2. FC Porto 0-1 SL Benfica (Final da Taça de Portugal,1982-83)
A FPF marcara a final da Taça para as Antas, em decisão controversa mas no início de temporada. Com o avançar da época, percebeu-se que o desfecho mais provável da competição seria um ‘Clássico’ e o SL Benfica tratou de recorrer aos tribunais para devolver a Taça ao Jamor.
Do Norte chegaram ecos de uma assembleia geral onde Pinto da Costa instruiu as tropas rumo à intransigência – ou se mantinha a final ali ou não havia jogo para ninguém. O conselho de disciplina da Federação, sem saber para onde se virar, adiou o jogo, que só ocorreria em agosto de 1983, já na pré-época de 83/84.
Fernando Martins, emoldurando seus dotes diplomáticos, confiou nas garantias que Eriksson lhe houvera dado e acedeu a que a sua equipa fosse às Antas disputar a Taça: e do alto de uma assumida superioridade moral, Carlos Manuel coroou o banho tático com uma bomba do meio da rua.
O Presidente, orgulhoso do seu sucesso, mas sem querer colocar em causa as boas relações institucionais que tentava manter com Pinto da Costa, rematou assim no final: “Fui eu que decidi que viéssemos às Antas, por uma questão de respeito pelo futebol e para evitar que o FC Porto pudesse estar sujeito a terríveis consequências”. Chapeau!