SC Braga 3-0 SL Benfica: Ricardo e Abel, de mãos dadas com o golo

    Benfica

    A CRÓNICA: SC BRAGA FAZ DESAPARECER INVENCIBILIDADE ENCARNADA E COLOCA LIGA EM AVISO

    Era jogo da 14.ª jornada e colocava SL Benfica, primeiro classificado, a deslocar-se ao Municipal de Braga para defrontar o SC Braga, terceiro classificado com nove pontos de atraso para as águias.

    A partida iniciou com a equipa da casa a ser ofensiva e a colocar bastantes homens no último terço do líder do campeonato. E logo aos 2’ minutos, são brindados de imediato. Iuri coloca a bola com classe para Abel Ruiz que só teve de finalizar na cara de Odysseas e meter o marcador em 1-0, bem cedo no jogo.

    Apenas Benfica depois do quarto de hora, mas demorava a traduzir-se em oportunidades de golo. Elas surgiram, mas para a formação da casa. Racic rematou rasteiro para defesa segura do guardião encarnado e pouco depois recuperação dos minhotos levou Abel Ruiz para perto da baliza, onde esteve perto de bisar, mas uma grande defesa do guarda-redes grego do Benfica impediu que isso acontecesse. O SC Braga, de um momento para o outro, organizou vários ataques e ameaçava seriamente a baliza do seu adversário com lances de bola parada.

    Poucos minutos depois, aos 32’ minutos, no Benfica voltou mesmo tudo a correr mal. Os arsenalistas foram felizes no momento de colocar a bola na baliza e Ricardo Horta, a meios com um jogador encarnado, ampliou a vantagem bracarense. Aos 39, motivos para sorrir para Artur Jorge. Golo 101 de Horta com a camisola minhota.

    A passagem pelos 45 minutos trouxe mais um lance passível de oportunidade para Abel Ruiz, mas não conseguiu ser mais rápido que Odysseas. Cobrança de canto, no último lance nesta parte, quase que inaugurava o marcador para o Benfica, mas Otamendi a não foi feliz no seu cabeceamento. A águia que partiria mesmo para a segunda parte em desvantagem por 2-0.

    Ao Benfica, cabia manter o equilíbrio e, ao mesmo tempo, adicionar rasgo e imprevisibilidade ao seu jogo, para entender melhor os espaços a ganhar. As opções não eram muitas. Para demonstrar essa intenção, Musa entrou ao intervalo para acrescentar poder de fogo.

    O quarto de hora da segunda parte trouxe mais oportunidades para o Benfica, que começava a pegar no jogo. E foi aí que entou a velha máxima de “quem não marca, sofre”. O Benfica insistiu e insistiu, mas sem sucesso. Ao minuto 72’, um contra-ataque rápido lançado por Matheus descobriu Iuri Medeiros, que entregou o golo numa bandeja a Ricardo Horta, que fez o 3-0 e bisou na partida.

    O Benfica tentou fazer com que houvesse esperança no jogo e com uma bela jogada, Grimaldo ficou perto de o conseguir. No entanto, Matheus fechou-lhe a baliza e retirou-lhe essa oportunidade.

    Na entrada para os restantes e finais minutos, uma história com capítulos curtos. Benfica a chegar ao ataque, mas sem arte e engenho para quebrar o Braga, que conseguiu aguentar o 3-0 e fica agora a seis pontos do líder.

    A FIGURA

    Fonte: Paulo Ladeira/Bola na Rede

    Ricardo Horta – A figura chave do jogo. Frio na cara de golo como é normal, foi preponderante na manobra ofensiva da sua equipa pela esquerda. Entende perfeitamente os movimentos de Iuri na ala contrária e sabe sempre onde aparecer na área. Marcou o segundo e o terceiro e foi decisivo na vitória da sua equipa.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Paulo Ladeira/Bola na Rede

    Florentino Luís – Permaneceu bastante incerto no capítulo do passe e foi um dos motivos da inquietação ofensiva das águias. Foi bastante pressionado e cambaleou sob pressão. Não teve a ajuda dos seus colegas, mas hoje nem no capítulo do desarme foi tão forte como é habitual. O seu desempenho deixou a desejar e foi substituído ao intervalo.

