Já do outro lado do país, na zona norte da ilha norte, defrontaram-se as duas equipas que, à entrada para o jogo, não somavam qualquer vitória. Os Hurricanes conseguiram reverter esta situação, ao contrário dos Chiefs, que somaram a quinta derrota consecutiva.
Os Hurricanes conseguiram adiantar-se cedo no marcador, sendo que, ao intervalo, venciam por largos 3-20. Van Wyk regressou à titularidade e marcou o primeiro ensaio do jogo, oriundo de uma formação ordenada em que a ação sem bola dos três quartos foi essencial para libertar o ponta sul africano, que só teve de fazer o grounding.
🔥 What a start from @Hurricanesrugby!
Watch live on @skysportnz#CHIvHUR pic.twitter.com/q9NosYwjbG
— Super Rugby (@SuperRugbyNZ) July 5, 2020
À semelhança das jornadas anteriores, os Chiefs não conseguiram tirar partido das visitas à área de 22 metros adversária, muito graças também à capacidade defensiva dos Canes. No breakdown, Du’Plessis Kirifi teve um papel primordial, ora a atrasar a manobra ofensiva dos Chiefs, ora a conquistar turnovers. Além do mais, a defesa da franquia da capital, através da sua line speed, conseguiu anular completamente os perigos da linha de três quartos dos Chiefs.
Aliada a esta defesa compacta, esteve a leitura tática de Jordie Barrett no jogo ao pé. O defesa voltou à competição, depois de ter estado a recuperar de uma lesão no ombro, e a sua frieza nos pontapés aos postes foi essencial no garante da primeira vitória na competição. Nota para um pontapé a cerca de 60 metros que o número 15 conseguiu converter.
Nudge, absolute nudge.#CHIvHUR pic.twitter.com/58svE9KCSj
— Super Rugby (@SuperRugbyNZ) July 5, 2020
A equipa da casa apenas conseguiu assumir o controlo do jogo nos últimos minutos. Com o cartão amarelo e, posteriormente, com a expulsão de Scott Scrafton, os Chiefs conseguiram instalar-se em plenos 22 metros dos Hurricanes, mas a falta de pragmatismo e frieza ditou mais uma derrota para os homens de Warren Gatland. Apesar do ensaio de Lachlan Boshier e do ensaio de penalidade, os Chiefs falharam na gestão do jogo.
Em grande plano também esteve Ardie Savea, ao mostrar que, apesar da longa paragem que teve de enfrentar, é um dos melhores terceiras linhas do mundo. A escassos minutos do fim, com os Hurricanes a defender na sua linha de cinco metros, Ardie Savea conquistou o turnover que veio pôr termo à discussão do resultado.
Os Chiefs são, a meu ver, a maior surpresa deste Super Rugby Aotearoa. Após um bom começo de época no padrão normal da competição, em que bateram os Blues e os Crusaders, ninguém imaginava que fosse uma equipa como os Chiefs a ocupar o último lugar, ainda por cima sem qualquer vitória.
A nível individual, creio que Dane Coles e Aaron Smith, capitães de Hurricanes e Highlanders, respetivamente, foram os jogadores da jornada. O talonador dos Canes foi uma arma essencial no ataque à linha da vantagem e mostrou a sua capacidade técnica através de diversos offloads. Já Aaron Smith, foi a pedra basilar no jogo dos Landers. Quando este saiu, o jogo da franquia de Dunedin perdeu a dinâmica.
Na próxima semana, Crusaders e Blues vão medir forças em Christchurch, naquele que será um dos jogos mais esperados da competição. Já os Highlanders vão a Wellington defrontar a equipa local.
Foto de Capa: Super Rugby
Artigo revisto por Joana Mendes