Ainda assim não foi suficientemente bom. Conseguem adivinhar o que aconteceu a seguir? Isso mesmo. O Braga não tinha espaço para ele e voltou ao ponto de origem. O que nos traz até ao Benfica. Questão que coloco: como é que um tipo que deu estas voltas todas, que nunca ganhou o lugar no Rio Ave, e que não colou ao fim de 22 jogos no Braga vem parar ao Benfica?
Atenção, numa temporada onde o Rio Ave já disputou 27 jogos ele jogou em nove. Nove jogos oficiais em 27, e dois tentos apontados! Do nada surge para ocupar o lugar de alguém que foi emprestado no mesmo mercado em que Filipe Augusto chegou.
Qual é o critério do Benfica para estas contratações? Espero que não seja qualquer coisa do estilo: “Temos de preencher vagas aí no plantel para isto dos números ficar mais giro”.
É preciso fazer um reparo. Do que vi dele, tanto no Rio Ave como no Valência e no Braga, ele não é mau de bola. Em termos posicionais é perfeito para certas alturas do jogo porque, como se diz na gíria, “é certinho”. Ou seja, em termos práticos não é jogador para ser titular mas, sim, para fazer segundas partes quando o Fejsa já estiver a rebentar pelas costuras de cansaço.
Das duas, uma: ou cresce e com tempo acaba por ser um sério candidato ao lugar do sérvio ou acaba por ter o mesmo destino de Celis. De um ponto de vista mais pessoal, tenho para mim (um clássico da redundância) que ele vai ser como Celis, perpetuado assim o já referido Síndrome de Rúben Amorim, um bom jogador que nunca encontrou o seu lugar. Por outro lado, quero vê-lo a brilhar na Luz.
Foto de Capa: SL Benfica