ATP Masters 1000 Roma: Nadal impera novamente em Roma

RAFA VERSUS «DJOKO»: UMA FINAL DE TITÃS

Foi com o sol a brilhar na capital transalpina que os dois maiores vencedores deste torneio, totalizando entre eles 14 troféus, se encontrariam numa 57.ª ocasião, com uma vantagem de 29/27 para o sérvio de 33 anos. Se nos cingíssemos somente aos duelos protagonizados em terra, mudava de figura com o “touro de Manacor” a comandar claramente nessa estatística. Algo era dado como adquirido, o espetáculo prometia, com o hispânico de 34 anos a contar com a família entre os 5.000 espectadores permitidos pelas autoridades, a partir da terceira ronda. De realçar ainda que esta era a segunda final mais idosa de sempre em provas Masters 1000, depois de Miami 2017, entre Roger Federer, à data com 37 primaveras, e John Isner, de 33.

O frente a frente principiava com o teoricamente mais castigado física e psicologicamente, a efetuar a “quebra”, só que Nadal restabeleceria a igualdade a 1. Com as trocas de bolas a assumirem já um nível de excelência, aconteceria ao sexto jogo situação inusitada e pouco abonatória para a organização, dado que o castelhano quase se espalhava ao comprido prendendo o pé numa linha lateral que estaria despregada do court central, motivando queixas do “nuestro hermano” ao juiz de cadeira Carlos Bernardes.

A questão, diga-se pouco digna tendo em conta a grandeza e o prestígio do evento, foi ultrapassada. Apesar da contestação sofrida por ambos nos seus jogos de serviço, nos quais Rafa denotava posicionamento mais recuado na resposta quando comparado com Djoko que entrava mais no court, ambos foram estando a par. Isto até ao mais veterano ter “quebrado cirurgicamente” aos 6-5 aproveitando de seguida o seu golpe de saída no qual ia tendo um aproveitamento de 84% para concluir o parcial inaugural por 7-5, em 75’.

A segunda partida, apesar de um igualar de forças e de vontades no início, via um Nadal baixar muito o nível em todos os departamentos, com o líder do ranking a saltar de imediato em cima do atleta de Maiorca. Com o saque a perder eficácia, assertividade e regularidade, esta seria dominada pelo balcânico que se ia demonstrando uma verdadeira “parede”, não oferecendo nada ao oponente.

O segundo set era “embrulhado” pelo atleta da capital sérvia, em 44’, por 6-1, apesar de dar ideia que Rafa já teria a cabeça no terceiro e decisivo parcial. Muito desequilibrada esta partida, sendo que a primeira seria o único período do duelo em que ambos atuaram perto do seu melhor em simultâneo.

O derradeiro set começava com ambos a vencerem os seus respetivos jogos, toada mantida até ao momento em que Nadal, fruto de um jogo desastroso de serviço de Djoko, o quebrou em branco, concretizando vantagem que não mais seria perdida, isto apesar de um esforço louvável do campeão do único troféu do Grand Slam na presente temporada e recordista de conquistas de torneios Masters 1000.

Foi após transcorridas praticamente 2h30m que “la décima” era mesmo uma realidade para o melhor de todos os tempos neste piso! Com esta conquista, ficou provado que a velha guarda ainda está aí para as curvas, esclarecendo que teremos uma edição de Roland Garros a prometer 15 dias de ação e muita emoção.

Fique bem, fique na nossa companhia.

Artigo revisto por Diogo Teixeira

Diogo Rodrigues
Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.

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