O regresso dos balneários foi morno, com ambas as equipas a trocarem posses de bola, sem qualquer perigo para nenhuma das balizas. Destaque apenas para uma stickada rasteira do capitão do Tomar, Ivo Silva, que o guarda-redes sportinguista defendeu com a luva direita.
A equipa da casa ia tendo mais tempo de posse de bola, mas o Sporting impunha respeito em transições rápidas e aos oito minutos da segunda metade, João Sardo viu um cartão azul por falta sobre Pedro Gil. Vítor Hugo foi o eleito para a marcação do livre-direto e num lance de difícil análise, João Duarte, que esta tarde/noite fez dupla com Luís Peixoto, acabou por marcar golpe duplo. Contudo, o golo não demorou a aparecer e segundos depois, os leões aproveitaram a superioridade numérica e Toni Pérez, a passe de Pedro Gil, fez o 3-1.
O terceiro golo deixou o Sporting bem mais confortável em pista, pois, passou a tentar controlar o esférico, adormecer o conjunto da cidade templária e fazer ataques um pouco mais longos, atacando a baliza na altura certa, através de movimentações rápidas. Mais atrás, a eficácia defensiva continuava bem alta, o que deixava o Tomar numa posição bastante difícil.
A cerca de cinco minutos do final, Matías Platero viu cartão azul por falta sobre Xanoca. Hernâni Diniz foi o escolhido para a marcação do livre direto e não conseguiu bater Girão, que voltou a levar a melhor na recarga, desta feita contra Ivo Silva.
Para “mal dos pecados” do Sporting, isto poderia ter sido o pior que lhe podia ter acontecido, pois, reanimava a equipa do Tomar para o que faltava jogar. Todavia, leões de Lisboa conseguiram gerir a posse de bola de forma excelente e os dois minutos em “underplay” foram superados sem grandes problemas.
Já dentro do último minuto, Luís Peixoto anulou um golo o Tomar, visto que, Xanoca introduziu a bola no interior da baliza de Girão com o patim.
Vitória justa e importantíssima do Sporting em Tomar, contra o seu filial número um, por 3-1, naquele que foi um grande jogo de hóquei em patins. O Tomar entrou muito forte, mas o Sporting, no seu pragmatismo habitual, soube aguentar e esperar pela altura certa para marcar e quando se viu a ganhar por 3-1, controlou a partida e mesmo em inferioridade numérica, nunca tremeu e segurou três preciosos pontos na luta pelo título.