ATP 250 Belgrado | Chegou ao fim o «jejum» de Matteo Berrettini

AS SURPRESAS CHEGARAM AO SEGUNDO DIA

Foi logo no segundo dia de competição que começaram “a cair” os primeiros resultados surpreendentes! Com o afastamento de um dos tenistas que mais tem ascendido na classificação no presente ano competitivo, Sebastian Korda, antigo vencedor de Roland Garros ainda no escalão júnior, a ceder em três parciais para o esloveno Aljaz Bedene, atleta que já representou a Grã-Bretanha. A maior experiência competitiva do seu oponente  levou a melhor, visto que após mais de 2h30m de um feroz duelo, tudo se resolveu num sempre imprevisível tie-break favorável a Bedene, por 7-5. Com Korda a denotar aí, muito cansaço, sendo bastante precipitado em algumas opções por ele tomadas.

Já o outro  “tomba gigantes” deste dia, seria o transalpino, fora dos 90 primeiros da classificação ATP, Gianluca Mager, que levou a melhor por 6-4 e 6-3 face ao local Laslo Dere, nono cabeça-de série, com o italiano a atuar a um nível bem superior ao que a sua posição na tabela indicava, revelando-se muito acutilante e agressivo, deixando pelo caminho um atleta que tem na terra batida a sua superfície de eleição, sendo mais um do país local a dizer adeus ao torneio.

O terceiro dia de evento, ficaria marcado pelas estreias de três dos cinco cabeças-de-série principais da competição: Novak Djokovic superaria sem quaisquer problemas o sul-coreano número 84 da classificação individual , Soon Woo Kwon por contundentes 6-1 e 6-3. Matteo Berrettini aplicou igual receita ao compatriota  Marco Cecchinato, com Filip Krajinovic a seguir-lhes as pisadas, rumo aos quartos!

O derradeiro dia de qualificação para a antepenúltima fase do certame seria marcado por algumas “quedas” de atletas de quem era esperado bem mais! O primeiro a capitular foi o quarto pré-designado, Dusan Lajovic, que perderia num duelo em que todos os pontos foram extremamente “caros” frente ao argentino Federico Delbonis, um verdadeiro terráqueo! Já Daniel continuava a surpreender eliminando desta feita o Top 40 mundial John Millman em três longos sets, forçando o australiano a cometer mais de quarenta erros diretos, com o japonês a seguir em frente. Quanto ao russo, Aslan Karatsev, também não ganhou para o susto, visto ter sentido extremas dificuldades para se “livrar” de um super combativo Aljaz Bedene, com a sua passagem a ficar somente confirmada após um tie-break de último set.

Num dia em que o sol ia banhando o complexo balcânico, era hora de se jogarem as contendas alusivas aos ¼ de final, com os três mais cotados ainda em prova.

O primeiro a entrar em court era Matteo Berrettini que defrontava o local Filip Krajinovic, sendo que o italiano mostrara grande nível tendo em conta que apenas competia pela terceira prova na presente temporada. Sempre com maior intensidade e intencionalidade no seu jogo, fruto de uma quebra em cada um dos parciais fez com que o local não lhe oferece-se grande oposição, com o resultado a fixar-se num duplo 6-4.

Seguidamente assistiu-se a mais um dia no escritório! Para Djokovic, dada a sua superioridade, face ao oitavo maior favorito à conquista do torneio, o seu bem mais jovem compatriota de apenas 21 anos, Miomir Kecmanovic que foi literalmente “atropelado”, com Djoko a triunfar levando pouco mais de 1h por  6-1 e 6-3. Com uma atuação que deixava bem claro que estava pronto para vencer literalmente em casa!

No terceiro encontro da jornada  foi tempo de Karatsev confirmar o seu enorme favoritismo, perante um Gianluca Mager que fez o que pode , no entanto, o atleta de leste levou a melhor por 6-1 e 6-4, sendo que o italiano apenas ofereceu alguma réplica na segunda partida, quebrando de entrada o bem mais categorizado contendor. Contudo e após um ligeiro hiato de concentração o soviético soube voltar a aplicar-se de modo a dar a reviravolta.

Já no último duelo desta fase, Taro Daniel voltou a surpreender afastando Federico Delbonis, em três disputadas partidas. Com o nipónico a revelar : um querer, uma garra e uma capacidade de luta que fazem deste atleta que não tem uma “pancada” verdadeiramente desquilibrante, ser capaz de ombrear com jogadores bem mais credenciados do que ele. Agora seguir-se-ia desafio muito complicado diante de Berrettini nas meias!

A CONFIRMAÇÃO DE UMA ESTRELA

A primeira meia final apresentava um suculento menu, visto que Novak Djokovic, número um do Mundo encontrava o fantástico Aslan Karatsev, que estava  a revelar-se muito bem em terra, isto após ter sido dos melhores do Mundo na presente temporada nos hard corts! Saliente-se que ambos se tinham já defrontado nas meias finais do Open da Austrália com o sérvio a emergir vitorioso.

O set inicial começou com o russo a ceder logo de entrada o seu serviço, com Novack a granjear uma liderança de 3-0, que parecia indicar que talvez  Karatsev fosse acusar a solenidade de tamanha disputa. Só que tal não se confirmou, numa contenda que viu à semelhança dos encontros decisivos metade da lotação do court ser preenchida por espectadores. Desde aí o atleta de Moscovo foi sempre melhor, apesar de ter consentido nova quebra ao oponente, quando estava na frente por 5-3, de seguida replicou o mesmo no serviço do melhor do Mundo, fechando o primeiro parcial por 7-5.

Na segunda partida, o nível foi ainda mais alto com Karatsev a assinar o primeiro desequilíbrio no placard adiantando-se para 4-3, no entanto, e por mais mérito de Djoko do que propriamente por demérito deste, acabou derrotado por 6-4 na segunda contenda. Por isso, fomos contemplados com um derradeiro set em que ambos jogaram ao seu melhor nível! Com cerca de oitenta minutos de pura classe e nos quais se praticou, na minha opinião, o nível de ténis mais alto de toda a época até ao presente momento! Num encontro em que ninguém merecia sair de cena, mas visto que tal não era possível foi o russo a triunfar, salvando 23 pontos de break em 28 enfrentados que ao cabo de 3h27m, duelo mais longo  da temporada, se excetuarmos as provas do Grand Slam, que Karatsev levou a melhor por 6-4 no derradeiro parcial.

Deste modo ficou demonstrada  a capacidade que o soviético tem de atuar a nível semelhante nas superfícies mais lentas, depois do que fizera em piso rápido.

Já no outro encontro que teria a fasquia altamente elevada, o mesmo acabou por ser mais disputado do que esperaria. Apesar de concluído o primeiro set, tal não parecer possível, dado que Taro Daniel era esmagado por  Matteo Berrettini em menos de 30m por 6-1. No entanto e mesmo em desvantagem por um break na segunda partida, o japonês não atirou a “toalha” ao chão, conseguindo quebrar, um até então incontestado domínio de Berrettini, no seu golpe de saída com tudo a ficar adiado para um tie-break. Aí, contra todas as previsões e com um esforço hercúleo, acabou por conseguir conduzir o duelo a uma terceira partida, arrecadando-o por 7-5.

No terceiro parcial e rendido à sua condição física, o asiático, como se diz na gíria tenística acabou por “rebentar”, uma vez que não conseguiu vencer mais nenhum jogo. Sendo assim o terceiro set ficaria selado por 6-0, contudo Daniel rubricou uma semana em Belgrado que já mais apagará da memória!

Diogo Rodrigues
Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.

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