Parece que já nem estranhamos que Duplantis seja o último a sair do estádio, até conseguir bater mais um recorde. A verdade é que, mais uma vez, a fasquia dos 6,00 metros parecia ser o seu aquecimento e só quando os seus adversários não fossem capazes de mais, é que viria a competir “a sério”. O ícone sueco, admirado e celebrado por todos, é: Armand Gustav Duplantis ou “Mondo”, para os amigos.
Pouco se pode dizer sobre este atleta que, aos 24 anos, é bicampeão olímpico e mundial e já derrubou o recorde mundial por nove vezes. Desde 2020 que é dono do recorde da vara e não parece que possa surgir outro talento capaz de “assaltar” essa sua marca. É dono e senhor da modalidade e, tendo em conta a sua idade, deixa que pensemos sobre qual poderá ser o seu limite.
Desta vez, compartilhou o pódio com Sam Kendricks, norte-americano e campeão do mundo em 2017 e 2019, que passou a fasquia de 5,95, e com Emmanouil Karalis, grego, que superou os 5,90. Os medalhados de prata e bronze precisaram de esperar que Duplantis decidisse acabar com a espera para receberem as suas medalhas e foram mais dois adeptos ansiosos por ver o sueco brilhar.
Depois de superar, facilmente, a barreira dos 6,00 metros e já ter garantido o seu segundo ouro olímpico, começou a dar espetáculo e só parou nos 6,25 metros. Bateu o seu próprio recorde do mundo à terceira tentativa, com o estádio em silêncio preparado para festejar com um jovem que não parece ser feito da mesma matéria que os outros.
É mais rápido do que os seus adversários e atinge uma velocidade impressionante antes de voar e passar por mais uma fasquia, onde todos já esperam que seja anunciada a sua tentativa de passar por mais uma marca mundial. Tudo isto, enquanto parece relaxado, deitado a olhar para o céu, como se o que fizesse fosse uma casualidade.
Ele luta contra si próprio e é a sua única concorrência, sendo o protagonista dos momentos mais marcantes do salto com vara. Duplantis faz parte da nova história do atletismo e não há quem não queira ver esta lenda do “Mondo”.