📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

Luz verde… na rede

- Advertisement -

O voleibol, sangue que percorre o trilho pautado pelos carris em tons de azul, estabelece-se como chama ardente e paixão tórrida. A narrativa que o circunscreve é totalmente contingente na medida em que o desenlace se poderá materializar em três, quatro ou cinco parciais. Analogamente aos poemas épico-líricos, e para comprovar o engenho do qual padecem, o “parcial exordial” é epitáfio que provavelmente se ortografará na história do peleja, através da qual uma equipa alcança o glorioso feito e outra se abate sobre a lápide pardacenta.

A batalha colocava o Sporting Clube de Portugal defronte do Sport Lisboa e Benfica. As bancadas do “coliseu” João Rocha exalavam odes próprias do Reino de Leão, pungindo o clima cálido e entusiástico.

O “primeiro capítulo” primou-se pela capacidade de superação dos soldados leoninos. Até ao décimo ponto, o equilíbrio sugou o ímpeto das duas formações. Angel Denis e André Brown, guerreiros de égide verde, lideravam e orquestravam estratégias de combate. A partir daqui, as águias recuperavam a desvantagem e, movidas pelo sentimento de ódio e exasperação, chicotearam o seis leonino nas aparições de Zelão e de Peter Wohlfahrtstatter. Contudo, a turma leonina, desconhecendo por completo a aceção da palavra “renúncia”, brame descomedidamente e inverte o cenário até então presenciado. Uma vez mais, André Brown destacava-se como patriarca de audaz batalhão. 28-26! 1-0! O parcial era nosso! A exultação de alegria resguardava o João Rocha.

Angel Dennis foi importantíssimo na conquista do primeiro parcial
Fonte: Sporting CP

No “segundo capítulo”, o Sport Lisboa e Benfica, à demanda da reposição e integração na partida, exibia-se, até ao 20º ponto, combativa e acerrimamente. Imperfeições no momento do serviço, muralhas edificadas através dos impulsos esguios de Zelão, Raphael Oliveira e Theo Lopes conferiam, à equipa liderada por Marcel Matz, convicção e petulância exacerbadas, apesar da vantagem construída pela margem diminuta. Porém, a turma leonina, desta feita governada por Hélio Sanches, hasteou o estandarte esboçado com os traços do Rei da Selva e triunfou pela segunda vez na tarde de 6 de abril. “Sangue, suor e lágrimas” é dístico implementado nos ideais soterrados desde 31 de julho de 1906. 25-21! O júbilo acorrentava o imo de cada espectador, fomentando a confraternização sã.

No epílogo do combate, a superioridade do Sporting vincou-se. Bojic revelava-se baluarte no seio do recinto, ascendendo a valores estratosféricos e aflorando ao esplendor celestial; Miguel Maia, na plenitude dos seus 47 anos, disseminava elegância e, delicada e respeitosamente, distribuía a “redondinha”; Denis e Hélio Sanches simbolizavam o ímpeto, a coragem e a ferocidade no trato da bola e na propagação da vantagem. 25-20! O Sporting Clube de Portugal imperava no trono, higienizando todos os vestígios de guerrilha e todos os resquícios de sangue. Movidos pelo sustentáculo persistente da plateia leonina, a conquista da contenda foi ousadamente alcançada.

A disputa inicial pendeu para o lado verde da questão. Nas restantes quatro, duas delas consecutivas no “anfiteatro” da Luz, anteveem-se agruras e bastantes contrariedades. Se os leões forem capazes de superarem (pelo menos uma vez) o mar vermelho, reúnem todos os ensejos para a deliberação no João Rocha (quarto jogo). Oxalá que o bicampeonato nos esteja a escutar…

Texto revisto por: Mariana Coelho

Foto de Capa: Sporting CP

Romão Rodrigues
Romão Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
Em primeira mão, a informação que considera útil: cruza pensamentos, cabeceia análises sobre futebol e tenta marcar opiniões sobre o universo que o rege. Depois, o que considera acessório: Romão Rodrigues, estudante universitário e apaixonado pelas Letras.                                                                                                                                                 O Romão escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Ruben Amorim reage ao empate do Manchester United frente ao Wolverhampton

O Manchester United empatou frente ao Wolverhampton, num encontro válido pela 19.ª jornada da Premier League.

Eis o valor da cláusula de rescisão de Sidny no Benfica

Sidny foi confirmado esta terça-feira como reforço do Benfica. O jogador conta com uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros.

RD Congo, Senegal e Benim apuram-se para os oitavos de final da CAN

Durante a noite desta terça-feira, a RD Congo, o Senegal e o Benim conseguiram apurar-se para os oitavos de final da CAN.

Lusitânia Lourosa bate Torreense e regressa aos triunfos na Segunda Liga

O Lusitânia Lourosa venceu o Torreense por uma bola a zero, num encontro válido pela 16.ª jornada da Segunda Liga.

PUB

Mais Artigos Populares

Ivo Pinto e a carreira de Alen Halilovic: «Era esquerdino, baixinho, tinha ginga, era muito parecida à do Messi. O que complicou foi mesmo...

Ivo Pinto representa atualmente o Fortuna Sittard. O lateral direito português é colega de Alen Halilovic, antiga promessa mundial.

José Sá faz uma das defesas do ano frente ao Manchester United de Ruben Amorim

José Sá está a ser um dos protagonistas do encontro entre o Wolverhampton e o Manchester United, jogo da Premier League.

Chelsea tropeça contra o Bournemouth e Nuno Espírito Santo soma empate

O Chelsea e o Bournemouth empataram a duas bolas durante a noite desta terça-feira, em jogo da 19.ª jornada da Premier League.