Wimbledon #2: Jannik Sinner consegue a sua desforra

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Jannik Sinner é o novo vencedor do torneio de Wimbledon, ao derrotar na final o tenista espanhol Carlos Alcaraz, com os parciais de 4-6,6-4,6-4 e 6-4, ao cabo de três horas e seis minutos.

Desta vez não foi uma final de duração interminável como a que disputaram na terra batida de Roland Garros há sensivelmente um mês atrás, que só ficou concluída após 5h29 minutos (!), e que é provavelmente um dos melhores jogos de sempre da história deste incrível e apaixonante desporto.

Com esta vitória num dos torneios mais míticos de ténis, Sinner consegue dessa forma alcançar o incrível registo de já ter obtido títulos em todas as superfícies em torneios do Grand Slam, igualando o mesmo feito do seu rival nesta final.

Convém referir que Jannik Sinner ainda tem uma grande margem de progressão, pois só completa 24 anos em Agosto, sendo que Alcaraz apenas tem 22 anos de idade, e o que ambos têm feito, já é digno dos mais rasgados elogios que se lhes possam fazer.

https://x.com/Wimbledon/status/1944464616337084629


No caso do tenista transalpino, é ainda mais impressionante o seu registo de quatro finais consecutivas de Grand Slam, sendo que teve match points na final de Roland Garros, e poderíamos estar a falar em quatro títulos de Grand Slam nos últimos quatro de que disputou.

Ambos chegaram à final depois de um percurso acidentado. Alcaraz esteve próximo de uma surpreendente e humilhante eliminação na primeira ronda do torneio, frente ao inconsistente mas igualmente talentoso italiano Fabio Fognini (que anunciou o término da sua carreira depois desse jogo).

Fognini exibiu-se em estado de graça durante mais de quatro sets fazendo uso da sua grande criatividade e variedade de jogo, conseguindo retirar Alcaraz da sua zona de conforto, e obrigando o tenista espanhol a puxar dos galões para evitar uma eliminação na ronda inicial de um torneio no qual defendia o título e em que era considerado o grande favorito à conquista do tricampeonato.

No quinto set, Fognini entrou em modo de autodestruição com uma sucessão de más decisões e erros não forçados (típico dele e que foi sem dúvida um dos motivos pelos quais não teve uma carreira ainda mais exitosa), sucumbiu aos nervos e à solenidade do momento, e a um considerável aumento de tensão competitiva por parte de Alcaraz, que conseguiu mais uma vez levar de vencida um encontro num quinto set, tendo o extraordinário registo de 14-1 (!) em encontros nos quais teve de disputar um quinto e decisivo set.

No caso de Alcaraz, apesar de ser forçado a jogar um quinto set, nunca esteve próximo de ser derrotado. Já Sinner, esteve muito perto de ser eliminado de forma surpreendente pelo búlgaro Grigor Dimitrov nos oitavos-de-final da prova. 

O tenista búlgaro (denominado de baby Federer devido às semelhanças do seu estilo de jogo com as dos mago suíço, que curiosamente marcou presença nesse dia) estava a conseguir fazer algo que poucas (ou nenhumas vezes) se terá visto: desconcertar Sinner, ao ponto de chegarmos a ver o tenista italiano completamente fora de si, com uma linguagem corporal pouco usual, sendo que esteve perto de partir uma raquete devido a toda a frustração de não estar a conseguir exibir-se ao nível que o seu adversário lhe estava a exigir.

O búlgaro dominava confortavelmente o jogo por dois sets a zero (com parciais de 6-3 e 7-5), e ao executar o serviço quando estava 2-2 no terceiro set, sentiu uma dor na zona peitoral, gritando de agonia e desespero, pois sabia que naquele momento gorava-se a probabilidade de obter a maior vitória da sua carreira perante o número um mundial.

Ainda voltou ao court depois de ser assistido no balneário, perante os olhares de preocupação e desalento de todos os presentes, inclusive de Sinner, que mostrou todo o seu fair-play e espírito desportivo, tanto no momento da lesão do búlgaro (no qual foi inexcedível em todo o apoio demonstrado, acercando-se do seu amigo e ajudando-o a levantar-se), assim como carregando um dos sacos do seu equipamento quando este deixava o court central completamente desolado e lavado em lágrimas.

