Tóquio 2020, Ténis: O materializar de uma estrela

    Os Jogos Olímpicos são o epicentro do desporto de, normalmente, quatro em quatro anos. Ainda assim, o Ténis, juntamente com alguns outros, reveste-se de uma menor importância já que este evento, apesar de importante, é apenas mais uma prova do calendário e que, para a maior parte, nem sequer é o mais relevante ou prestigiante. Contudo, não é por isso que não deixa de ter muitos pontos de interesse.

    O principal ponto de interesse da prova deste ano era Novak Djokovic. O sérvio entrou para esta competição em igualdade de títulos de Grand Slam com Federer e Nadal e conquistar a medalha de ouro permitir-lhe-ia continuar a ambicionar o tão desejado, e nunca alcançado na vertente masculina do ténis, Golden Slam, que consiste em juntar a medalha de ouro olímpica a todos os títulos de Grand Slam no mesmo ano.

    O sérvio era o claro favorito a ganhar esta prova, mas, nas meias-finais, teve um percalço que lhe deitou por terra as ambições de subir ao primeiro lugar do pódio. Esse percalço teve o nome de Alexander Zverev.

    Naquele que foi o jogo mais espetacular do torneio e, para muitos, uma final antecipada, Zverev conseguiu dar a volta ao encontro depois de estar a perder por 1-6 2-3 a meio do segundo set. A partir desse momento, o alemão conseguiu superar-se e venceu 10 dos 11 jogos seguintes para vencer a partida com os parciais de 1-6, 6-3 e 6-1. O primeiro set foi a amostra perfeita de como definimos Djokovic e muitos dos seus encontros, um parcial equilibrado com muitos jogos em vantagens mas que os pontos decisivos acabaram sempre por cair para o número um do mundo.

    Na segunda partida, Zverev esteve muito forte e conseguiu vencer os seus jogos de serviço de forma bem mais tranquila do que Djokovic. Apesar disto, foi o sérvio que conseguiu fazer o primeiro break, mas sofreu logo o contra-break em branco e Zverev saiu, claramente, galvanizado desta troca de breaks, vencendo todos os jogos deste parcial a partir daí.

    O último parcial foi caracterizado por um claro decréscimo do nível apresentado por Djokovic que nunca entrou verdadeiramente na disputa deste set, o que permitiu a Zverev caminhar de forma mais ou menos tranquila para a final, garantindo, desde já, uma medalha.

    Na outra meia-final, Karen Khachanov bateu Pablo Carreño Busta pelos parciais de 6-3 e 6-3. Olhando para o nível dos dois jogadores, poderíamos antever um encontro equilibrado, mas a verdade é que, como é o caso da maior parte dos espanhóis, Carreño Busta é claramente superior em terra batida do que em piso rápido e essa diferença de nível fez desequilibrar o encontro para o lado do russo, que enfrentou apenas um ponto de break.

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    José Maria Reis
    José Maria Reishttp://www.bolanarede.pt
    O Zé Maria é neste momento estudante daquele que ele espera ser o último ano de Economia no ISCTE. Desde muito cedo que começou a praticar vários desportos exceto, ao contrário da regra geral, futebol porque chamar pé esquerdo ao seu pé direito é um elogio. Mais tarde percebeu que era com uma raquete de ténis na mão que mais gostava de passar o tempo e foi aí que começou a crescer a grande paixão que tem pelo ténis. Vê e acompanha muito desporto, mas o ténis e o futebol, sobretudo o seu Sporting, são a sua perdição.                                                                                                                                                 O José escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.