Moreirense FC 1-2 SL Benfica: Reviravolta em jogo pouco encarnado

O Sport Lisboa e Benfica deslocou-se a Moreira de Cónegos para retomar o rumo das vitórias após o desaire Europeu contra os alemães do RB Leipzig. Já o Moreirense Futebol Clube procurava reagir à derrota nos Açores e manter o seu registo de zero golos sofridos no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas.

Vítor Campelos apostou num 4-3-3 puro com três médios a preencher o espaço central do terreno, um ponta de lança a aparecer mais junto aos centrais adversários e dois extremos bem abertos na linha. Já Bruno Lage voltou à sua equipa habitual, retomando André Almeida na lateral direita e o quarteto ofensivo constituído por Pizzi, Rafa, Raúl de Tomás e Seferovic.

Eram 20h30 quando Artur Soares Dias apitou para o começo do jogo e cinco minutos depois já Vítor Campelos tinha o primeiro contratempo: lesão de Djavan que o obrigou a lançar o destro D’Alberto na lateral esquerda.

O arranque do jogo ficou marcado por uma grande luta pela posse de bola. Tanto Moreirense FC como Benfica tentaram ganhar ascendente na partida mas sem muita clarividência. Foi necessário esperar 20 minutos para ver os jogadores encarnados conseguirem controlar a bola junto ao relvado e progredirem em apoios até à área adversária. Até então foi uma sequência insípida de passes longos para os avançados. Assim que os visitantes conseguiram colocar a bola junto ao relvado surgiram as oportunidades de golo e esse foi o período de melhor qualidade do SL Benfica. Não só a equipa tratou melhor a bola como mostrou maior capacidade de pressionar a defensiva adversária recuperando. Infelizmente só durou 10/15 minutos.

Contudo, rapidamente os cónegos conseguiram fechar os espaços defensivos, preencher o meio-campo, ganhar as bolas divididas e lançar ataques rápidos pelas alas – principalmente pela ala direita explorando o constante desposicionamento defensivo de Grimaldo.

O jogo foi para o intervalo sem muita história. O Moreirense não mostrava grande capacidade de chegar à baliza de Vlachodimos e o Benfica não mostrava inspiração criativa para causar desconfortos na equipa da casa.

A segunda parte arrancou praticamente com o golo do Moreirense Futebol Clube. Numa jogada de insistência a bola acabou cruzada na esquerda por D’Alberto chegando ao isolado Luther Singh que não desperdiçou e fez o 1-0.

Com praticamente 45 minutos por disputar esperava-se uma reacção por parte do Sport Lisboa e Benfica mas tal não aconteceu.

A equipa de Bruno Lage continuou com grandes dificuldades em ter bola, em construir jogo e em chegar com perigo à baliza de Pasinato.

Com o avançar do relógio os treinadores foram mexendo no jogo com as suas substituições. Vítor Campelos refrescou as peças do ataque de forma a evitar um ascendente no relvado por parte do adversário. Já Bruno Lage tentou ganhar mais presença na zona de construção central ao colocar o Gedson no lugar do Fejsa – resultou mas sem grande impacto. Tentou meter mais velocidade nas alas com a entrada do Caio mas foi um total desastre.

Fonte: SL Benfica

A verdade é que até ao minuto 85′ o Sport Lisboa e Benfica não mostrou qualquer capacidade de criar oportunidades para sequer empatar o jogo. Contudo, aos 85 minutos um cruzamento de Rúben Dias acabou por chegar a Rafa que isolado e de cabeça não desperdiçou a oportunidade para empatar. Os jogadores do Moreirense FC não conseguiram reagir a este “balde de água fria” e com o reforço ofensivo encarnado com Jota, acabou por surgir outro cruzamento que desta vez encostou Seferovic que finalizou de forma exemplar.

E assim o Sport Lisboa e Benfica conquistou mais três pontos no campeonato. O resultado não se pode considerar justo. Os encarnados não jogaram para vencer e os cónegos jogaram mais que o suficiente para não perder.

Este jogo, apesar da vitória, confirma o momento menos bom que passa o jogo da equipa de Bruno Lage. Mais uma vez esta dupla de ataque mostrou-se insuficiente para as necessidades do jogo colectivo da equipa. Uma equipa talhada para jogar pelo centro do terreno não tem quem preencha esse espaço com criatividade e qualidade de passe. Toda a organização do jogo começa a recair no marroquino Taarabt. Com esta incapacidade vemos a equipa a insistir na procura da profundidade, queimando os metros do relvado com bolas pelo ar e cruzamentos sem grande sentido.

Um bom jogo do Moreirense FC. Um jogo fraco do SL Benfica. Uma vitória que deverá servir de lição para os jogos que aí vêm.

ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES

Moreirense FC – M. Pasinato, J. Aurélio, S. Vitória, I. Santos, Djavan (D’Alberto, 7′), F. Pacheco, F. Soares, A. Soares, Bilel, L. Singh (L. Machado, 76′), Nene (F. Abreu, 84′).

SL Benfica – Vlachodimos, A. Almeida (Jota, 88′), R. Dias, Ferro, Grimaldo, Fejsa (Gedson, 66′), Taarabt, Pizzi (Caio, 78′), Rafa, Raul de Tomas e Seferovic.

Daniel Oliveira
Daniel Oliveirahttp://www.bolanarede.pt
Primeira palavra bola. Primeiro brinquedo bola. E assim sempre será. É a ver jogos que partilha os melhores momentos de amizade. É a ver jogos que faz as melhores viagens. É a ver jogos que esquece os maiores problemas. Foi na paixão pelo jogo que sempre ultrapassou os outros desgostos de amor. Agora a caminhar para velho pode partilhar em palavras aquilo que sempre guardou para si em pensamentos e pequenos desabafos.                                                                                                                                                 O Daniel não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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