O possível regresso de Ángel Di María

    Benfica

    Um verão quente aproxima-se e os habituais rumores de mercado já começaram a ferver. Um deles, apenas um deles, é Ángel Di María, o mágico que já encantou terras portuguesas no passado e conquistou o mundo depois de se lançar no Sport Lisboa e Benfica.

    Apesar dos quase 80 nomes apontados às águias desde o fecho do último mercado de transferências, este tem um caráter especial. Este, este em particular, encanta qualquer um que porventura ouça o seu nome associado ao Benfica. Contudo, será este regresso possível?

    Di María tem neste momento 35 anos e terminou contrato com o seu clube atual, a Juventus FC, tornando-se assim um jogador livre no mercado. No que diz respeito ao lado financeiro, o facto de o argentino poder vir a custo zero é muito positivo para aqueles que o queiram contratar, pois assim não têm de gastar qualquer montante na transferência diretamente.

    Por outro lado, as contas complicam-se quando entra em causa o possível salário do jogador. Di María auferia cerca de seis milhões de euros anuais em Itália, algo impensável para a realidade portuguesa, independentemente da boa situação financeira dos encarnados.

    Cá por Lisboa, o jogador mais bem pago do atual campeão português, João Mário, recebe cerca de dois milhões e seiscentos mil euros por ano, uma diferença considerável. Ou seja, para o argentino representar novamente as águias, provavelmente teria de abdicar de pelo menos um terço do seu ordenado atual.

    Numa altura onde o mercado árabe tem vindo a captar a atenção de estrelas mundiais nos seus trintas, onde a obtenção de mais dinheiro nos anos finais de carreira tem vindo a tornar-se hábito e o amor ao clube se ofusca por entre contratos milionários, a contratação de uma estrela como Di María não se prevê fácil de todo.

    Para o processo se tornar simples, a vontade do jogador regressar à Luz tem de ser mesmo muita, e nesse caso tudo aquilo que é visto como um possível entrave ou problema deixa de o ser. A boa ligação com o ex-colega de equipa e atual presidente do Benfica, Rui Costa, pode pesar nas negociações, mas ao fim ao cabo, a decisão respetivamente ao seu futuro cabe apenas ao jogador.

    Por cá, as camisolas número dez e onze estão totalmente à disposição daquele que seria o encaixe perfeito na equipa encarnada. A nível desportivo o argentino traria um ótimo equilíbrio entre a qualidade e experiência face ao plantel que o Benfica possui.

    Já com 35 anos de idade e várias lesões acumuladas, a titularidade não é 100% indiscutível, mas a sua presença no plantel acrescentaria uma qualidade tremenda, quer a jogar de início, quer a sair do banco.

    A qualidade na rotação do plantel é um dos aspetos mais importantes a ter em conta na construção do mesmo, e com a sua vinda as opções de rotação para a posição ficavam assim completamente asseguradas.

    Um jogador de calibre diferenciado como é o caso do fantástico canhoto argentino não só seria uma grande adição ao clube encarnado como também à Liga portuguesa que viu Di María sair menino, e, agora, assistiria assim ao retorno do já homem que tanta magia espalhou além-fronteiras.

    Por enquanto, o seu regresso é apenas uma possibilidade, mas quem sabe num futuro próximo seja possível reconciliar o amor que há tantos anos se separou.

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    Guilherme Terras Marques
    Guilherme Terras Marques
    Orgulhoso estudante da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, vê no futebol e na sua cultura uma paixão. É apenas mais um jovem ambicioso que sonha fazer do jornalismo desportivo a sua vida. Escreve com o novo acordo ortográfico