Ténis: US Open 2015 – veni, vidi e vici

    cab ténis

    Flavia Pennetta sagrou-se pela primeira vez na sua carreira vencedora de um torneio do Grand Slam, mas, e se esta notícia não fosse surpreendente o suficiente, há muito mais para contar sobre o que se passou nas duas últimas semanas em Flushing Meadows: o sonho de Serena, que ficou pelo caminho, a renascida Vinci e muito mais.

    Como neste mesmo espaço já tive oportunidade de escrever, era daqueles que pensavam que Serena não iria dar quaisquer hipóteses fosse a quem fosse, mas a derrota com Roberta Vinci foi algo que me deixou perplexo, sendo que Serena nunca havia sequer perdido um único set com a italiana nos 5 encontros que disputaram. No entanto, não quero “perder” o meu tempo a falar sobre Serena. A campeã norte-americana, que considero ser uma atleta extraordinária, apesar do seu ar arrogante, caiu, e bem, perante uma encantadora Roberta Vinci, e é dela que quero falar-vos agora.

    Roberta, como é chamada pelas amigos mais próximos, tem uma história inspiradora. Após a sua vitória nas meias-finais, e em entrevista em pleno Arthur Ash (vale a pena rever), a italiana confessou que não acreditava que fosse capaz de bater a mais velha das irmãs Williams (1/350 eram as probabilidades nas casas de apostas). Na final, frente à sua grande amiga Flavia Penneta, que havia derrotado Simona Halep, e após um primeiro set bastante penalizador apenas decidido num tie-break, acabou por ser derrotada. Contudo, aquilo que quero destacar é o comportamento das duas italianas.

    Flavia festeja a vitória no US Open Fonte: Facebook US Open
    Flavia festeja a vitória no US Open
    Fonte: Facebook US Open

    Flavia Penneta, que após o encontro anunciou que se irá retirar no final do ano, fez um torneio simplesmente brilhante, batendo no seu caminho até à final jogadoras como Samantha Stosur, ex-campeã do US Open, Petra Kvitova, detentora de 2 títulos do Grand Slam, e ainda Simona Halep, atual número 2 da hierarquia mundial. Na final, frente a Vinci, Penetta pareceu sempre mais forte. O desgaste físico que Vinci apresentou, fruto dos encontros dos quartos-de-final frente a Kristina Mladenovic e das meias-finais diante de Serena Williams, desempenhou um papel fulcral na final de ontem.

    Termino dizendo que, sem margem para dúvidas, e independentemente do resultado do jogo de ontem, quem ganhou foi o ténis. Penetta e Vinci mostraram ao circuito que, por mais difícil que pareça, nada é impossível.

    Obrigado, Flavia e Roberta.

    Foto de capa: Facebook US Open

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    Do ciclismo ao futebol, passando pelo futsal ou o andebol, quase todos os desportos apaixonam o Duarte. Mas a sua especialidade é o ténis, modalidade que praticou durante 9 anos.                                                                                                                                                 O Duarte escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.