    ANÁLISE TÁTICA – SC BRAGA

    Artur Jorge “concedeu” o domínio da posse ao Benfica com uma organização em 5-4-1, montada no momento defensivo, a preocupar-se em conter o ataque encarnado. Iuri Medeiros estava encarregue da ala direita e Gomez baixava para os centrais, com Paulo Oliveira a ter o papel maior sempre de contenção.

    A composição natural do meio-campo transformava-se e os cinco passavam para quatro na defesa, com André Horta a ter um papel mais adiantado nas costas de Abel Ruiz.

    Ricardo Horta praticou perpetuamente a posição mais interior de complementaridade com Sequeira, com Iuri do outro lado a não arredar a pé das zonas defendidas por Grimaldo. Musrati era o pêndulo defensivo e sempre a solução mais próxima dos laterais.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Matheus (7)

    Victor Gomez (7)

    Niakaté (6)

    Paulo Oliveira (7)

    Sequeira (6)

    Musrati (7)

    André Horta (7)

    Racic (6)

    Ricardo Horta (8)

    Abel Ruiz (6)

    Iuri (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Hernani (5)

    Tormena (6)

    Castro (6)

    Vitinha (6)

    Rodrigo Gomes (-)

    ANÁLISE TÁTICA SL BENFICA

    O Benfica de Schmidt alterou apenas de forma ligeira a sua dinâmica, com Aursnes a ser um extremo mais a tender para terceiro médio descaído para a esquerda, mas com a ideia geral a ser mantida da procura do espaço em zonas centrais. Rafa jogou como avançado entrelinhas num fase inicial, mas com a segunda parte a trazer dois avançados mais preocupados com o ataque à profundidade e o ex-internacional português a aparecer como extremo desequilibrador que faltava.

    A construção foi sempre a três, com Enzo e Florentino a alternarem para vir buscar jogo.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Odysseas (5)

    Bah (6)

    Otamendi (5)

    António Silva (6)

    Grimaldo (6)

    Florentino (5)

    Enzo (6)

    João Mário (6)

    Rafa (5)

    Aursnes (6)

    Gonçalo Ramos (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Petar Musa (6)

    Draxler (5)

    Gilberto (5)

    João Neves (-)

    Chiquinho (-)

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    SC BRAGA

    Bola na Rede: Várias figuras no Braga, no entanto é Abel Ruiz que desbloqueia o jogo através do golo. Esse golo e a capacidade que teve sempre de recuar para dar superioridades, fazem com que olhe para o jogador como uma certeza no seu onze para os jogos que se seguem?

    Artur Jorge: Aquilo que o Abel fez, e muito bem, não deixa de ser um trabalho na mesma medida que os seus colegas têm feito. Foi uma equipa que valeu pelo seu todo, tem sido uma das premissas que tenho tido e tentado no plantel, todos serem importantes no momento em que são chamados e tivemos de facto a felicidade e capacidade de marcar o golo muito cedo, que nos da estabilidade e
    ânimo, da mesma forma que o golo da semana passada nos condicionou. É um jogador com quem contamos, que acrescenta a equipa aquilo que sabemos que é capaz. Quero insistir que foi um resultado da equipa, todos tiveram um papel fundamental com um compromisso a 100% para que o Sporting de Braga vencesse.

    SL BENFICA

    Não foi possível colocar questões ao técnico Roger Schmidt.

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    Fernando Coelho
    Fernando Coelho
    Jogador de futsal amador, treinador de bancada profissional. A aprender diariamente, acredita que o desporto pode ser diferente. Escreve com acordo ortográfico.