O mesmo se pode dizer de Julian Weigl, ainda que o seu estatuto na equipa se tenha consolidado a partir de janeiro e seja, neste momento, o único com lugar cativo no meio-campo. É, portanto, um dos intocáveis.
Outras incógnitas situações como a de Svilar (que até termina contrato em 2022), Grimaldo (sempre com muitos pretendentes para a compra do seu passe e a possibilidade de gerar encaixe avultado), Gabriel, Cervi (o namoro do RC Celta de Vigo prolonga-se, sem fim à vista) ou Pizzi ainda não foram resolvidas e estima-se que apenas Odysseas Vlachodimos tenha a sua saída consumada.
Ao penúltimo dos citados, cabe a si a decisão perante as evidências – a perda da titularidade no onze, o acumular da idade e a cada vez menor preponderância na manobra da equipa.
Pizzi foi o jogador com mais participações do plantel (47 jogos), porém é uma estatística que não atesta bem a sua desvalorização: apenas 31 titularidades, 19 no contexto da Primeira Liga, números sem paralelo nos últimos sete anos (só comparáveis aos da primeira época na Luz) e que retratam bem a fase de menor fulgor. Altura certa para mudar de ares?
Do onze inicial, Helton Leite, Lucas Veríssimo, Otamendi, Julian Weigl, Rafa, Everton – com um final de época acima da média – e Diogo Gonçalves serão certamente valores seguros na próxima construção do plantel e sob os quais se rodearão as restantes peças do tabuleiro.
A base parece finalmente estar definida para Jorge Jesus, à qual poderemos acrescentar Darwin Núñez, pelas características ao gosto do técnico, e Haris Seferovic, que viu Pedro Gonçalves roubar-lhe o segundo prémio de melhor marcador no sprint final. Ao avançado suíço o futuro ficará definido pela prestação no Europeu: exibições bem conseguidas nas titularidades mais do que prováveis que acrescentará ao currículo internacional e um grande contrato poderá aparecer, numa idade (29) em que são imperativas decisões de futuro imediato, contrabalançado as necessidades profissionais e pessoais.