No Minho, no duelo entre Famalicão e Benfica, que teve vitória 2-0 da equipa da casa, confirmando o título do Sporting, a história da partida cinge-se ao equilíbrio, ou a falta dele, do conjunto encarnado e como o «jogar o jogo pelo jogo» prejudicou mais a equipa teoricamente mais fraca.
Sem grande pressão na tabela, a equipa de Armando Evangelista jogou descomplexada e as suas ações em campo demonstraram-no. Com o jogo empatado, quiseram ganhá-lo e foi possível ver nas mexidas.
Com um primeiro tempo pior que o segundo, apesar de ter sido no segundo que sofreu os golos, o Benfica permitiu vários lances de perigo ao Famalicão, fruto em parte da anarquia do seu meio-campo, que sem Florentino ficou órfão de um pêndulo, com a equipa a ressentir-se.
A responsabilidade maior era das águias, a precisar de ganhar para evitar ver o Sporting ser campeão já e a equipa foi atrás do golo, pese embora com pouco sentido de organização.
Os extremos do Famalicão fizeram um jogo de encher o olho, muito graças a Di Maria e Neres. Nenhum dos dois extremos encarnados ajudava nas compensações e Chiquinho e Puma Rodríguez tiveram o grande protagonismo da partida.
A partida em Famalicão resumiu bem a época do Benfica: várias oportunidades para marcar, a pecar na finalização e a permitir várias tentativas ao adversário, não tão perdulário na cara do golo.
Mudam os jogadores que compõem a equipa, não muda a dinâmica nem a grande lacuna que o campeão nacional de 2022/23 demonstrou ao longo de toda a época. As indecisões de Schmidt pouco ajudaram.
Para o Famalicão, uma vitória que recompensou a abordagem ambiciosa ao jogo, a jogar o jogo pelo jogo e a querer mais.