No fim do jogo, o próprio Sinner mostrou toda a sua classe de campeão e afirmou o seguinte: “Não sinto esta vitória como tal. Grigor merecia ter ganho e estar na próxima ronda. Não sei mais o que dizer, estou muito triste por ele. É tremendamente injusto o que lhe tem acontecido nas suas últimas participações em torneios de Grand Slam”, fazendo alusão ao significante histórico de lesões do tenista búlgaro em torneios desta dimensão.

Não há campeões sem sorte e essa máxima foi bem ajustada ao que se passou neste jogo. Sinner também tinha tido uma queda aparatosa no jogo inicial dessa partida e havia jogado limitado fisicamente desde esse momento, mas nada a objetar ao grande mérito da exibição de Dimitrov, que por momentos chegou a roçar a perfeição.

Com esse obstáculo ultrapassado e com a melhoria gradual da sua lesão no cotovelo, Sinner entrou em velocidade de cruzeiro, derrotando tranquilamente o norte-americano Ben Shelton e o campeoníssimo sérvio Novak Djokovic nos respectivos encontros dos quartos-de-final e meias-finais, em jogos nos quais não cedeu qualquer set, sendo que no caso do jogo contra Djokovic, o domínio foi absoluto e o jogo foi surpreendentemente resolvido em menos de duas horas.

No fim do jogo (algo que foi evidente), Djokovic assumiu que começa a ser cada vez mais difícil pensar em ganhar títulos do Grand Slam, quando tem de derrotar Sinner ou Alcaraz à melhor de cinco sets nas rondas finais desses torneios. Nem Djokovic tem um físico indestrutível (por mais que cuide do mesmo), e a idade passa para todos, até para aqueles que muitos consideram o melhor tenista de todos os tempos. Chegou a ser penoso ver as notórias dificuldades de movimentação do tenista sérvio.

Em relação a Alcaraz, depois de dobrar o cabo das tormentas nessa vitória agónica contra Fognini, o seu percurso ficou pautado pela cedência de alguns sets em rondas posteriores, mas a única vez em que esteve verdadeiramente em perigo foi quando teve de salvar dois set points no quarto set do seu encontro das meias-finais contra o norte-americano Taylor Fritz, um jogador extremamente perigoso nesta superfície e que vinha de ganhar em Eastbourne, torneio jogado em relva.

Foi provavelmente a melhor exibição de Alcaraz em todo o torneio pela exigência do adversário, e por ter conseguido que o seu serviço fosse eficaz quando mais o necessitou.

Alcaraz chegava assim à terceira final consecutiva em Wimbledon, repetindo o feito do ano transacto de disputar a final de Roland Garros e Wimbledon no mesmo ano, algo que só conseguiram uns tais de Roger Federer e Rafael Nadal nos anos de 2006, 2007 e 2008, e anos mais tarde, um tal de Novak Djokovic.

O que Alcaraz já conseguiu aos 22 anos de idade, é absurdo, e coloca-o já nos patamares dos melhores da história da modalidade, tanto ele como Sinner.

A final de Wimbledon seria a mais esperada por todos os adeptos e uma reedição daquela final de Roland Garros (já mencionada anteriormente) imprópria para cardíacos. Alcaraz vinha com a confiança reforçada pelo título no ATP 500 de Queens, um dos torneios de preparação para Wimbledon, e estava numa impressionante série de 24 (!) vitórias consecutivas, o melhor registo da sua carreira.

Já Sinner tinha perdido precocemente nos oitavos-de-final em Halle contra Alexander Bublik (que viria a sagrar-se campeão do torneio), numa derrota surpreendente, já que o único adversário que o tinha conseguido derrotar em mais de cinco jogos tinha sido Carlos Alcaraz, o seu adversário na final.

Os dados estavam lançados para mais uma grande final entre os dois melhores jogadores do mundo da atualidade, com uma larga distância em relação aos demais.

Vindo de perder os últimos cinco jogos em que tinha defrontado Alcaraz, o tenista italiano sabia que o ascendente estaria do lado de Alcaraz, que era o bicampeão em título e que detinha o registo impressionante de cinco títulos do Grand Slam em cinco finais disputadas.

A tarefa avizinhava-se hercúlea uma vez mais, e poderiam ter sido desenterrados fantasmas de um passado bem recente na cabeça de Sinner, quando este perdeu o primeiro set depois de ter estado a ganhar por 4-2. 

A sua percentagem de primeiros serviços foi manifestamente baixa (55%), e Alcaraz foi-se galvanizando, aproveitando os segundos serviços do italiano para encadear uma série de quatro jogos seguidos, e conseguiu concluir o set com um ponto de belo efeito, e diria até que só ao alcance do tenista espanhol.

