Antevisão Final do Mundial de Rugby: a excelência de Jones ou o rigor de Erasmus?

A Inglaterra tem aquela que é, a meu ver, a melhor terceira linha do mundo. Composta por Tom Curry, Sam Underhill e Billy Vunipola, tem o importante papel de atrasar a saída da bola da formação espontânea (atrasar a manobra ofensiva adversária) e conquistar turnovers. No pack avançado destaque também para o segunda linha Maro Itoje, que tem em si a qualidade de garantir segurança numa fase estática tão importante como o alinhamento.

No que à linha de três quartos diz respeito, a Inglaterra apresenta dois playmakers de nível mundial, sendo estes George Ford e Owen Farrell. A estes competirá a organização do jogo nas linhas atrasadas, em conjunto com Ben Youngs, e a decisiva tarefa de chutar aos postes.

A estratégia inglesa passará muito por Farrell e Ford
Fonte: Rugby World Cup

Da equipa de Eddie Jones podemos esperar uma leitura tática do adversário acima da média, tal como aconteceu no passado fim de semana frente aos All Blacks.

Do lado contrário temos uma África do Sul com uma defesa fortíssima, a melhor do mundo. No jogo contra o País de Gales, a linha defensiva sul africana conseguiu pressionar muito alto, tirando partido territorial deste componente do seu jogo. Tal como a Inglaterra, a África do Sul também é muito forte no alinhamento, tendo dois saltadores de nível mundial, como Lood de Jager e Eben Etzebeth.

Eben Etzebeth será uma peça fundamental na manobra sul africana
Fonte: SA Rugby

O grande destaque desta equipa vai para o seu par de médios. O jogo Springbok passará muito por Faf de Klerk e Handre Pollard. O jogo ao pé dos dois será fundamental, colocando em constante pressão o três de trás inglês. Esta tem sido uma das características desta equipa, mas nem sempre se tem revelado frutífera. Por fim, a linha de três quartos, ao que tudo indica, vai ter um regresso de peso, com Cheslin Kolbe a render S’Busiso Nkosi no 15 titular.

Da final de Yokohama podemos esperar um jogo muito disputado em todas as suas fases. O jogo no chão e as fases estáticas serão fundamentais. Intensidade e dinâmica de jogo serão, seguramente, duas das características desta final. De referir também que o árbitro será o francês Jérôme Garcès, auxiliado por Romain Poite e Ben O’Keeffe.

Foto de Capa: Rugby World Cup

Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

Marco Minelli
Marco Minellihttp://www.bolanarede.pt
Natural de Lisboa, mas de origem italiana, a sua paixão é o Rugby. Está inserido na modalidade enquanto jogador e árbitro.                                                                                                                                                 O Marco escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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