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O problema dos extremos no SL Benfica

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Benfica

Com o início de época avassalador dos encarnados, as adversidades que a equipa eventualmente possa ter de enfrentar ignoram-se e acabam por quase cair em esquecimento, mas a verdade é que se olharmos para o plantel do SL Benfica por inteiro, é possível perceber que no planeamento feito para a temporada ficaram algumas arestas por limar.

Mesmo com o brilhante mercado que o Benfica realizou ao adicionar à equipa nomes como David Neres, Enzo Fernandéz, Julian Draxler, Fredrik Aursnes, entre outros, permaneceu a sensação de que faltava algo mais. Algo que pudesse tornar o plantel ainda mais completo. Esse vazio que ficou por preencher, naquele que seria o mercado praticamente perfeito, diz respeito à gestão feita pelo clube da Luz em relação aos extremos.

Sendo David Neres, Rafa e João Mário os titulares que habitualmente fazem ou podem fazer a posição, fica a faltar alguém que se apresente como um substituto à altura e que seja capaz de influenciar o jogo diretamente ao entrar, discutir a titularidade ou até assumir o papel em caso de lesão de algum dos colegas.

A contratação de Draxler à partida estima-se que tenha sido executada com esse intuito, mas a verdade é que por muito mais que se acredite na sua qualidade enquanto jogador não se podia confiar totalmente na sua forma física devido ao seu histórico de lesões. Algo que já foi possível comprovar visto que Julian, ao momento, já se encontra novamente lesionado após um curto espaço de tempo, em que estaria ainda, de certa forma, a ganhar ritmo de jogo.

Tentou-se a contratação de mais jogadores que pudessem acrescentar qualidade à posição, como Ricardo Horta, mas não foi possível obter sucesso no fecho do negócio, ficando assim o Benfica limitado em relação à quantidade de opções.

Diogo Gonçalves foi expulso no primeiro jogo do SL Benfica na Primeira Liga 2021/2022
Fonte: Isabel Silva / Bola na Rede

Com Draxler fora da rotação, restam apenas duas opções para a posição nos habituais convocados, sendo eles Diogo Gonçalves e Chiquinho. Colocando estes dois nomes em cima da mesa surge uma questão: Será que estes dois jogadores estão à altura do nível de exigência em que o Benfica se encontra? A resposta provavelmente é não. Mesmo tendo as suas qualidades, não são figuras que entram no jogo e apresentam impacto imediato, ou pelo menos consistência e regularidade ao longo de vários jogos. Não se encontram no mesmo patamar que os seus colegas de equipa.

Este era um problema que talvez pudesse ter sido evitado antes de a época ter sequer começado, e a solução não estava necessariamente em comprar alguém durante a janela de transferências. A solução esteve e continua a estar dentro do próprio clube e na gestão que o mesmo faz em relação aos seus jogadores.

Nomes como Jota, Tiago Gouveia e até Umaro Embaló que se encontram neste momento a jogar regularmente e a exercer um papel muito importante nos seus respetivos clubes, poderiam certamente estar a discutir um lugar na equipa principal do Benfica, mas abandonaram o clube no último mercado de transferências.

Tiago Gouveia, de entre os três, é o único que ainda pertence ao clube, apesar de estar agora emprestado ao Estoril Praia. Este empréstimo é, por um lado, positivo, uma vez que lhe permite a obtenção de mais minutos de jogo na Amoreira do que à partida teria na equipa principal dos encarnados, algo que pode ser fulcral na sua evolução.

Por outro lado, considerando a falta de alternativas e o grande desgaste provocado pelo estilo de jogo de Roger Schmidt, Tiago seria uma peça bastante útil na rotação da equipa benfiquista em diversos momentos, tendo em conta as suas características: um jogador bastante veloz, tecnicamente evoluído, com grande qualidade de passe e sobretudo uma margem de progressão enorme.

Olhando para as soluções internas no clube, há toda uma gama de novos jogadores que vão evoluindo e trabalhando dia após dia no Seixal, com a esperança de um dia chegar à tão ambicionada equipa principal, e depois da conquista da passada UEFA Youth League, os jovens talentos estão expostos na montra à espera da sua oportunidade.

Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

Talentos estes como Diego Moreira, uma das principais estrelas e figuras da formação encarnada; Pedro Santos, Henrique Pereira e até Gerson Sousa. Todos estes jovens, embora apresentados como futuras promessas do clube da Luz, mostram-se capazes de fazer parte do presente da equipa encarnada e completar o puzzle que se vai construir, pelo menos, até Maio.

O Benfica enfrenta uma longa época pela frente e certamente surgirão problemas e adversidades. Resta saber a forma como vão ser enfrentados, solucionados e eventualmente resolvidos.

Guilherme Terras Marques
Guilherme Terras Marques
Orgulhoso estudante da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, vê no futebol e na sua cultura uma paixão. É apenas mais um jovem ambicioso que sonha fazer do jornalismo desportivo a sua vida. Escreve com o novo acordo ortográfico

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