Superbowl LIII: Defesas garantem emoção até ao final

    Os Rams finalmente conseguem igualar a partida 3-3 no terceiro quarto com um pontapé de Greg Zuerlein que tinha sido o herói contra os Saints e desta forma entrávamos no quarto período.

    Por esta altura já se começava a ver alguma impaciência no rosto de Sean McVay e dos seus homens, até porque sabiam que do outro lado estava o perito em drives decisivos no quarto período – Tom Brady. Dito e feito. Se até este momento Brady parecia uma sombra de si próprio quando as luzes brilharam mais alto Brady respondeu à chamada.

    O jogo de corrida com Michel, White e Burkhead tinham mantido os Patriots em jogo e retirado a Aaron Donald, a possibilidade de ter um impacto ao nível do melhor jogador defensivo da liga mas havia chegado a altura de ser mais agressivo. Edelman foi garantindo primeiros downs sucessivos até que num passe de classe Brady conseguiu conectar com Rob Gronkowski numa Go route até este ser placado próximo da endzone. Sony Michel garantiu a inevitabilidade do primeiro touchdown do jogo.

    Os Rams estavam obrigados a arriscar e por momentos pareciam que iam ser bem sucedidos nesta demanda. Brandin Cooks conseguiu iludir a marcação zonal dos Patriots mas quando parecia que ia marcar touchdown foi placado na endzone por Jason McCourtney. Mais tarde, o mesmo Brandin Cooks tentou explorar a defesa longa dos Patriots mas Gilmore e Jones conseguiram evitar, o que os Rams não evitaram na jogada de Gronkowski.

    Imediatamente a seguir Goff tenta repetir a mesma jogada, mas os Patriots decidiram enviar um blitz dos safeties que obrigou Goff a passar antes do tempo e com um arco maior que o desejável. Stephon Gilmore fez o que faz melhor: uma interseção e o jogo parecia acabado. Os Rams ainda conseguiram, fruto dos seus descontos de tempo, two minute warning e uma penalidade que parou o relógio de jogo obrigarem os Patriots a um field goal que colocou o resultado em 13-3 mas com ainda cerca de 1 minuto para se jogar ainda nada estava perdido para os Rams.

    Pode parecer pouco tempo, até porque os Rams não dispunham de mais nenhum desconto de tempo, mas “bastaria” um field Goal (13-6), um onside kick em que recuperassem a bola e um touchdown (13-13) para chegarem a prolongamento. A oito segundos do fim, Zuerlein tentou novo field goal mas desta vez o herói passou a vilão com a bola a sair à esquerda dos postes e os Patriots voltaram a ser campeões da NFL.

    Para os Rams foi mais uma etapa de crescimento, mas um crescimento que está condicionado ao que seja feito nesta offseason, já que muitos dos veteranos desta equipa estão no último ano de contrato e dificilmente aceitarão voltar a receber um ordenado a preço de desconto pela possibilidade de ganharem um título.

    Para os Patriots fez-se história e agora só falta ultrapassarem os Steelers como equipa mais vitoriosa da NFL. Para o ano tudo leva a crer que voltaremos a ter Brady e Belichick mas provavelmente não teremos Gronk. Muito castigado por lesões Gronk parece querer terminar a sua carreira em alta e evitar mais danos ao seu corpo. Este ano verificou-se um plano de proteção deste monstro de jogador, resguardando-o durante a época regular até o soltarem nos playoffs. Se se retirar este ano será, aos 29 anos, para muitos o melhor Tight End da história da liga.

    E são quase 4 horas da manhã, tempo para uns últimos jogos de Madden enquanto vamos vendo as entrevistas finais e até que o sono ganhe à adrenalina e se comece a pensar no Draft e no próximo SuperBowl.

    Foto de Capa: New England Patriots

    Artigo revisto por: Rita Asseiceiro

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    Daniel Felício Silva
    Daniel Felício Silvahttp://www.bolanarede.pt
    Quando não está a ocupar o seu lugar no Estádio da Luz o Daniel está a diambular pelos canais de televisão a devorar todo o desporto que consiga encontrar. Foi durante 2 anos coordenador do ataque da equipa de futebol americano dos Lisboa Navigators.                                                                                                                                                 O Daniel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.