Defendeu-se de forma indescritível e concluiu da melhor forma esse set por 6-4. Alcaraz celebrou a conquista desse set, voltando a fazer uso do seu já típico gesto de colocar o dedo atrás do ouvido, para que com isso, o público entre em ebulição e dessa forma, aumente os seus índices motivacionais e de concentração.

Todos os presentes pensavam que Alcaraz iria conseguir assentar o seu jogo, e Sinner iria ceder mentalmente, tal como havia acontecido tantas outras vezes em jogos contra o tenista ibérico, nomeadamente na famigerada final de Paris.

Mas Sinner reagiu à campeão, quebrando de entrada o serviço de Alcaraz no segundo set. Aumentou a sua percentagem de primeiros serviços, que lhe concede muitos “pontos de borla” (como se diz na gíria tenística) e que lhe permite tomar a iniciativa do ponto com a sua implacável direita e fulminante esquerda paralela.

Alcaraz não deixou de ter as suas oportunidades, e de tentar recuperar o break de atraso, mas todas as suas tentativas revelaram-se infrutíferas. Sinner foi imperial com o seu serviço, não dando qualquer margem a Alcaraz. Já o tenista espanhol começava a demonstrar algo que lhe foi fatal nesta final: uma percentagem baixíssima de primeiros serviços.

Se há aspeto no qual Sinner é melhor do que Alcaraz, é na resposta ao serviço. Alcaraz responde bem sim, mas Sinner tem uma profundidade de bola e uma precisão na resposta, que Alcaraz não tem, sendo que este é claramente um dos pontos a melhorar no seu jogo, tão completo, mas com algumas naturais lacunas. 

61% de percentagem de primeiros serviços, é um convite a estar constantemente pressionado nos seus jogos de serviço. O segundo set foi ganho tranquilamente por Sinner com o parcial de 6-4, tendo também ele concluído o mesmo com dois pontos de outra galáxia.

Embalado e motivado com a conquista do segundo set, Sinner entrou igualmente muito forte no terceiro set, dispondo de duas oportunidades de quebra de serviço, mas nesse jogo, Alcaraz ainda conseguiu sobreviver e manter o seu jogo de serviço. 

Os serviços de ambos foram sendo assegurados com relativa facilidade, até que chegados ao oitavo jogo do terceiro set, o jogo passou praticamente a ser de sentido único. Com 15-30 no seu serviço, Sinner fez uso do seu potente serviço (incluindo um ás num segundo serviço) para evitar ver o seu serviço quebrado e Alcaraz servir com 5-3 e serviço para fechar o terceiro set, algo que poderia ter sido mais um momento de viragem já habitual nas partidas entre estes dois “monstros” do ténis.

Mas conseguiu igualar a partida a quatro, posteriormente tirando proveito de segundos serviços muito débeis e inócuos de Alcaraz, sendo que Sinner pressionou na resposta, conseguiu quebrar novamente o serviço do espanhol, e serviu de forma imperial para fechar o terceiro set com o parcial de 6-4.

Numa das trocas de lado entre jogos nesse set, um Alcaraz com uma linguagem própria que denunciava as dificuldades que estava a sentir, gritava para a bancada na qual se encontravam os elementos da sua equipa técnica e o seu entorno “Como é que é possível que ele esteja a jogar tão melhor do que eu do fundo do court? Eu não sei o que fazer”.

Esse desabafo era demonstrativo do estado de espírito de Alcaraz, que é um jogador que necessita de ter os níveis de concentração no máximo para poder derrotar jogadores da craveira de Sinner. São já célebres os seus momentos de desconexão, e contra Sinner, não há muito espaço para que estes continuem a acontecer, porque Jannik tem uma intensidade exibicional muito constante, exigindo muito quer mental quer fisicamente de todos os seus adversários. A panóplia de soluções e recursos de Alcaraz é tão vasta, que por vezes, encontra-se sem estratégia de jogo e joga apenas por instinto.  

Das últimas cinco vezes, isso deu resultado, mas não vai dar sempre, muito menos em superfícies rápidas, nas quais o serviço de Sinner, a sua resposta ao serviço e a potência das suas pancadas de ambos os lados, fazem muita mossa. A percentagem de primeiros serviços de Alcaraz no terceiro set foi sofrível (43%).

