A Next Gen tem três grandes problemas: Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic

QUAL A PRÓXIMA GRANDE ESTRELA?

Relativamente aos jovens jogadores do circuito, Frederico Gil e José Morgado apontam Félix Auger-Aliassime como um dos principais nomes a ter em conta para o futuro. Daniil Medvedev e Stefanos Tsitsipas são, naturalmente, outro dos nomes que maior destaque merecem. Na opinião de Miguel Dias, Alexander Zverev “está um passo à frente de todos os outros”. Por sua vez, o fundador do Raquetc considera ter “dificuldades em responder e isso deixa-me feliz. Já caímos no erro de apontar outros jovens a um enorme sucesso nesta era, mas inevitavelmente terão de nascer campeões desta fornada até porque agora sim, é impossível termos os Big 3 a jogarem por mais dez anos”. No entanto, Gaspar Ribeiro Lança destaca Tsitsipas, Alexander Zverev e Daniil Medvedev.

ALGUÉM CONSEGUIRÁ CHEGAR AO NÍVEL DOS BIG3?

Quando questionados sobre a possibilidade de alguns destes jovens chegar ao nível dos Big3, os entrevistados consideram difícil. Por exemplo, José Morgado tem dúvidas que algum deles ganhe mais do que 10 Grand Slams. No entanto, o jornalista do jornal Record entende que “há muitos jogadores que serão top10 sólidos e campeões de Grand Slam na próxima década”. Miguel Dias também coloca algumas reticências sobre a possibilidade de algum deles chegar ao nível dos Big3 “até porque eles próprios têm vindo a pulverizar os seus próprios recordes”. Gaspar Ribeiro Lança afirma que acha “muito difícil haver novamente um Big Three, porque temos a sorte de assistir, ao mesmo tempo, à evolução dos que são indiscutivelmente os três melhores jogadores de todos os tempos. Não só pelo talento mas sobretudo pela consistência — nuns casos maior do que noutros — e a “aura” que existe em torno do Federer e do Nadal”.

QUAL O MELHOR DE TODOS OS TEMPOS?

A última pergunta é provavelmente a mais difícil e também a mais subjetiva, no entanto é aquela em que o consenso parece ser maior. Qual o melhor jogador de todos os tempos? Frederico Gil afirma que “é difícil, mas, se tivesse de apontar um nome, seria Roger Federer, sem dúvida. No entanto, em terra batida, Rafael Nadal. Mas, no seu melhor e sobretudo em piso rápido, o Djokovic bate os outros dois”. José Morgado indica que, se olharmos para as estatísticas, “Federer é indiscutivelmente o melhor de todos os tempos: tem mais Grand Slams, mais semanas como número 1, mais vitórias e mais recordes. No entanto, daqui dois ou três anos posso dar uma resposta completamente diferente”.

Miguel Dias aponta o suíço como o melhor de todos os tempos “pelo que fez na fase inicial de carreira, pela forma como soube fazer a travessia no deserto e pelos resultados que obteve depois dessa mudança”. Gaspar Ribeiro Lança não tem dúvidas em escolher Roger Federer. “Pelos números, pelos títulos, pela consistência (é importante salientar os recordes de QF e SFs consecutivas em torneios do Grand Slam), pelo ténis que executa e pelo carisma. Mas é uma discussão cada vez mais acesa e, não se reduzindo só a isso, aqueles 2 match points perdidos em Wimbledon podem vir a ter um grande significado pelo menos no que a títulos do Grand Slam diz respeito”.

Em 2019, houve pelo menos um dos BIG3 em todas as finais do Grand Slam
Fonte: ATP Tour

A DITADURA DA COMPETÊNCIA E DA EXPERIÊNCIA

Em suma, e concordando em larga medida com o que foi dito anteriormente, entendo que esta nova geração tem muitíssima qualidade. A questão é coexistem com três dos melhores jogadores da história da modalidade. Apesar de por vezes lhes conseguirem fazer frente, a maior experiência e qualidade de Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic marca a diferença nos momentos decisivos.

Não sabemos por quanto tempo mais irão jogar estas três lendas da modalidade, mas, enquanto cá estiverem, será difícil para qualquer uma destas jovens promessas conseguir conquistar os títulos mais importantes.

Foto de Capa: US Open Tennis Championship

 

 

Duarte Pereira da Silva
Duarte Pereira da Silva
Do ciclismo ao futebol, passando pelo futsal ou o andebol, quase todos os desportos apaixonam o Duarte. Mas a sua especialidade é o ténis, modalidade que praticou durante 9 anos.                                                                                                                                                 O Duarte escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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