BnR: Várias tenistas portuguesas têm referido a dificuldade de, internacionalmente, singrar na modalidade. O que está na origem dessas dificuldades e quais as diferenças ainda existentes relativamente ao apoio que é dado ao ténis masculino?
FJ: Na minha opinião o principal problema do ténis português é a mentalidade ser muito pequena e haver pouca ambição. A diferença de apoio financeiro entre os rapazes e as raparigas já não é tão notória, embora saiba que há mais rapazes a praticar e a singrar no ténis do que raparigas, pelo que por isso a aposta neles é maior.
BnR: “Lá em casa” existe mais uma campeã: a tua irmã, Matilde Jorge, depois de ser por duas vezes consecutivas campeã nacional de sub-12, sagrou-se agora campeã nacional de sub-14. Como é a vossa relação? Poderá a Matilde, um dia, chegar ainda mais além do que a Francisca Jorge?
FJ: A Matilde está a jogar muito bem e os resultados têm falado por si, e acredito plenamente que ela possa chegar a um bom nível de ténis se continuar a trabalhar bem. Quem sabe um dia “passa-me a perna” e, da minha parte, não haveria qualquer incómodo pois ela significa o mundo para mim e eu só quero que ela seja feliz, nem que isso implique ultrapassar-me.
BnR: Para terminar, algumas perguntas para respostas curtas:
1) Melhor tenista feminina da atualidade?
FJ: Serena Williams.
2) Melhor tenista feminina de sempre?
FJ: Serena Williams.
3) Torneio favorito?
FJ: Roland-Garros.
4) Vencer um torneio do Grand Slam ou ser número um do ranking WTA?
FJ: Vencer um Grand Slam.
5) Vencer a Fed Cup ou uma medalha olímpica?
FJ: Medalha Olímpica.
6) Cidade favorita?
FJ: Guimarães (sempre).
7) Prato favorito?
FJ: Bacalhau de todas as maneiras e feitios.
8) Livro favorito?
FJ: Nenhum em especial (pessoalmente, não gosto muito de ler).
9) Filme favorito?
FJ: Borg vs McEnroe.
10) Numa palavra, o que significa para ti o ténis?
FJ: Vida.
Foto de Capa: Federação Nacional de Ténis