra-ataques para os dois lados. O jogo voltou a estar balançado com as duas equipas a criar momentos de tensão alta com a dita fome de golo. Ao mesmo tempo, tudo parecia encaminhado para um prolongamento.
A primeira parte do prolongamento abriu com um remate perigoso de Afonso Jesus, mas foi o Sporting que acabou por marcar o segundo golo na partida à beira do intervalo. Pauleta foi o autor do golo que deu a vantagem à equipa leonina.
Face à reviravolta no marcador, o Benfica ficou obrigado a tomar uma postura mais ofensiva de forma a arriscar mais e conquistar mais oportunidades de pressão e de golo. Diego Nunes tomou isso em conta e rematou forte com a bola a bater ao lado da baliza, criando a oportunidade perfeita para o empate na Luz. Um segundo tempo com um Benfica bastante forte com intenção de marcar o segundo golo.
No entanto, com o apito final, o Sporting fez a festa com a conquista do tricampeonato após três vitórias num play-off jogado ao melhor de cinco.

A FIGURA
Pauleta – Ganha o recorde de jogador que marcou nos quatros jogos da final, além de ter ficado para história como o jogador que deu o golo da vitória do tricampeonato ao Sporting.
O FORA DE JOGO

Arthur– Apesar de ter estado em alguns dos momentos de destaque do Benfica, especialmente nos últimos minutos da partida, é difícil esquecer o erro de marcação de Arthur a Zicky Té no momento do primeiro golo do Sporting.
Artigo redigido por Mariana Gomes