Enzo chegou, viu e jogou… e não foi pouco

    Enzo Fernández protagonizou um dos movimentos de mercado mais novelados, mas também mais bem recebidos dos últimos anos, no que ao Sport Lisboa e Benfica diz respeito.

    O jovem médio argentino estava já nas listas de jogadores apetecíveis dos clubes financeiramente mais aprazíveis da Europa.

    As águias envidaram esforços poucas vezes envidados e conseguiram trazer o futebolista da América do Sul para Portugal – uma travessia que tem permitido que os adeptos portugueses vejam de perto predestinados que encantam partida a partida.

    Enzo tem tudo para ser mais um a encantar. De resto, na pré-época encarnada já começou a fazê-lo. Vinha rotulado de “titular de caras” e foi-o mesmo, em todas as partidas desde a sua chegada.

    Ao lado de Florentino (que poderá não vir a ser o seu principal parceiro no centro do terreno) tem mostrado confiança e qualidade.

    A sua qualidade de passe – incluindo de passe vertical, a queimar linhas e a encontrar espaços que muitas vezes o SL Benfica não encontrava perante blocos cerrados e baixos – salta à vista.

    A bola não chora nos seus pés, mas também não passa lá muito tempo. Passa por lá muitas vezes, sim, mas rapidamente volta a circular, com o argentino a mostrar-se verdadeiro dínamo do meio-campo benfiquista.

    Sem bola, o ex-CA River Plate é muito agressivo e aplica muito bem o pressing que é característica fundamental das equipas de Roger Schmidt. Raramente está mal posicionado e raramente perde a bola.

    Transmite segurança a cada passe que executa e a cada linha de passe que fornece. Os colegas sabem que podem endereçar-lhe a bola sem qualquer hesitação e sabem que a vão receber de volta com régua e esquadro.

    Enzo Fernández é claramente o médio que há muito tempo faltava ao plantel das águias – e é também o médio que durante muito tempo vai faltar ao plantel das águias, se não prepararem já a sua sucessão. É que ele não fica cá muito tempo.

    Se não o sabíamos antes da sua chegada, ficámos a sabê-lo após os jogos de pré-temporada em que participou.

    Muito simplesmente: é craque.

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    Márcio Francisco Paiva
    Márcio Francisco Paivahttp://www.bolanarede.pt
    O desporto bem praticado fascina-o, o jornalismo bem feito extasia-o. É apaixonado (ou doente, se quiserem, é quase igual – um apaixonado apenas comete mais loucuras) pelo SL Benfica e por tudo o que envolve o clube: modalidades, futebol de formação, futebol sénior. Por ser fascinado por desporto bem praticado, segue com especial atenção a NBA, a Premier League, os majors de Snooker, os Grand Slams de ténis, o campeonato espanhol de futsal e diversas competições europeias e mundiais de futebol e futsal. Quando está aborrecido, vê qualquer desporto. Quando está mesmo, mesmo aborrecido, pratica desporto. Sozinho. E perde.