5 nomes que merecem integrar o mural da Rotunda Cosme Damião

1.

Fonte: SL Benfica

Ribeiro dos Reis – Das qualidades pouco ortodoxas, mas eficazes como avançado centro, disseram certo dia que “metia golos com a canela, para ser mais saboroso”, aludindo ao estilo combativo enquanto futebolista: nunca foi um craque assumido, antes jogador sempre comprometido com os objectivos da equipa.

A fama eterna viria do seu carácter nobre, honesto e imparcial, construído na sua formação casapiana, e das distintas competências enquanto militar, jornalista, treinador, dirigente e … árbitro. Foi o primeiro português no Comité de Arbirtragem da FIFA e membro da sua Comissão de Regras, de 1952 a ’61.

Um estudioso e entusiasta do jogo e da paixão de uma vida, o Benfica. Em tempos de crise, o clube recorria aos seus préstimos enquanto técnico principal, qual D. Sebastião, para se encarregar de missões quase impossíveis, para as quais tinha sempre o estofo e brio necessários.

Na primeiríssima das vezes, comandou os encarnados à vitória no Campeonato de Lisboa de 1931, interrompendo jejum de 13 anos; no último salvamento, em 1953, ganha a Taça de Portugal – aplica chapa cinco ao FC Porto comandado por Cândido de Oliveira, amigo inseparável (companheiros na fundação d’A Bola, mais Vicente de Melo) que se tornou rival, fruto das circunstâncias da vida.

Foi também pioneiro na Selecção Nacional. Foi o primeiro seleccionador único e autor da primeira vitória de sempre – 1-0 à Itália, em 1924. Oito anos depois, voltaria a colaborar com a Federação para ajudar em tempos conturbados, na caminhada para o Mundial de 1934. Em jogo para esquecer, acarreta responsabilidades num triste 9-0 sofrido em Chamartín, frente à Espanha: dias depois, em tentativa de desforra, perde 2-1. Abdica imediatamente e, vítima de escárnio avassalador, nunca mais volta.

Torna-se Águia de Ouro em 1943, quando se assinalavam 30 anos ao serviço do Sport Lisboa e Benfica. Assim justificou a direcção merecida homenagem: “Vibrante, sincera, grandiosa, mas sem o falso esmalte protocolar, a alguém do desporto nacional, homem de espírito forte e forte acção, que tem lutado sempre com a mesma fé, indiferente à maledicência, alheio aos manejos da baixa política desportiva. Os murmúrios dos despeitados e dos maldosos nunca o fizeram vacilar no caminho correcto».

Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

Pedro Cantoneiro
Pedro Cantoneirohttp://www.bolanarede.pt
Adepto da discussão futebolística pós-refeição e da cultura de esplanada, de opinião que o futebol é a arte suprema.

Subscreve!

Artigos Populares

Para Luís Campos não há debate: Ousmane Dembélé é o claro favorito à Bola de Ouro

Luís Campos não tem dúvidas, Ousmane Dembélé é o principal candidato à Bola de Ouro. PSG conta com nove jogadores indicados ao prémio.

Chris Wilder regressa ao Sheffield United 3 meses depois de ter sido despedido

Chris Wilder regressa ao Sheffield United apenas três meses depois de ter sido despedido por não conseguir a subida à Premier League.

Arsenal interessado em estrela do Barcelona

O Arsenal está interessado em Frenkie de Jong, e pode avançar para a sua contratação em janeiro. Jogador do Barcelona, termina contrato no verão de 2026.

Bayern Munique pensou em avançar por Raheem Sterling

O Bayern de Munique terá elaborado uma abordagem no último dia de transferências para contratar Raheem Sterling. Jogador não conta para Enzo Maresca.

PUB

Mais Artigos Populares

Portugal Legends brilha e aplica goleada ao Resto do Mundo

A equipa do Portugal Legends recebeu e venceu uma equipa composta por craques do Resto do Mundo por 4-1, no Estádio José de Alvalade.

Académico de Viseu não atina e tropeça frente à Oliveirense

O Académico de Viseu foi a Oliveira de Azeméis empataram a duas bolas frente à Oliveirense, em jogo da quinta jornada da Segunda Liga.

Carlos Carvalhal desejado pelo Estrela da Amadora para assumir o cargo de treinador

Carlos Carvalhal está a ser apontado ao cargo de treinador do Estrela da Amadora. José Faria abandonou a Reboleira.