Suporte Tecnológico: A ferramenta que pode revolucionar o Futsal

    A INTRODUÇÃO DO «SUPORTE TECNOLÓGICO» NAS COMPETIÇÕES

    A experiência deste novo «Suporte Tecnológico» parece ter sido muito satisfatória, visto que acabou mesmo por receber elogios do treinador do Inter Movistar FS, Tino Pérez, durante uma conferência de imprensa: «É um avanço muito importante e muito positivo, porque vai ajudar [os árbitros] e com o tempo vai ser algo como já acontece no Futebol».

    Aliás, dois dos lances em que pude ver o «Suporte Tecnológico» em ação foram em dois jogos do Inter Movistar FS e num dos lances foi completamente decisivo para ajudar os árbitros. Apesar do bom posicionamento do árbitro, este não conseguiu ver uma mão num lance algo complicado de se ajuizar na hora. Com o visionamento das imagens conseguiu reparar nesse erro e mudar a sua decisão. Fica aqui em baixo o resumo desse jogo que permitiu ver o «Suporte Tecnológico» em ação.

    Concordo com Tino Pérez na introdução desta ferramenta. O Futsal é um jogo de uma velocidade impressionante e as decisões têm de ser tomadas com uma resposta ainda mais superior à do jogo e, por vezes, cometem-se erros graves de arbitragem. O «Suporte Tecnológico» só tem benefícios: irá ajudar os árbitros na abordagem aos lances durante a sua tarefa dificílima durante o jogo e irá também ajudar no espetáculo.

    Só acredito que não devemos cair naquilo que foi o erro do Futebol: estarmos totalmente dependentes desta nova ferramenta. No Futebol levou-se ao extremo todas as análises detalhadas de todos os lances… Tudo bem que o Futsal tem muito menos expressão do que o Futebol, mas quem não nos diz que num dérbi lisboeta não vá acontecer o mesmo? Algo a pensar.

    Agora a grande questão que se prende mais a nível nacional é: estará Portugal preparado para receber esta tecnologia? A minha resposta é que provavelmente não. Este tipo de equipamentos precisa de infraestruturas adequadas e no nosso país há até clubes da 1.ª divisão a jogar em pavilhões emprestados. Além disso, os lances passam através de um ecrã no pavilhão que é um sistema inexistente em quase todos os pavilhões, exceto dois. Mas ainda assim, seria um passo importante para a modalidade no nosso país, visto que iria ajudar e muito os protagonistas.

    Seja como «Suporte Tecnológico» ou com outro nome, apoio totalmente a decisão de implementar esta ideia. Será uma ferramenta essencial durante o jogo e pode beneficiar na transparência da modalidade, como acontece à semelhança do basquetebol, embora com muitas diferenças.

    Foto de Capa: RFEF

    Artigo revisto por Diogo Teixeira

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    João Pedro Barbosa
    João Pedro Barbosahttp://www.bolanarede.pt
    É aluno de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, tem 20 anos e é de Queluz. É um apaixonado pelo desporto. Praticou futebol, futsal e atletismo, mas sem grande sucesso. Prefere apreciar o desporto do lado de fora. O seu sonho é conciliar as duas coisas de que gosta, a escrita e o desporto.