Espanha 2-4 Portugal: São Girão e muito sofrimento à mistura

    A MAGIA ESTAVA GUARDADA PARA A SEGUNDA PARTE

    Na segunda parte, Portugal entrou mais incisivo e logo a abrir Gonçalo Alves podia ter colocado alguma justiça no marcador. Mais uma excelente intervenção do guarda-redes espanhol. Logo depois, era a vez de Rafa estar perto do golo. No entanto, a persistência e intensidade com que a seleção portuguesa entrou na segunda parte haveriam mesmo de ser recompensadas.

    Numa bela transição, Gonçalo Alves foi por ali fora e disparou para o fundo das redes espanholas. Um lance extraordinário do jogador do FC Porto. Estava reposta alguma justiça no marcador.

    Gonçalo Alves empatou a partida e iniciou a reação portuguesa na partida
    Fonte: Federação Portuguesa de Patinagem – FPP

    Após um forte início da seleção portuguesa, o jogo entrou numa fase de parada e resposta com destaque para algumas excelentes intervenções de Ângelo Girão, mas também de Sergi Fernández. Foi assim que, num brilhante lance coletivo, o capitão João Rodrigues respondeu na perfeição ao passe de Telmo Pinto. Estava consumada a reviravolta no marcador.

    Poucos minutos depois, e num lance de difícil análise, a equipa de arbitragem entendeu que Hélder Nunes jogou, de forma propositada, a bola com o patim. Como referi, este tipo de situações são sempre bastante subjetivas e dependem do critério do árbitro. A verdade é que a grande penalidade estava assinalada e a Espanha tinha uma ocasião flagrante para empatar novamente a partida.

    SÃO GIRÃO, NOVAMENTE

    Tal como ontem, Ângelo Girão voltou a dizer presente. Frente ao jogador do SL Benfica, Albert Casanovas, Girão defendeu mais uma grande penalidade. Começam a faltar palavras para descrever as exibições do guarda-redes da seleção nacional.

    No seguimento da defesa do guardião português, Jorge Silva sofreu uma entrada bastante dura por parte do próprio Casanovas. Apesar de não me parecer haver qualquer intensão de magoar o jogador português, este tipo de entradas são bastante perigosas e podem colocar a integridade física dos jogadores em causa. Na minha opinião, deveria ter sido exibido o cartão azul ao internacional espanhol. Era mais uma má decisão da equipa de arbitragem.

    Pouco depois, e quando, finalmente, foi assinalada a décima falta à Espanha, Hélder Nunes dispôs de um livre direto para ampliar a vantagem portuguesa. Desta vez, o agora jogador do FC Barcelona não conseguiu marcar.

    O jogo estava algo partido e as transições davam origem a lances de difícil análise. Foi assim que Ferrant Font caiu na grande área portuguesa. O árbitro não teve dúvidas em entender que não havia qualquer falta, bem como que o jogador espanhol tinha feito uma simulação. No meu entender, foi mais uma decisão errada. A verdade é que não me parece existir qualquer falta, mas também não me parece ter existido qualquer simulação.

    Todavia, e visto que Ferrant Font já tinha uma advertência, o internacional espanhol viu o cartão azul e Portugal voltava a ter oportunidade flagrante para dilatar a vantagem.

    A seleção portuguesa ia tendo oportunidades, mas não conseguia marcar novo golo no encontro
    Fonte: Federação Portuguesa de Patinagem – FPP

    João Rodrigues, jogador do FC Barcelona, tinha pela frente o seu colega de equipa Sergi Fernández. Tal como havia acontecido com Hélder Nunes, também desta vez o guardião espanhol levou a melhor. Portugal desperdiçava mais uma ocasião para quase que matar o jogo. Em situação de powerplay, a seleção portuguesa não foi capaz de aproveitar o facto de estar com mais um elemento na quadra.

    QUEM NÃO MARCA, SOFRE.

