FC Porto 3-3 OC Barcelos (5-4 AP): Dragões chegam à Final da Taça

    A CRÓNICA: BOLAS PARADAS DECISIVAS DEPOIS DE DESACERTO TOTAL

    Este ano, a Final Four da Taça de Portugal de Hóquei em Patins decorre em Paredes. Na primeira meia-final, o Óquei de Barcelos e o FC Porto disputavam a primeira vaga na Final da competição.

    O jogo começou bastante aberto, com as duas equipas a apostarem em ataques rápidos para levariam perigo ao reduto do adversário.

    A primeira grande oportunidade foi para o lado portista. Gonçalo Alves atirou ao poste da baliza adversária. Já do lado dos minhotos, Alvarinho, com um remate bem colocado, obrigou Malián a aplicar-se.

    Aos onze minutos, o OC Barcelos aproveitou o facto de o Porto estar a jogar com menos um jogador devido ao cartão azul visto por Mena para chegar à vantagem por Alvarinho.

    Com vários cartões azuis distribuídos pelas duas equipas e muitas faltas cometidas, nem o FC Porto, nem o OC Barcelos, conseguiram aproveitar os livres diretos de que dispuseram.

    O 1-0 para o Barcelos permaneceu até ao intervalo, numa primeira parte bastante incaracterística e que contou até com uma falha elétrica durante alguns minutos a prejudicar a qualidade da partida.

    Os primeiros minutos do segundo tempo foram a continuidade do primeiro. O ritmo era baixo, com o Barcelos mais confortável na partida sem que os Portistas demonstrassem qualidade para desequilibrar o adversário.

    Já perto do minuto dez da etapa complementar, o OC Barcelos falhou um livre direto e o Porto em vantagem numérica galvanizou-se e imprimiu maior dinamismo. Os dragões chegariam ao empate ainda em power play por Di Benedetto.

    O ritmo de jogo aumentou, mas os golos não apareciam, muito pela ineficácia das duas equipas nas situações de bola parada.

    Já a dois minutos do final, Rafa enfiou a bola pelo “buraco na agulha”, entre Conti e o seu poste mais próximo. Contudo, o Barcelos apostou no 5×4 e a 20 segundos do fim, Gimenez marcou e levou a que o jogo fosse para prolongamento, perante alguma passividade da defesa portista.

    Durante a primeira parte do prolongamento, o Barcelos conseguiu completar a reviravolta, com Rampulla a assistir Miguel Rocha que finalizou ao segundo poste. Contudo, nos cinco minutos complementares, Mena conseguiu fazer o empate, com um remate bem colocado a passar por cima do ombro esquerdo de Conti.

    O primeiro finalista foi decidido nos penaltis, onde curiosamente as duas equipas se mostraram mais eficazes do que durante todo o jogo. O FC Porto acabou por ser mais forte, num jogo em que acabou por não estar tão bem, mas em que ainda acordou a tempo.

     

    A FIGURA

    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Xavi Malián – O guarda redes espanhol dos dragões contribuiu para a ineficácia do Barcelos nas bolas paradas e manteve a equipa em jogo, com defesas importantes, em alturas em que os portistas apareciam demasiado apáticos.

    Na decisão por grandes penalidades, não conseguiu suster todos os remates dos adversários, mas teve paradas importantes. Malián colocou a equipa em vantagem que foi desperdiçada e conseguiu ainda evitar que o Barcelos se apurasse ao não ser enganado uma segunda vez por Alvarinho, colocando o capacete à frente da bola.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Gonçalo Alves – O goleador do FC Porto não esteve tão ativo como é seu apanágio. Não conseguiu concretizar dois livres diretos e foi ineficaz na primeira parte, estando bastante apagado. Acabou por não ser utilizado na segunda parte e voltou apenas a ser chamado para o ringue, no prolongamento, onde acabou por fazer a assistência para o 3-3, apesar de não estar a ser o dínamo habitual no jogo dos dragões.

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    Ricardo Ares tentou dar alguma estabilidade defensiva, no início do jogo, com Reinaldo Garcia e Xavi Barroso, no cinco inicial. Depois dos primeiros minutos, em que os portistas até criaram algumas oportunidades, a equipa baixou o ritmo e esteve algo amorfa, quer no ataque organizado, com dificuldade em criar desequilíbrios na defensiva adversária, quer na defesa, na pressão sobre o portador da bola.

    Sem Gonçalo Alves na segunda parte, os portistas acordaram depois de mais uma bola parada desperdiçada pelo adversário e aproveitando a vantagem numérica de jogadores. Ao serem mais pressionantes na disputa de bola e mais rápidos, sem serem brilhantes, chegaram a vantagem. No entanto, os dragões não souberam lidar com o 5×4 do adversário, defendendo mal a sua área e sofreram o empate.

    Nos penaltis, a aposta no guarda-redes suplente Tiago Rodrigues na última grande penalidade do Barcelos, surtiu efeito.

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Xavi Malián (7)

    Reinaldo Garcia (7)

    Xavi Barroso (6)

    Di Benedetto (6)

    Gonçalo Alves (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Tiago Rodrigues (-)

    Telmo Pinto (6)

    Carlos Ramos (-)

    Rafa (7)

    Ezequiel Mena (7)

     

    ANÁLISE TÁTICA – OC BARCELOS

    A equipa de Rui Neto apresentou-se pressionante, à procura de Giménez foi o maestro a organizar o ataque organizado do Barcelos. Os minhotos foram bastantes agressivos, para ganharem as segundas bolas. Em power play, o Barcelos conseguiu marcar pelo seu elemento mais tecnicista, Alvarinho.

    Na segunda parte, o Barcelos esteve confortável e teve oportunidades de bola parada que não aproveitou. Depois dos dez minutos iniciais, o Porto imprimiu maior velocidade e o Barcelos teve dificuldades que ainda não tinha sentido no jogo. Ao ficar em desvantagem perto do fim, Rui Neto apostou no 5×4 e a estratégia resultou com o golo do empate alcançado, levando o jogo a prolongamento.

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Conti (6)

    Luís Querido (6)

    Alvarinho (7)

    Danilo Rampulla (7)

    Darío Giménez (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Joka (-)

    Zé Pedro (6)

    André Centeno (6)

    Joca Guimarães (6)

    Miguel Rocha (6)

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Pedro Filipe Silva
    Pedro Filipe Silvahttp://www.bolanarede.pt
    Curioso em múltiplas áreas, o desporto não podia escapar do seu campo de interesses. O seu desporto favorito é o futebol, mas desde miúdo, passava as tardes de domingo a ver jogos de basquetebol, andebol, futsal e hóquei nacionais.