📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

Pouco importa, pouco importa… queremos é o 36!

- Advertisement -

sl benfica cabeçalho 1

A cada defeso regressam e recrudescem nos corações benfiquistas sensações de desconfiança e temor – é um sinal positivo e, sobretudo, frutífero. Significa, essencialmente, que o benfiquista comum continua atento e que ainda não se cansou de vencer (e alguma vez se cansará?). Significa que o benfiquista comum compreende a natureza do seu clube, os seus princípios e objectivos fundadores e tudo aquilo que o rodeia; que conhece as verdades indesmentíveis e universais quanto à existência de campeões antecipados, permanecendo consciente do quão indispensável é, a cada ano e momento da competição, colocar ênfase em critérios de sucesso transversais e intemporais: humildade, dedicação, trabalho e superação.

Há um ano, por esta altura, o Benfica alterava o seu rumo – drástica e grosseiramente –, abdicando dum paradigma alicerce de vitórias, com futebol dominador e tantas vezes avassalador. Uma alteração com a qual, à época, discordei com veemência. Hoje, felizmente, permito-me confessar alegremente tais estrondosos equívocos, pois, ao contrário daquilo que prognosticava (tal como a esmagadora maioria dos benfiquistas), as coisas correram pelo melhor. O Benfica provou, em Portugal e na Europa, como divergem os misteriosos caminhos para o sucesso; e como no futebol não há bons e maus modelos, mas apenas aqueles que ganham e aqueles que perdem.

Luís Filipe Vieira ganhou a aposta, calando os críticos (onde lamentavelmente me incluo), com uma estratégia economicamente viável, financeiramente rentável e – atentando ao que realmente importa – desportivamente bem sucedida. Aos títulos alcançados, somaram-se as receitas milionárias obtidas através da prestação na Liga dos Campeões e das vendas de Gaitán e Renato Sanches. No espaço de um ano, o Benfica reduziu a despesa e aumentou a receita não precisando, para tal, de abdicar do seu estatuto competitivo, apresentando-se como candidato/favorito em todas as provas onde está inserido, seja no desporto rei, como noutras modalidades com verdadeira relevância no panorama desportivo nacional.

Os resultados alcançados justificam a política e, por conseguinte, a continuidade da estratégia usada. A diferença, largamente positiva, reside na capacidade que o clube demonstra, no presente, em manter a parte significativa do plantel (tri)campeão em título, ao contrário do sucedido em defesos anteriores. Jamais se poderá ignorar o impacto imediato das saídas de Gaitán e Renato Sanches, porém, em comparação com as habituais revoluções às portas do Estio, Rui Vitória terá, neste defeso, mais certezas quanto à construção do colectivo. Com outra significativa vantagem: desta vez, terá à disposição o tempo e o espaço de uma pré-época digna de um clube profissional, responsável e ambicioso, resumidamente, ao nível do Benfica, em contraponto com a experiência amadora pelas Américas surrealistas que estoicamente suportou no seu ano de estreia.

Rui Vitória tem, desta vez, uma pré-época à sua medida Fonte: SL Benfica
Rui Vitória tem, desta vez, uma pré-época à sua medida
Fonte: SL Benfica

O Benfica dispõe de jogadores experientes e talentosos, embora, na verdade, algo mais justifica a fome por títulos que tão bem tem sido saciada: o grupo está polvilhado de mística; um ingrediente que não se compra e muito menos se vende. Neste plantel, existem homens conscientes da grandeza do símbolo que carregam, da responsabilidade que lhes cabe, que assumiram com coragem e determinação, desde o primeiro dia de águia ao peito, a dimensão histórica deste clube, tão bem reflectida nos milhões vibrantes espalhados por todo o mundo. O compromisso assumido perante os objectivos colectivos e a sintonia com os adeptos – força fundamental, não só na Luz, como nos estádios espalhados pelo país – afiança a vontade de chegar sempre primeiro e mais alto. Para isso, o Benfica tem muitos capitães, não só Luísão, empunhando a braçadeira, mas também Júlio César, Jardel, Samaris ou Jonas, sem ela.

João Amaral Santos
João Amaral Santoshttp://www.bolanarede.pt
O João já nasceu apaixonado por desporto. Depois, veio a escrita – onde encontra o seu lugar feliz. Embora apaixonado por futebol, a natureza tosca dos seus pés cedo o convenceu a jogar ao teclado. Ex-jogador de andebol, é jornalista desde 2002 (de jornal e rádio) e adora (tentar) contar uma boa história envolvendo os verdadeiros protagonistas. Adora viajar, literatura e cinema. E anseia pelo regresso da Académica à 1.ª divisão..                                                                                                                                                 O João não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Xabi Alonso reage aos assobios após nova derrota: «Sabemos que isto vai passar»

Xabi Alonso tentou ver o 'copo meio cheio' no desaire frente ao Manchester City e garantiu que a equipa vai sair da série de maus resultados.

David Luiz fala sobre o interesse do FC Porto e faz revelações sobre a sua passagem pelo Benfica: «Não passei nos exames médicos»

David Luiz representou o Benfica no começo da sua carreira. Foi a sua primeira experiência no contexto europeu, onde se afirmou.

Pep Guardiola pisca o olho a jogador do Real Madrid: «É um jogador de outro nível»

Pep Guardiola não escondeu a admiração por Rodrygo, que voltou aos golos nove meses depois, aproveitando a ausência de Kylian Mbappé.

Antiga lenda do Manchester United defende Ruben Amorim: «Ele é alguém que morreria pelo clube»

Patrice Evra admite que a equipa não têm apresentado os resultados esperados, mas segura Ruben Amorim e pede reforços para atacar o top-4 da Premier League.

PUB

Mais Artigos Populares

Jude Bellingham sem filtros após nova derrota do Real Madrid: «Vamos ter de aguentar esta m****»

Jude Bellingham não escondeu a frustração após o desaire frente ao Manchester City, mas saiu em defesa de Xabi Alonso.

Artur Soares Dias elege os jogadores mais ‘chatos’ que apitou: «Apanhei muitos jogadores chatos; o Otávio do FC Porto por exemplo»

O antigo árbitro Artur Soares Dias falou sobre os jogadores que mais pressionam em campo e deixou uma proposta radical para acabar com as simulações.

Filipe Cândido deixa o Paços de Ferreira em zona de descida

A crise de resultados do Paços de Ferreira ditou a saída de Filipe Cândido. Marco Paiva assume o comando interino para o duelo com o Lusitânia de Lourosa.