    Como seria de esperar, e quando faltavam menos de cinco minutos para o final do encontro, os espanhóis tentavam de todas as formas chegar ao golo do empate. Aproveitando o natural balanceamento da Espanha para o ataque, Hélder Nunes viu-se isolado na cara do guardião espanhol. Contudo, o internacional português não foi capaz de finalizar com eficácia.

    Costuma dizer-se que, quem não marca, sofre. Nesta ocasião, foi exatamente isso que aconteceu. Portugal desperdiçou inúmeras situações para “matar” o jogo, mas não foi capaz de o fazer. Assim, e num lance com alguma sorte à mistura, Alabart ganhou um ressalto na grande área portuguesa e igualou a partida.

    O jogo ia assim para o prolongamento. Ficava um sentimento de tremenda injustiça visto que na segunda parte Portugal foi claramente superior à Espanha.

    ERA MUITO O CANSAÇO, MAS VALEU (OUTRA VEZ) SÃO GIRÃO

    A seleção portuguesa, que já ontem tinha sido obrigada a disputar o prolongamento frente à Itália, pareceu acusar algum cansaço e entrou mal nesta fase da partida. Por sua vez, a Espanha entrou bem mais agressiva e determinada em passar para a frente do marcador. Apesar disso, a verdade é que os espanhóis também não conseguiram criar grandes ocasiões de golo na primeira parte do tempo extra.

    Logo no começo da segunda parte, e perante um tremendo apoio do público português na Catalunha, João Rodrigues voltou a colocar Portugal na frente. Depois de mais uma brilhante jogada do coletivo, o capitão respondeu na perfeição ao passe de Henrique Magalhães e disparou para o fundo das redes. Portugal estava agora a apenas quatro minutos de marcar encontro com a seleção da Argentina na final do Campeonato do Mundo.

    Heldér Nunes a festejar como pano de fundo a alegria de João Rodrigues e Rafa
    Fonte: Federação Portuguesa de Patinagem – FPP

    Poucos segundos depois, e em mais uma decisão que me parece errada, a equipa de arbitragem entendeu que João Rodrigues fez falta num bloqueio ofensivo. Era a 10ª falta para Portugal. O guardião português tinha aqui mais uma ocasião para brilhar. E assim foi. Pau Bargalló voltou a esbarrar na muralha portuguesa de seu nome Ângelo Girão.

    Depois, e após uma entrada perigosa de Ferrant Font sobre Jorge Silva, a seleção espanhola viu-se reduzida a 4 elementos. Já com pouco discernimento e sem o seu guarda-redes na baliza, os espanhóis viram Jorge Silva disparar para uma baliza deserta e sentenciar a partida.

    CONTINUAR A SONHAR

    Foi uma exibição bastante conseguida por parte dos comandados de Renato Garrido e com um sabor muito especial visto que Portugal conseguiu eliminar a Espanha, que jogava em casa e partia como grande favorita à conquista do título mundial. No entanto, o sonho não termina aqui.

    No próximo domingo, frente à Argentina, a seleção portuguesa tem a oportunidade de terminar com um jejum de 16 anos. É que Portugal já não é campeão do mundo desde 2003, em Oliveira de Azeméis.

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Serie A: já há uma equipa despromovida

    Ficámos a conhecer esta sexta-feira a primeira equipa despromovida...

    Sporting vende Fatawu por 17 milhões de euros

    O Sporting vendeu Fatawu por 17 milhões de euros...

    Liverpool vai pagar verba milionária por Arne Slot

    O Liverpool tem tudo fechado para que Arne Slot...
    Duarte Pereira da Silva
    Duarte Pereira da Silva
    Do ciclismo ao futebol, passando pelo futsal ou o andebol, quase todos os desportos apaixonam o Duarte. Mas a sua especialidade é o ténis, modalidade que praticou durante 9 anos.                                                                                                                                                 O Duarte escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.