O que se passa é o seguinte. O futebol, graças a qualquer coisa, evoluiu. Parece-me normal que com o passar dos tempos as coisas avancem para outros patamares, e o futebol não é exceção. O Benfica, tal como muitas outras equipas que procuram apostar em todas as frentes nas quais estão inseridas, procura fazer uma gestão, jogo após jogo, que permita ao treinador ter o maior número de jogadores disponíveis.
Isso implica que os 11, que jogam regularmente para provas de maior longevidade competitiva, como o campeonato ou a Liga dos Campeões, sejam diferentes daqueles que jogam em provas igualmente importantes, mas cuja especificidade permite e às vezes até requer, que o treinador rode jogadores.
O Benfica não tem duas equipas. O Benfica tem uma equipa, composta por 28 jogadores, que, à luz (nota aqui para o trocadilho/referência à catedral), daquilo que está a ser a época do Benfica, é gerida consoante os objetivos estabelecidos no início da temporada.
Faz-me confusão ouvir esta estória das duas equipas, referência utilizada com maior frequência por experts em futebol falado e adeptos das equipas adversárias, porque não faz sentido nenhum. Não tem aplicação literal. Já foi provado que a única forma que há de por esta teoria em prática é contra as regras e dá mau resultado para a equipa que o faz.
Antes de criarem expressões que acham sensacionalistas e que vai ser um hype enorme, pensem. Costuma dar melhor resultado. E, mais uma vez, volto a sublinhar, o Benfica não tem duas equipas. O Benfica, tal como o Sporting, como o Porto, o Braga ou o Guimarães, tem uma equipa. Acontece, que essa equipa é bem gerida consoante o que é pretendido.