Europeu Hóquei de Sala: Seis contra seis e no fim, ganha a Áustria

O MOMENTO DAS DECISÕES

Última jornada do grupo, palco para a definição dos três jogos finais do campeonato da Europa. Alemanha e Países Baixos lutavam pelo lugar na final frente à Áustria, já apurada. Alemães e neerlandeses tinham os mesmos pontos, pelo que a diferença de golos foi o fator decisivo. A Alemanha começou por esmagar a Chéquia por nove bolas a uma, com os germânicos a nem precisar de chegar à última mudança para levar uma vitória sobre uma formação checa com talento, mas sem criatividade.

O confronto entre Países Baixos e Áustria era a última chance para os neerlandeses. Existia muita especulação no que dizia respeito à entrega dos austríacos numa partida que não interferia com o destino da equipa. Os Países Baixos precisavam de ganhar por pelos menos 5 golos de diferença se quisessem passar à final. O primeiro quarto foi dominado pelos neerlandeses, com os “Bunschen” incapazes de sair para o ataque, sendo que corriam bastante menos riscos do que em partidas anteriores. Erros do número 24 na marcação também facilitaram a tarefa neerlandesa.

No 2º quarto, a Áustria acordou e começou efetivamente a discutir a partida, indo para o intervalo a perder por 4-2. Na 2ª parte, os Países Baixos voltaram a assumir a partida frente a uma Áustria mais defensiva e cínica, que aproveitou o contra-ataque e situações de baliza aberta para marcar golos. Os neerlandeses venceram por 7-4, mas ficaram de fora da final que estava agora definida: Alemanha vs Áustria.

O jogo para definir a última formação na luta pelo bronze colocou a Suíça a precisar de derrotar a Bélgica para passar. Num jogo muito dividido, em que o bloco suíço jogou de forma extremamente coesa, impedindo a formação belga de colocar bolas à entrada ou no meio do círculo, e onde o guardião helvético brilhou, sobretudo nos cantos curtos. Um mau jogo da defesa belga, em particular de Arnaud Dykmans comprometeu a ambição da Bélgica

 

A luta pelo 5º lugar colocava a Bélgica como clara favorita frente a uma Chéquia que até então tinha estado desinspirada.  Antes do encontro, os belgas haviam admitido que iam jogar em torno de Philippe Simar para levar a estrela da equipa a conseguir o prémio de melhor marcador.

O encontro foi bastante equilibrado com a Chéquia a começar por baixo e a sofrer um golo. Contudo, foi capaz de responder com uma pressão alta, colocando jogadores nos vários espaços vazios entre os belgas para dar a volta a uma desvantagem de três golos, ainda antes do fim do 3º período. Estavam a ganhar por 5 bolas a 4, mas um cartão verde exibido a… permitiu à Bélgica tomar as rédeas do jogo, para não mais as largar. Os belgas recuperaram a capacidade de colocar bolas no coração do círculo checo para resolver a partida com um resultado de 9-7, alcançando o 5º lugar com a Chéquia a ficar na última posição, apenas com um empate e cinco derrotas.

Philippe Simar apontou 6 golos e foi o melhor marcador do campeonato da Europa, com 20 golos apontados.

O jogo do 3º e 4º lugar foi entre Países Baixos e Suíça, uma desforra do único empate neerlandês na fase regular do grupo. Um remate em rotação de Boris Burkhardt abriu o marcador e desta vez não foi anulado. A seleção neerlandesa venceu por 10-3 e ficou com o lugar mais baixo do pódio, num jogo em que a Suíça foi maioritariamente capaz de apostar no contra-ataque e em que os neerlandeses não perdoaram no que a encontrar espaços na defesa belga diz respeito.

Hora da grande final! O jogo entre o campeão europeu em título, a Alemanha e uma seleção austríaca que só não tinha ganho frente aos Países Baixos, sendo que o lugar na final estava já no bolso. A Alemanha começou completamente por cima, a comandar o ritmo de jogo e a conseguir a dispersão da defesa austríaca, com vista a criar espaços no meio. Muitas faltas no 1º período, conquistadas de parte a parte, de forma a conter a ofensiva adversária. No quarto inicial, a formação austríaca mal chegou à baliza da “Mannschaft”. Um canto curto deu a vantagem aos germânicos com um golo de Doesch.

Fabian Unterkircher empatou para a Áustria no fim do 2º quarto, sendo que a Alemanha esteve completamente por cima até esse momento, com os austríacos muito metidos no próprio círculo, com dificuldades em sair e em finalizar quando conseguiam efetivamente atacar. Basta ver que Michael Körper estava desaparecido, uma das poucas vezes em que o avançado austríaco passou ao lado no torneio.

O 3º quarto foi extremamente dividido, mas a Áustria foi já capaz de colocar a Alemanha mais fechada no próprio círculo. Todavia, nenhuma formação conseguia aquele momento de brilhantismo ou cometia um erro que entregasse a partida ao outro. Os últimos 10 minutos foram de equilíbrio completo. Foi mesmo um canto curto que levou ao último golo do Europeu, a pouco mais de 1 minuto do final com Fabian Unterkircher a não perdoar e a dar a vitória, o quarto título europeu de Hóquei de salão à equipa austríaca.

Foto de Capa: European Hockey Federation

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Filipe Pereira
Filipe Pereira
Licenciado em Ciências da Comunicação na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, o Filipe é apaixonado por política e desporto. Completamente cativado por ciclismo e wrestling, não perde a hipótese de acompanhar outras modalidades e de conhecer as histórias menos convencionais. Escreve com acordo ortográfico.

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