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A coxa de Vata (Benfica 1-0 Marselha) – Diz quem lá esteve que não eram 120 mil nas bancadas de pedra da Luz: eram seis ou 14 milhões, tantos quantos benfiquistas há no mundo. A Catedral estremecia de ansiedade, o 1-2 da bagagem era tão fácil contrariar. A sete minutos do fim, Vata responde a um canto de Valdo e a um desvio de Magnusson com a “mãoxa”, com a “comão”, com todas as partes do corpo que tinha à disposição; o importante era ela entrar lá dentro e adormecer nas redes. O angolano sabia, melhor que ninguém, o quão necessário para a felicidade de uma nação seria aquele golo. Foi o vulcão em erupção de onde brotaram choros e gritos de alegria até ao Prater, palco da final.