US Open 2018 – Antevisão ao Circuito Masculino

    Ao longo do US Open, é expetável que surjam alguns bons desempenhos por parte de algumas jovens promessas (idade não superior a 20 anos), apontando como possíveis candidatos a chegar longe na competição:

    Stefanos Tsitsipas – o jovem grego apresentou-se recentemente a grande nível no ATP Masters 1000 do Canadá, onde chegou à final após bater quatro tenistas do top dez mundial, Novak Djokovic, Alexander Zverev, Dominic Thiem e Kevin Anderson, perdendo apenas para Rafael Nadal. Tsitsipas está na melhor fase da carreira, atingindo o seu melhor ranking – o 15.º posto – e está a jogar a grande nível, pelo que não será propriamente uma surpresa se chegar à segunda semana do Grand Slam, algo que já aconteceu em Wimbledon, onde foi eliminado nos oitavos de final.

    Denis Shapovalov – após o brilharete do ano passado, onde chegou aos oitavos de final do US Open, proveniente da fase de qualificação, a promessa canadiana surge este ano mais experiente e com outro estatuto, aos 19 anos é o n.º 28 do mundo. Apesar de não ter feito tão bons resultados como no ano passado nos Masters 1000 que antecedem o US Open, este ano chegou apenas à terceira ronda de Cincinnati e Canadá. O jovem canadiano é muito talentoso e o seu estilo de jogo adequa-se e de que maneira ao piso rápido do torneio nova-iorquino, pelo que a chegada à segunda semana do torneio, à semelhança do que sucedeu no ano passado, é algo bem possível.

    Frances Tiafoe – é a maior promessa do ténis norte-americano, a jogar em casa e com a qualidade que demonstra, Tiafoe é um sério candidato a poder provocar alguns dissabores a adversários mais cotados. No ano passado foi eliminado na primeira ronda do torneio frente a Roger Federer, mas Tiafoe mostrou porque é um dos jovens mais promissores da atualidade e levou o suíço à “negra”, que necessitou de cinco sets e de quase três horas em court para eliminar o norte-americano. Este ano, Tiafoe aparece mais maduro e com outro estatuto, sendo já integrante do exigente top 50 mundial, pelo que não será também de estranhar que aliado ao seu talento e galvanizado pelo apoio do seu público, possa vencer alguns tenistas com teórico favoritismo e chegar a uma fase adiantada da competição.

    Frances Tiafoe é a nova coqueluche do ténis norte-americano
    Fonte: ATP World Tour

    Relativamente a tenistas que possam desiludir neste Grand Slam, Dominic Thiem é talvez o principal favorito. O tenista austríaco pelo nível de ténis apresentado nestes últimos meses, onde após a excelente prestação em Roland Garros em que chegou à final, perdendo apenas para o Rei da Terra Batida, Rafael Nadal, tem vindo a jogar a um nível pouco condizente com o estatuto de jogador do top dez mundial e a acumular derrotas precoces em fases iniciais de torneios, quer também pela fraca preparação para a época de piso duro, tendo disputado apenas um torneio nesta superfície, o ATP Masters 1000 do Canadá, onde acabou eliminado logo na primeira ronda. Alexander Zverev, atual número quatro do mundo, é outro tenista que poderá desiludir. O jovem alemão continua a não conseguir obter resultados de acordo com o seu potencial e estatuto em Grand Slams, acabando eliminado sempre antes dos quartos de final, exceção feita a Roland Garros deste ano, onde chegou precisamente a essa fase.

    No que diz respeito aos tenistas portugueses, apenas João Sousa, n.º 67 do mundo e melhor português do ranking ATP, vai disputar o Quadro Principal do evento, tendo estreia marcada na primeira ronda com o espanhol Marcel Granollers, atual n.º 107 do ranking mas antigo top 20 mundial, proveniente da Fase de Qualificação. João Sousa chega ao US Open numa série negativa de sete derrotas consecutivas e consequentemente com uma enorme falta de confiança, esperando que o tenista português quebre o enguiço e chegue à segunda ronda de um Grand Slam pela segunda vez na temporada, após ter estado na segunda ronda do Australian Open e de ter sofrido derrotas prematuras nas primeiras rondas de Roland Garros e Wimbledon. Gastão Elias, que é nesta altura o n.º 147 do ranking, também se deslocou a Nova Iorque, tendo sido logo eliminado na primeira ronda da Qualificação pelo antigo número um do mundo em juniores e atual n.º 203 do ranking ATP, Nikola Milojevic. Pedro Sousa que também se encontrava inicialmente na fase de qualificação optou por desistir, alegando cansaço e sobretudo com a intenção de amealhar pontos em eventos Challenger (torneios de segunda categoria no Circuito Mundial), de forma a conseguir o objetivo da temporada, que passa por chegar ao top 100 mundial pela primeira vez na carreira.

    O US Open 2018 está lançado, os melhores tenistas da atualidade estão todos presentes, por isso estão reunidos os principais ingredientes para um grande espetáculo. Agora é só desfrutar do melhor ténis que existe no mundo durante as duas semanas de competição.

    Foto de Capa: ATP World Tour

    Artigo revisto por: Rita Asseiceiro

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    João Pereira Rodrigues
    João Pereira Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    Algarvio de gema mas portista de coração, cresceu a ver o FC Porto conquistar tudo, pode-se dizer que teve uma infância feliz. É amante e aficionado do desporto em geral, mas é no futebol, ténis e ciclismo onde mais vibra desde criança.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.