Em dia de clássico, recorda estes 5 grandes voos encarnados no reduto portista!
Os sete golos do amasso aos insulares maritimistas dão folga mental para encarar o duplo-confronto com o rival com outros preparos, menos obsessivos mas não desleixados.
A história dos confrontos a Norte do Mondego, na Constituição, nas Antas ou no Dragão, não dão benesse aos benfiquistas: são 17 vitórias em… 114 jogos, com um registo de golos acima do paupérrimo e abaixo do medíocre – 120 marcados contra 220 sofridos.
É, pela força dos números, o campo mais traumático para o SL Benfica – e desengane-se quem pensa que é fenómeno recente e que se originou com o salto competitivo que os portistas deram desde a entrada de Pinto de Costa.
O primeiro jogo (oficial, a contar para uma das principais e sobreviventes competições nacionais) entre ambos na cidade do Porto deu-se a 26 de Junho de 1932, no Campo do Ameal (já que era maior e mais moderno que o da Constituição).
⚽ FC Porto vs. SL Benfica
🏆 Oitavos de final da #TaçadePortugal
🕣 20:45
🏟 Estádio do Dragão
📺 TVI#FCPSLB #EPluribusUnum pic.twitter.com/EioffL2mXl— SL Benfica (@SLBenfica) December 23, 2021
Eram as meias-finais do Campeonato de Portugal – ainda não era Taça de – e o FC Porto, que já houvera vencido a primeira-mão na capital, esmagou os encarnados por 3-0.
O choque deve ter sido tão grande que o SL Benfica tentou lá triunfar durante… dez anos. E só em 1942-43 conseguiu pela primeira vez vencer no território dos dragões , como veremos de seguida.
Na década de 40 mais duas vitórias: 45/56 por 0-2 e 49/50, num 1-0 que significou passo acertado na luta pelo título contra o Sporting dos Violinos. Mas vejamos: na década seguinte, quantas vitórias? Zero.
O SL Benfica só venceria novamente em… 1963 (como também esmiuçaremos a seguir) – depois dos primeiros dez anos a seco, agora 13. E nem a equipaça gloriosa que chegou a cinco finais europeias mudou o legado das deslocações periclitantes a Norte – só mais uma vitória nos anos 60, já no virar da esquina dos 70 (um 1-2 puxadinho a ferros).
É nos setes que o SL Benfica arrebata importante e triunfal série vitoriosa a Norte (e a única da sua história), com seis vitórias nas Antas em dez anos – e com sequências inolvidáveis (que claro está, aprofundaremos no terceiro jogo da lista) e superioridades que prometiam a partir daí um equilibrio mais a condizer com o estatuto dos dois clubes.
Errado. Pinto da Costa e Pedroto saíram vitoriosos das politiquices contra Américo de Sá do Verão Quente e como dupla exigiram para o FC Porto metade do gigantesco domínio que os encarnados tinham a nível nacional.
Portanto, na década dos oitos, o SL Benfica só lá ganhou uma vez, em 1982-83 que já era 1983-84 (sim, é o quarto jogo enunciado) e teria que esperar oito anos para lá ir silenciar a plateia (o quinto).
De 1991 a 2005 vão quantos anos? Os que forem são quanto durou a próxima seca encarnada – terminada com o bis de Nuno Gomes na luta holandesa dos bancos (Koeman levou a melhor com vitória nas duas voltas a Co Adriaanse).
E a próxima seca durou quanto? Seis anos, até 2011, quando Jesus foi vencer a primeira mão da Taça de Portugal. Na última década o SL Benfica inverteu a tendência de uma vitória a cada dez anos e venceu, além dessa da Taça, mais três vezes.
Em 2013-14 (nos penáltis), 2014-15 e 2018-19, na gloriosa, saborosa, talentosa e imaculada aula tática de Bruno Lage a Sérgio Conceição.
Nos últimos cinco jogos a Norte? O SL Benfica só perdeu um. Não há, portanto, especiais más memórias recentes – também não as há boas, a última já foi há dois anos e muito mudou desde aí.
Haverá estofo para duas vitórias numa semana? Seria a primeiríssima vez e um recorde institucional.