Chegado após ser dispensado pelo Valência, vinha com o nome, mas com pouca competitividade. Poucos seriam aqueles que sabiam da importância que viria a ter no Benfica. Nem mesmo o speaker do estádio da Luz adivinhava dizer tantas vezes o nome dele. É também conhecido por Pistolas, Jonas Pistolas. Desde avançado, a extremo improvisado, a médio ofensivo ou a falso 9 – aquele que joga atrás do ponta de lança – é capaz de ser um pouco de tudo. Com um pé direito capaz de fazer o impensável, é um jogador que qualquer equipa do campeonato português gostaria de ter. Contudo, se mais ninguém que não o Benfica o pode ter, também o Benfica tem de começar a preparar o futuro sem ele.
A idade pesa e a forma física, consequentemente, também vai sofrer uma quebra natural. Ninguém é eterno e Jonas também não o é, com muita pena dos adeptos do Benfica, e também de quem aprecia a qualidade do jogador. Torna-se importante então perceber a diversidade de jogadores existentes no plantel encarnado, as características que o compõem e se há capacidade para manter o tipo de jogo até agora trabalhado por Rui Vitória. De momento, não existe ninguém capaz de desempenhar o papel de Jonas, a não ser o próprio.

O mexicano Jiménez é também um jogador móvel, mas apenas na frente de ataque. Não tem a capacidade, ou a característica, de Jonas de vir atrás buscar jogo – o brasileiro por vezes pisa zonas mais recuadas no terreno como se de um médio se tratasse. Jiménez é um avançado que espera essencialmente que a bola chegue à sua zona de conforto, seja de forma direta, com diagonais de rutura ou transições rápidas. Um pouco à semelhança de Seferovic, razão pela qual raramente jogarem juntos. Possivelmente, a solução passará por voltar ao sistema habitual de jogo em 44-2, com um dos avançados a jogar mais recuado.