O Benfica, apesar da valorosa entrada, deparava-se, ao cabo dos primeiros 45 minutos, com dois problemas: Pizzi e Salvio. O português não deu a rotação habitual ao jogo, pois estava mais à frente que o habitual e ali, quase a 10, ele não rende, pois não tem a visão de jogo e a técnica de jogar e fazer jogar. E Salvio está totalmente fora de forma e este não era o jogo para ele. Ainda ensaiou as suas habituais cavalgadas, mas pouco fez. Talvez o erro de Vitória tenha sido não lançar desde logo Talisca e Guedes, que trouxeram muito ao jogo. E o brasileiro está muito mais confortável por ali do que Pizzi. E Guedes trouxe o entusiasmo e a capacidade de rotura que Salvio nunca teve.

Fonte: #SL Benfica
Com a 2ª parte, os problemas da 1ª não desapareceram. Era um Benfica abatido, que havia sentido o golo e de que maneira. As alas continuavam em via verde e o meio muito permissivo à circulação, com Fejsa e Sanches em clara perda e Pizzi lá longe. O Bayern circulava a bola com total à vontade e a equipa parecia desligada, com Lindelof a ser um patrão. Esse alheamento aliado a falta de pressão ficou consubstanciado no 1-2. Eliseu é batido por Martinez que assiste Muller que, sozinho, só tem de encostar. E se não fosse este, já outro alemão se aprestava para marcar, estando ambos sozinhos. E com este resultado, aos 52 minutos, a eliminatória estava sentenciada e o jogo arrastava-se com o Bayern a acercar-se do meio campo do Benfica com facilidade e Ederson continuava a brilhar. Outro problema era que Sanches não estava a conseguir libertar-se, jogando simples, mas sem profundidade ou verticalidade.