No quarto set, Alcaraz parecia rendido (algo inusual no tenista espanhol) e sintomático disso mesmo, foi a prematura quebra de serviço sofrida logo no terceiro jogo do quarto set. Sinner sabia que nada estava ganho e que teria de continuar a carregar no acelerador, caso contrário Alcaraz poderia reentrar em jogo a qualquer momento, tal como aconteceu na final de Roland Garros.

Aquela final tinha sido muito cruel para Sinner, e o tenista transalpino não quereria seguramente o mesmo desfecho. Queria demonstrar a sua superior força mental e o seu já habitual controlo emocional. 

Foi assegurando os seus jogos de serviço, até que no oitavo jogo do quarto set, começou a dar sinais de grande nervosismo e Alcaraz dispôs de duas preciosas oportunidades para quebrar o serviço de Sinner e dessa forma igualar a contenda, mas aí ficou provado de que não era o dia do tenista de Murcia.

Sinner simplesmente teve de colocar a bola em jogo, Alcaraz cometeu erros primários e claramente não forçados. A sua potente direita não apareceu em todo o Wimbledon, e a sua esquerda estava igualmente errática. Os amorties não saíram e subiu pouquíssimas vezes à rede, o mesmo se verificando nesses dois pontos de break que foram mais desperdiçados por Alcaraz, do que salvos por Sinner. 

Sinner sabia que ao ganhar aquele jogo de serviço, dificilmente iria conceder mais oportunidades ao seu rival, e foi exactamente isso que se veio a passar. Alcaraz ainda conseguiu ganhar o seu jogo de serviço e obrigar Sinner a servir para fechar o jogo, mas ao contrário do que se passou em Paris, desta vez Sinner não cedeu à pressão do momento, serviu muito bem no último jogo e concluiu a partida com mais um serviço ganhante (incontáveis as vezes que o conseguiu durante este jogo).

Sinner conseguia assim o seu tão desejado título na relva de Wimbledon na sua primeira final no All England Club. E das lágrimas em Paris, abriu-se novamente um sorriso no rosto do fabuloso tenista italiano, que conquistava assim o seu quarto título de Grand Slam, sendo que apenas lhe falta Roland Garros para completar o Grand Slam de carreira.

No fim do jogo, mais uma vez devo destacar a graciosidade de Alcaraz na derrota (certamente dolorosa), enaltecendo as qualidades tenísticas e humanas do seu rival, assim como Sinner havia feito em Paris depois daquela final épica. O desportivismo demonstrado por ambos é algo que também os diferencia dos demais, num desporto tão competitivo e onde os egos são geralmente desmesurados.

Sinner chegou inclusive a ter a seguinte afirmação “Muito obrigado pelo jogador que és, Carlos!”. Sintomático do tremendo respeito que Sinner tem pelo seu adversário.

Este já foi o 14º (!) capítulo oficial da rivalidade mais recente do ténis e que tem sido pautado pela alternância de ascendência entre os mesmos. E muito mais se seguirão certamente, havendo sempre alturas em que Sinner será mais dominador e outras em que Alcaraz voltará a encontrar o antídoto para derrotar a máquina (quase) perfeita de ténis, que é neste momento o tenista italiano.

O confronto direto está em oito vitórias de Alcaraz, cinco vitórias para Sinner (seis se quisermos incluir a vitória de Sinner sobre Alcaraz num torneio de exibição disputado na Arábia Saudita no fim do ano passado).

Há muito respeito entre ambos e são conscientes de que necessitam um do outro para serem melhores, e para continuarem a superar-se. Serão infindáveis as vezes que irão testar os limites um do outro, e o ténis ganhará com isso certamente.

Ambos contribuem para espetáculos de grande qualidade, o que é fantástico para a modalidade, uma vez que os seus adeptos se viram inicialmente órfãos da magia de Roger Federer e posteriormente da tenacidade de Rafael Nadal, sendo que assistem agora aos últimos fogachos de Novak Djokovic.

Desta feita, foi Sinner o último a sorrir e a “vingar-se” da derrota traumática em Roland Garros, conseguindo dessa forma a sua desforra do seu maior rival.

Quem sabe não teremos mais um capítulo memorável desta nova rivalidade já no Open dos Estados Unidos, que se iniciará em menos de dois meses. 

Tiago Campos
Tiago Campos
O Tiago Campos tem um mestrado em Comunicação Estratégica mas sempre foi um grande apaixonado pelo jornalismo desportivo, estando a perseguir agora esse sonho. Fã acérrimo do "Joga Bonito".

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