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Fim da maldição de Béla Guttmann? | SL Benfica

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Será que o fim da maldição chegou com a conquista da Youth League?

 

Béla Guttmann. Nascido em Budapeste, em 1899, o húngaro passou por vários clubes durante os seus 40 anos de carreira como treinador. Destaca-se o FC Porto, AC Milan, CA Peñarol e SL Benfica. Já foi campeão húngaro, campeão paulista (pelo São Paulo) e campeão português, em duas das três passagens por Portugal. Mas não foi isso que o deixou perpetuado na história do clube.

Corria o ano de 1962, o SL Benfica, que já tinha ganho a Taça dos Clubes Campeões Europeus – atual Liga dos Campeões – no ano anterior, em que bateu o Barcelona por 3-2, em Wankdorf, acabara por vencer novamente este troféu. Desta feita enfrentou e venceu o poderoso Real Madrid de Di Stefano e Puskas, por expressivos 5-3.

Guttmann entendeu que ser a segunda equipa na Europa a conseguir conquistar a Taça dos Clubes Campeões Europeus e por duas vezes consecutivas, era motivo suficiente para pedir um aumento à direção presidida na altura por António Vital. E reza a lenda, que após a rejeição de tal aumento, Guttmann bateu com a porta e na saída alegou que o clube encarnado, sem a sua presença, não mais voltaria a ser campeão europeu.

Mesmo para quem não acredita nestas coisas, a verdade é que após a sua saída, o SL Benfica esteve em 8 finais europeias – cinco na Liga dos Campeões e três na Taça UEFA/Liga Europa – e saiu sempre derrotado. Eu vi algumas delas, e a sensação que fica é que, acreditando ou não em maldições, todos temos de admitir que coisas estranhas se passaram.

Dava a sensação de que de uma forma ou de outra, alguma coisa iria acontecer para que não levantássemos o troféu. Ou o cabeceamento de Ivanovic aos 90+2, ou a arbitragem malandra de Felix Brych na final contra o Sevilha, em que o alemão não quis ver os penaltis cometidos pela equipa espanhola, deixando também os cartões em casa, ou as várias derrotas em finais da Liga dos Campeões, pela margem mínima ou por pontapés da marca de grande penalidade.

Dito isto, por mais cético e realista que o adepto do SL Benfica queira ser, não há como dar a volta. O Benfica tem a pairar sobre si, uma má energia que não lhe permite levantar um troféu fora de portas.

Mas chegado o ano de 2022, a equipa de sub-19 do SL Benfica consegue vencer a UEFA Youth League, uma espécie de Liga dos Campeões para o futebol de formação. Após levar de vencida a equipa sub-19 do FC Salzburgo por 6-0, o título foi muito festejado pelas hostes encarnadas e amplamente divulgado nos meios de comunicação social, portugueses e não só, como o fim da maldição de Guttmann. De recordar que o SL Benfica já tinha estado em outras três finais desta competição, mas acabou por sair sempre derrotado.

Após este feito, nós, os adeptos deste clube glorioso, podemos escolher um de dois caminhos. Ou passamos a acreditar que a maldição chegou mesmo ao fim – mesmo que este título pertença ao futebol de formação e não à equipa principal – ou podemos não levar em conta tal proeza, porque as palavras de Béla Guttmann não tinham um alcance assim tão grande a ponto de influenciar a equipa juvenil das águias.

Fim da maldição de Béla Guttmann
Henrique Araújo capitaneou a caminhada triunfante na Youth League
Fonte: Carlos Silva/ Bola na Rede

Seja qual for o caminho que se queira seguir, a verdade é que já lá vão seis décadas desde que o húngaro amaldiçoou o clube. E mais maldição ou menos maldição, é lugar-comum que é muito difícil para uma equipa portuguesa atingir a glória máxima na Liga dos Campeões atualmente, por causa dos caminhos que o futebol levou nos últimos anos.

Ficando a Liga Europa e a recém-criada Liga de Conferência, mais à mão das nossas equipas e mais plausíveis de ajudarem as águias a provarem que a praga caiu quando os jovens do SL Benfica levantaram o troféu. De referir, que a final foi ganha no dia 25 de abril. Será que o dia da Liberdade para Portugal, foi também o dia da liberdade para as águias?

Rosdet Nascimento
Rosdet Nascimentohttp://www.bolanarede.pt
O Rosdet é santomense e vive em Portugal desde muito jovem. É com orgulha que faz parte do Bola na Rede e considera-se uma pessoa dedicada, motivada, focada e organizada, e prometo dar o seu melhor, como sempre faz em tudo o que se envolve. Apesar de ser informático de formação, e de ter trabalhado em empresas como a HP, Nokia, Microsoft ou Nestlé, a sua paixão sempre foi escrever. Seja blogues, textos, artigos de opinião, copywriter ou livros. Já fez de tudo um pouco e está preparado para mais um projeto.

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