Uma homenagem aos heróis italianos
O Torino FC dos anos 40 do século passado era a grande potência da Europa do Sul, numa altura em que não havia ainda competição que determinasse a melhor equipa europeia: a Copa Mitropa não se jogou entre 1940 e 51, a Taça Latina começou precisamente no ano da tragédia da Superga – em Junho, um mês depois. O Torino já não pode confirmar o poderio que vinha afirmando na Serie A, onde era tetracampeão (foi penta), porque decidiu vir a Portugal homenagear o grande capitão encarnado pré-Coluna, Francisco Ferreira.
O reencontro com o Benfica demorou 67 anos. Na Eusébio Cup de 2016, lá houve o bom-senso de conjugar a festa do King com o tão aguardado abraço fraternal aos italianos que o infortúnio da vida ligou aos encarnados. No dia anterior houve reunião de comitivas no Jamor, o último palco daquele Gran Torino. No último balneário utilizado por Valentino Mazzolla – o gran capitão – e companhia, erigiu-se uma lápide a assinalar a data.
Artigo revisto por Joana Mendes