📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

O ténis feminino

- Advertisement -

cab ténis

Título simples para um tema bem complexo. Se têm acompanhado as minhas crónicas tenísticas aqui no Bola na Rede podem reparar que quase nunca, ou mesmo nunca, abordei o ténis feminino.

Não é uma variante que me agrade muito. Claro que poder ver um jogo entre uma Maria Sharapova e uma Maria Kirilenko é sempre mais agradável do que ver um entre Radek Stepanek e Gael Monfils. Quem os conhece certamente entenderá. No entanto, o ténis feminino é o tipo de ténis que de longe menos aprecio.

Para além de ser um ténis menos físico, com menos pancadas em força, com um ritmo mais baixo e mais propício a erros, embora me possam acusar também de ter uma visão conservadora e antiquada, a irregularidade que pontua no circuito irrita-me de sobremaneira.

O facto de o ranking feminino ser dos mais instáveis que existe, para além de termos vencedoras de Grand Slam que agora estão muito abaixo do top100, ou algumas ainda dentro do mesmo mas a um nível muito mais baixo, leva a que, na minha opinião, o circuito saia desacreditado.

Muitos ainda se recordam certamente de quando o circuito mundial era dominado pela dinamarquesa Caroline Wozniacki, que era acusada de ter um ténis defensivo, “chato” e que entusiasmava pouco; agora passeia pelos courts com poucos ou nenhuns resultados. Também se recordam certamente de Francesca Schiavone quando venceu Roland Garros com toda aquela garra e que agora ocupa o “modesto” 49º lugar.

 

0,,12781~9240169,00

O ténis feminino é isto. É irregularidade, o que na minha óptica não é exactamente sinónimo de competitivade. Isto porque competitividade é algo que pouco vi enquanto acompanhei a variante feminina.

Também nós, em Portugal, temos alguma dificuldade em dar o salto no que às senhoras diz respeito. Maria João Koehler tem sido a escudeira portuguesa no que toca ao ténis português. Michelle Larcher de Brito é a irregularidade que conhecemos, e embora tenha sido já capaz de grandes momentos, talvez de um dos maiores do ténis nacional, não mostra uma evolução sólida e constante – fruto da falta de um acompanhamento técnico de outro nível, que as dificuldades financeiras ou o pai não querem/podem proporcionar.

Vê-se também pelo desempenho português na Fed Cup que não tem sido possível sonhar com grandes conquistas, mas sim em manter o nível em que nos encontramos, o que prova que o desenvolvimento não se tem notado ou não tem estado a ser feito.

Por fim, e isso é mero gosto pessoal, lamento que o circuito feminino seja dominado por Serena Williams, uma tenista da qual nunca fui fã, e que me faz também afastar desta variante sempre que entra em court. Mas gostos não se discutem…

Miguel Dias
Miguel Dias
O Miguel jogou ténis durante mais de dez anos, sendo actual vice-presidente do clube ténis da sua terra natal, Almeirim. Para além disso, acompanha a modalidade desde 2008, tendo feito já a cobertura do Portugal Open, entre outros, e tendo sido já comentador convidado da Eurosport para a modalidade.                                                                                                                                                 O Miguel não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Ivo Pinto e a convocatória para a seleção de Portugal: «Tenho que dar crédito a mim mesmo por ser chamado a uma seleção de...

Ivo Pinto foi convocado por Fernando Santos para a seleção de Portugal, numa fase em que ainda representava o Dínamo Zagreb.

AVS SAD pode ver avançado partir rumo a Espanha

Jordi Escobar prepara-se para deixar o AVS SAD no mercado de transferências de inverno. O jogador conta com interessados.

Sidny Lopes Cabral revela conversa com José Mourinho e fala do novo desafio no Benfica: «Não consigo descrever o quão feliz eu estou»

O Benfica confirmou a contratação de Sidny Lopes Cabral. O lateral cabo-verdiano já falou como reforço das águias.

Olheiro BnR | Sidny Lopes Cabral

Quanto a Sidny Lopes Cabral, é um jogador que pode jogar tanto defesa, ala e médio tanto pelo lado esquerdo como pelo lado direito.

PUB

Mais Artigos Populares

Já é conhecido o número da camisola de Sidny Lopes Cabral no Benfica

Sidny Lopes Cabral já tem número na camisola no Benfica. O lateral internacional por Cabo Verde vai usar a camisola número 15 dos encarnados.

FC Porto entre os clubes interessados no jovem Raykkonen

O FC Porto está entre as equipas que estão interessadas na contratação de Raykkonen. O jovem avançado brasileiro de 17 anos está ao serviço do Internacional de Porto Alegre.

FC Porto e a chegada de Thiago Silva

É pouco provável que um jogador deste nível tenha vindo para Portugal para disputar apenas jogos de menor relevância. Thiago Silva veio para jogar.