O plantel de Mourinho é nitidamente mais valioso do que o dos encarnados, o que torna esta a oportunidade certa para que os jogadores mostrem realmente o seu valor. Para que mostrem que os últimos resultados foram enganosos e que as exibições foram apenas momentos de menor inspiração da equipa.
A jogadores como Luisão, Pizzi, e até Salvio, pede-se que sejam líderes e que assumam o jogo e o controlo da equipa. Luisão na zona mais defensiva, onde vai ter de ser mais eficiente do que aquilo que tem sido até agora – mais rápido nos momentos defensivos, nomeadamente na recuperação em situações de contra-ataque adversário – e a principal figura motivacional para os jogadores que com ele vão fazer parte do quarteto defensivo.

Porém, Pizzi vai ser tão, ou mais, importante do que o capitão Luisão. Mas vai ter de ser o Pizzi a que habituou os adeptos encarnados nos anos anteriores. O Pizzi box-to-box, que ajuda Fejsa nas recuperações defensivas, mas que, sobretudo, cria linhas de passe para as primeiras linhas de construção ofensiva, transporta a bola no terreno e que permite ainda criar situações de superioridade ofensiva à linha mais avançada da equipa, seja com passes certeiros ou mesmo com a sua presença nessas zonas do terreno.
Vai ser, sobretudo, na capacidade de liderança – em diferentes contextos – destes dois jogadores que o jogo vai ser diferente daquilo que se espera. Se ambos estiverem na plenitude das suas formas, físicas e motivacionais, acredito seriamente que este pode ser o jogo do regresso. Do regresso às noites gloriosas que a equipa tem vivido nos últimos anos.
Foto de Capa: Trivela