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NHL | De Crosby para McDavid, de Ovechkin para Matthews, o passar da tocha

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Patrice Bergeron, Steven Stamkos, Eric Staal e Ryan Getzlaf são outros jogadores que durante o mesmo período de tempo estiveram lá em cima, e lideraram a sua equipa à vitória, mas mesmo assim estão um furo abaixo destes três extraterrestres.

Não coloco Toews, Malkin e Backstrom nesta lista porque eram os colegas de equipa dos três jogadores que aprofundei, contudo considero os três sem dúvida alguma, foras de série. Durante dez anos foi Crosby, Kane e Ovechkin e depois vinham os jogadores de elite.

Agora que estabeleci o que são talentos geracionais, vou partir para aquilo que estou com medo que aconteça no futuro.

Ao olharmos para a lista de atuais jogadores da NHL, e ouvirmos os principais comentadores norte americanos do desporto, reparamos que neste momento há dois jovens jogadores que já estão acima destes três, não só a idade pesa, como num desporto de tanto contacto físico as lesões são mais frequentes ou então a fuga ao contacto prejudica um pouco o seu jogo.

Estes dois jogadores que eu falo são Connor McDavid e Auston Mathews, com 24 e 23 anos respetivamente não há dúvida que tomaram o manto de Crosby e Ovechkin.

Num lado temos o playmaker que é largamente considerado o melhor jogador de hóquei gelo no mundo, do outro um goleador nato que em cinco épocas, duas das quais caricatas e mais curtas devido à pandemia, já tem 199 golos e conquistou em 2021 o seu primeiro Maurice “Rocket” Richard Trophy.

Por sua vez, McDavid já conta com 574 pontos em 407 jogos; três Art Ross Trophys (2017/2018/2021) e dois Hart Trophy (2018/2021).

Estamos sem dúvida a assistir ao aparecer de mais dois monstros da NHL, contudo estou com medo… Medo de que o talento de McDavid seja desperdiçado.

Quando se tem um jogador como este na equipa é preciso construir bem à volta dele, e se assim não for feito das duas uma, ou McDavid acaba numa lista de os melhores jogadores que nunca ganharam a Stanley Cup e por isso nunca se vai juntar a Crosby, Gretzky e Lemieux como um dos melhores de todos os tempos e o seu estatuto como o melhor do seu tempo fica ameaçado.

Ou então, sai da equipa e cria o seu legado noutro lado, tornando assim os Edmonton na equipa que desperdiçou o melhor jogador do seu tempo.

O que mais incomoda neste desperdício dos Oilers é a quantidade de primeiras escolhas que tiveram nos últimos 10 anos e mesmo assim não conseguem sequer chegar a final de conferência.

Vamos ver um bocadinho a fundo as suas primeiras escolhas no draft desde 2010.

Nesse ano foram buscar Taylor Hall, um dos jogadores mais procurados da sua geração, em 2017/2018 teve uma das suas melhores épocas, mas foi incapaz de continuar com a boa forma.

Este ano nos playoffs foi uma peça importante para os Bruins e assinou novo contrato que o vai manter em Boston.

Em 2011 os Oilers foram buscar Ryan Nugent-Hopkins. Ainda em Edmonton, RNH simplesmente não se desenvolveu para o jogador de elite que se esperava, mas é um bom contribuidor ofensivo, um jogador bastante útil capaz de oferecer profundidade ao plantel.

Com a primeira escolha de 2012 escolheram Nail Yakupuv, um avançado russo.

Sempre foi esperado que o seu desenvolvimento fosse mais demorado, contudo, ao fim de quatro épocas de desilusão foi trocado para St.Louis e duas épocas depois, sem equipa na NHL optou por voltar para a Rússia, onde continua com dificuldade em desenvolver o seu jogo.

Aqui noto o primeiro padrão, três primeiras escolhas seguidas numa altura pré sorteio, ou seja, os Oilers ou ficaram em último lugar durante três anos consecutivos, ou trocaram para ficar com a primeira escolha e ficar com estes jogadores que escolheram.

Três avançados que se esperavam ser marcadores de elite, apenas um deles conseguiu ter uma equipa desse nível, e foi já fora de Edmonton.

Sendo que apenas Yakupov foi uma real bust (jogador que se esperava muito, foi escolhido cedo no draft mas não se desenvolveu como esperado) vamos ver que outros jogadores, sobretudo defesas porque era o que a equipa precisava na altura, podiam ter escolhido esse ano: Morgan Rielly, Matt Dumba e Jacob Trouba.

Todos estes foram escolhidos na primeira ronda, e apesar de apenas Rielly se poder considerar um defesa elite, os outros dois são mais que capazes de ser um principal defesa da equipa.

Vamos continuar a esmiuçar as últimas duas primeiras escolhas dos Edmonton. Leon Draisaitl em 2014 e Connor McDavid em 2015.

Um jogador de elite, e o melhor jogador da atualidade. Ou seja, algo muito semelhante que os Penguins tinham em 2005 em Crosby e Malkin, o que falta então é o quê?

Nas cinco épocas de McDavid e Draisaitl apenas passaram à primeira ronda uma vez, e apenas chegaram a primeira ronda duas vezes. Com 24 anos Crosby já tinha chegado e perdido uma final da Stanley Cup, como já tinha conquistado a sua primeira.

E eu não acho que McDavid seja pior que Crosby na sua idade, o que acho é que o elenco secundário não é assim tão bom.

Os Oilers acabaram de trocar por Duncan Keith, vamos ser honestos, Keith é uma sombra do defesa vencedor que foi nos Blackhawks, nenhum dos guarda-redes tem o perfil para ser vencedor.

No ataque até acredito que a equipa esteja bem construída, muito talento capaz de contribuir no ataque, e bons jogadores para defender e fechar o jogo quando necessário.

A meu ver o que falta aos Oilers é um Keith de há dez anos atrás, possivelmente Darnell Nurse pegará nesse manto, e verdade seja dita, teve uma excelente época regular, contudo vacilou nos playoffs.

Faço aqui novamente um apelo aos Oilers, não desperdicem um talento geracional, McDavid pode ser um dos melhores de sempre, mas para isso precisa de ganhar, e isso não vai conseguir fazer sozinho.

Pedro Gonçalves de Andrade
Pedro Gonçalves de Andradehttp://www.bolanarede.pt
O Pedro é um amante do desporto sem o talento para o praticar. Além de seguir apaixonadamente o desporto Rei, é um confesso adepto de NHL e dos New York Rangers.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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