Guilherme Arana | O substituto ideal de Grimaldo?

    Era o Sevilha quem batia à porta. Já no pós Monchi, num plantel ainda assim bem recheado de nomes:  Kjaer, Lenglet, Navas, Banega, Nzonzi, Sarabia, Ben Yedder ou Muriel. Arana chega em Dezembro para concorrer com Escudero e Carole, ex-benfiquista. As coisas não saíram bem, a adaptação não foi a mais fácil e seis meses resultaram em… três jogos.

    Nesse Verão, emprestado seria á Atalanta. Preparava-se a equipa de Gasperini para atingir os Quartos da Liga dos Campeões, onde seria eliminada pelo PSG no Estádio da Luz, numa época onde se afirmaram como uma das equipas da moda do Continente.

    Foi a época de Ilicic, Muriel e Papu Gómez como porta estandartes dum futebol fulminante, que traduziria um descomplexada relação com a baliza adversária, 98 golos em 38 jogos de Serie A. Arana, atrás de Gosens ou Castagne, fez… quatro jogos. 75 minutos.

    Por mais bons treinos que experienciasse, continuava a faltar rotação de jogo ao brasileiro. A estadia na Europa estava a cumprir-se um fracasso, gerou-se a ideia de que tivera saído cedo demais do calor de Veracruz. Arana percebeu a ideia e aceitou esse passo que muitos consideram atrás para conseguir voltar mais forte.

    Voltou para o grande projeto mineiro e acertou na mouche. Ele e o clube, que recrutou para as suas fileiras o melhor lateral do campeonato, que só não o foi destacado enquanto Jesus treinou Filipe Luís. O que se torna um elogio, dada a rodagem europeia do lateral ex-Chelsea e Atlético. Para Arana, rivalizar com alguém desse calibre é a confirmação de que a Europa tem lugar para si. Desta vez com outro compromisso.

    O nível avassalador que apresenta tem chamado à atenção dos principais intervenientes do futebol europeu. Arsenal, Lyon, Tottenham. O  SL Benfica era dos mais insistentes e agora, com a situação Grimaldo, ainda mais.

    Depois de Mathías Olivera, craque uruguaio do Getafe, ter praticamente tudo acertado com o Nápoles, surge apenas o nome de Francisco Ortega, pérola do Vélez Sarsfield, como concorrente á vaga lisboeta. Mas na América do Sul… Arana é rei e senhor.

    Estará o Benfica disposto a ir ao encontro das exigências mineiras, tendo consciência do ponto rebuçado em que se encontra Guilherme? Conseguirá o SL Benfica ter consciência da sua própria necessidade e das características inatas do brasileiro, as mais adequadas a um sistema como o de Roger Schmidt? Veremos que resposta teremos nas próximas semanas.

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    Pedro Cantoneiro
    Pedro Cantoneirohttp://www.bolanarede.pt
    Adepto da discussão futebolística pós-refeição e da cultura de esplanada, o Benfica como pano de fundo e a opinião de que o futebol é a arte suprema.