Portugal 2-4 Argentina: Albiceleste reconquista título sete anos depois

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A CRÓNICA: PORTUGAL ESTEVE A VENCER POR 2-0 E CONSENTIU A REVIRAVOLTA NO SEGUNDO TEMPO. ARGENTINA CONQUISTOU O TÍTULO MUNDIAL EM TODOS OS ESCALÕES

Passaram-se 1218 dias, mas pouco ou nada no mudou no Hóquei em Patins mundial. Depois de Barcelona, agora em San Juan. Portugal e Argentina voltaram a encontrar-se no jogo decisivo da modalidade rainha dos World Skate Games 2022. Pelo caminho ficaram Alemanha e França, equipas eliminadas por Portugal, juntamente com Chile e Itália, seleções que foram batidas pela Argentina.

Com 17 jogadores da Liga portuguesa nos 20 eleitos para a final, o início de jogo foi bastante quentinho, com os argentinos a mostrarem bastante agressividade e o público a pressionar cada decisão dos árbitros. Contra tudo isso, Hélder Nunes trabalhou dentro da área e serviu Henrique Magalhães para o primeiro golo da partida (1-0). Logo a seguir, João Rodrigues foi carregado no interior da área, não foi assinalada qualquer falta e Gonzalo Romero agrediu Hélder Nunes, lesionando o português, com os árbitros a marcarem… simulação, pasme-se.

A equipa da casa começava a carregar sobre Portugal, o jogo partia-se, e Ângelo Girão evidenciava-se na baliza nacional com uma defesa de costas e outra com o capacete. Soberbo! Aos 16 minutos, Henrique Magalhães recebeu um passe de João Souto à entrada da área e atirou fortíssimo para o fundo das redes (2-0), voltando a dizer: “Eu estou aqui”.

A partir do segundo tento, a equipa de Renato Garrido assumiu o controlo do desafio, com a Argentina a apostar em três jogadores de cariz ofensivo, catapultada pelo grande ambiente do Estádio Aldo Cantoni. A aposta revelou-se certeira em cima do intervalo, com Pablo Álvarez a marcar um grande golo ao primeiro poste (2-1). A vantagem magra seguiu para o segundo tempo, com toda a justiça.

Na segunda parte, o início foi de feição para a Argentina que, aos 32 minutos, viu Telmo Pinto ser excluído da partida durante dois minutos, após ter visto o cartão azul. Na cobrança do livre direto, o experiente Nicolía não perdoou e bateu Girão (2-2). Cinco minutos depois, Pablo Álvarez aproveitou uma perda de bola da equipa nacional e fez o 2-3.

Na reta final do desafio, Portugal apostou tudo no ataque o público voltava a apimentar a partida. A dois minutos do fim, décima falta para a Argentina, Nicolía voltou a cobrar, mas desta vez Girão levou a melhor. Renato Garrido apostou tudo no empate, colocando cinco jogadores de campo em pista, mas Mena recuperou a bola e fez o 2-4 final a 12 segundos do apito dos árbitros.

Com esta conquista, a Argentina reconquista o troféu perdido desde 2015 e aumenta para seis o número de Mundiais no seu palmarés. Já Portugal, volta a perder uma revalidação do título para a Argentina – aconteceu em 1982 e 1995 – e continua, para já, atrás da Espanha em números de Mundiais: 17 contra 16.

A FIGURA

 

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Pablo Álvarez – Segundo melhor marcador da competição, com oito golos em seis jogos, com mais dois golos marcados no dia de hoje. Pablo Álvarez foi a peça fundamental desta partida, ao marcar o primeiro golo da Argentina numa fase em que Portugal estava por cima. Depois, completou a reviravolta, após recuperar uma bola a meio-campo e isolar-se. Grande Mundial do argentino que atua no SL Benfica.

O FORA DE JOGO

Equipa de arbitragem – É sempre ingrato escolher alguém para esta posição quando se trata de uma final histórica. Com as duas equipas a exibirem-se a grande nível, a par do público, a equipa de arbitragem foi aquela que mais pecou durante todo o jogo, em benefício dos argentinos. Os árbitros não conseguiram controlar o jogo, foram pressionados pelos argentinos em campo e nas bancadas e, em abono da verdade, prejudicaram Portugal. Sem tirar qualquer mérito à grande recuperação da Argentina e ao resultado, mas numa final desta envergadura pedia-se mais.

 

ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL

Portugal apresentou-se bastante bem perante a pressão dos argentinos, mostrou-se coeso defensivamente e conseguiu chegar ao intervalo a vencer por 2-1. No entanto, o azul de Telmo Pinto deitou tudo a perder e o jogo mudou, apesar do equilíbrio ter continuado a imperar. Com o empate, as duas equipas apostaram tudo na defesa, mas a sorte do jogo caiu para a Argentina. Fica a grande exibição dos nossos jogadores que deixaram tudo em campo em busca de voltar a erguer o troféu.

5 INICIAL E PONTUAÇÕES

Ângelo Girão (8)

João Rodrigues (7)

Gonçalo Alves (6)

Hélder Nunes (7)

Henrique Magalhães (8)

SUBS UTILIZADOS

Diogo Rafael (7)

Telmo Pinto (6)

Rafa Costa (7)

João Souto (6)

ANÁLISE TÁTICA – ARGENTINA

Campeões do mundo com toda a justiça. Sem Matías Pascual, Lucas Martínez foi para o banco, mas acabou por não ser utilizado, por isso, José Luis Páez contou apenas com três jogadores na rotação de campo. Perante o equilíbrio, a agressividade dos argentinos e dinâmica ofensiva foi fundamental em busca da vitória, que as individualidades acabaram por trazer. Quando foi preciso defender, Portugal não conseguiu romper a linha defensiva bastante compacta.

5 INICIAL E PONTUAÇÕES

Conti Acevedo (8)

Pablito Álvarez (9)

Lucas Ordoñez (8)

Matías Platero (7)

Nolito Romero (7)

SUBS UTILIZADOS

Facundo Bridge (7)

Carlos Nicolía (8)

Ezequiel Mena (8)

Foto de Capa: WSG Argentina

Tiago Alexandre
Tiago Alexandrehttp://www.bolanarede.pt
O Tiago nasceu em Abrantes e, atualmente, estuda em Portalegre, cidade para onde partiu em busca do seu sonho no meio do Jornalismo. Está ligado ao Desporto desde sempre e gosta de rebater as suas opiniões até à última. O Ciclismo e o Futebol - não o 'jogo da bola' - são as suas paixões, sem nunca descurar o Hóquei em Patins, o Futsal e o brilhante mundo dos Esports.

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