Amora FC 1-0 FC Ferreiras: Amorenses seguem em frente na Taça

    A CRÓNICA: NUM JOGO MAIS BATIDO DO QUE ESPETACULAR, O SUPLENTE VALDO TÉ SAIU DO BANCO PARA DAR A VITÓRIA

    Amora Futebol Clube e Futebol Clube Ferreiras encontraram-se no Estádio da Medideira para disputar a 2ª Eliminatória da Competição rainha do futebol, a Taça de Portugal.

    O Ferreiras, que atua na 1ª Divisão Distrital do Algarve, chegava a esta eliminatória depois de eliminar o Louletano, um resultado surpreendente tendo em conta que o Louletano atua numa divisão superior, o Campeonato de Portugal. Para continuar em competição, os algarvios teriam de surpreender novamente e bater uma equipa do escalão superior.

    A primeira parte foi marcada pelo Amora a dominar a posse de bola, mas a ser incapaz de criar verdadeiras ocasiões de perigo. O quarteto ofensivo da equipa da casa chegava com facilidade ao último terço do Ferreiras, mas a defesa visitante lidava bem com o perigo. Apoiados nessa organização defensiva, o Ferreiras lançava contra-ataques que iam incomodando a defesa amorense, com o avançado Diogo Palma a ser o principal alvo. Por duas ocasiões o número 25 do Ferreiras esteve em posição privilegiada para inaugurar o marcador, mas acabou por não conseguir fazer o primeiro.

    Os adeptos, que se encontravam fora do estádio, mas junto às vedações para poderem acompanhar a sua equipa, viam um jogo lento, e quando se recolheu aos balneários com uma igualdade a zero, o resultado adequava-se à partida.

    No segundo tempo o jogo lento continuou, mas o Amora aparecia mais lúcido ofensivamente. Mantendo a aposta no ataque pelas laterais, o guarda-redes visitante, Duarte Encarnação, foi obrigado a intervir várias vezes para manter o nulo. O Ferreiras abdicava do seu jogo ofensivo e não conseguia sair em ataque organizado ou em ataques rápidos o que ia desgastando mais a equipa.

    Um dos que mais sentiu esse desgaste foi o central Lúcio Oliveira, que, no espaço de 10 minutos, recebeu dois cartões amarelos e foi expulso

    Até ao final o Amora pressionou, controlando a bola e jogando no meio-campo adversário, mas apesar dos seus esforços a igualdade a zero manteve-se e o jogo seguiu para prolongamento.

    No prolongamento, e com mais um jogador, a equipa da casa pressionou e teve dois cabeceamentos de Valdo Té que bateram com estrondo nos postes, mas o nulo persistia e o Ferreiras acreditava. Essa esperança cresceu ainda mais quando o central amorense, João Sousa, recebeu ordem de expulsão com um cartão vermelho direto.

    O golo chegou à passagem do minuto 115, e como diz o ditado “À terceira é de vez”. Canto batido do lado direito do ataque do Amora e Valdo Té, avançado do Amora que falhara duas oportunidades anteriormente, saltou mais alto e cabeceou certeiro para fazer o 1-0. O Amora passa assim para a próxima fase da Taça de Portugal, mas o Ferreira cai de cabeça erguida.

     

    A FIGURA

     

    Aloísio Genézio – O médio amorense foi a ancora da equipa no ataque e na defesa. Ao longo do encontro, Aloísio pautou os tempos de jogo do Amora e foi capaz de manter a cabeça fria quando o Ferreiras se aproximava da baliza. Foi substituído nos minutos finais quando o Amora procurava o golo a todo o custo.

     

    O FORA DE JOGO

    Fonte: FPF

    Lúcio Oliveira – O central levou dois cartões amarelos de forma rápida e obrigou a equipa a atacar os últimos minutos da partida com menos um. Com o Amora a pressionar e a aproximar-se do golo, o central obrigou a sua equipa a esforços redobrados.

     

    ANÁLISE TÁTICA – AMORA FC

    O Amora apostou num 4-4-2 que lhe permitiu explorar a velocidade de Joca, Jordão, Dwann e Matheus Souza, mas mantendo o equilíbrio com Hélio Cruz e Aloísio, dois atletas que controlavam o meio-campo e davam segurança no processo defensivo.  Com laterais de vocação mais ofensiva, a equipa da casa apostava no ataque pelos corredores.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Mickael Meira (7)

    Fábio Pala (7)

    Alexsandro Ribeiro (6)

    Bruno Langa (7)

    Jorge Monteiro (7)

    Dwann Oliveira (6)

    Jordão Cardoso (5)

    Aloísio Genézio (8)

    Hélio Cruz (7)

    João Sousa (4)

    Matheus Souza (6)

    SUBS UTILIZADOS

    João Gomes (6)

    Valdo Té (8)

    Tiago Feiteira (7)

    Pedro Farrim (7)

    André Velez (7)

    ANÁLISE TÁTICA – FC FERREIRAS

    Com o pendor ofensivo do Amora, o Ferreiras apostava mais na organização defensiva e em lançar contra-ataques rápidos, com Diogo Palma a ser o seu principal alvo. O avançado era uma ameaça contante devido à facilidade com que atacava a profundidade e criava situações de finalização.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Duarte Encarnação (7))

    David Monteiro (7)

    Peixinho (6)

    Dragnev (6)

    Edinho (6)

    Pias (7)

    Lúcio Oliveira (5)

    André Sustelo (6)

    João Rosa (7)

    Diogo Palma (7)

    Chico (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Jorge Martins (7)

    Tomás (6)

    Quintino (6)

    Carminho (6)

    Daniel Oliveira (7)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    FC Ferreiras

    BnR: Sabendo desse jogo na 4ª feira que teve 120 minutos e desgastou a equipa, o objetivo para este jogo passava por tentar vencer dentro dos 90 minutos, ou tentar estender um pouco mais e tentar a vitória no prolongamento ou nos penalties?

    Nuno Costa: Nós vínhamos para discutir o jogo nos 90 minutos, não vínhamos cá a pensar no prolongamento ou nos penalties. Nós vínhamos claramente para discutir o jogo nos 90 minutos e tentar ganhar o jogo nos 90 minutos, mas claro que sabíamos da valia e da qualidade do Amora. Tínhamos observado o Amora frente ao Olhanense e tínhamos reparado na excelente equipa e nos bons jogadores que têm, e é lógico que eles com uma semana toda a trabalhar este jogo, com o descanso normal de uma equipa profissional, claramente saíam em vantagem. De todas as vantagens que já tinham, ficaram com mais esta, porque realmente nós jogámos na 4ª feira, estamos logo a jogar no domingo com duas equipas praticamente iguais, é muito complicado.

    Amora FC

    BnR: Os jogadores vindos do banco acabaram por ter impacto direto no jogo, o Valdo Té vem do banco e marca o golo da vitória. Qual foi a linha de pensamento por detrás dessa substituição?

    Bruno Dias: Relativamente à entrada do Valdo, naquele momento nós precisávamos claramente de afundar a linha adversária porque estávamos a atacar poucas vezes a última linha. Estávamos a dar demasiado conforto à última linha adversária porque estávamos a pedir muita ligação e o nosso segundo avançado estava a baixar como um terceiro médio, em vez assumir mais a sua posição de atacar a última linha. Estava-nos a faltar profundidade, e com a entrada do Valdo e do [João] Gomes em simultâneo, claramente quisemos mudar a forma de atacar, envolver muito mais os nossos laterais e ter mais gente à frente da linha dos médios do adversário e empurrar a linha adversária para próximo do guarda-redes, o que claramente foi conseguido, conseguimos que a defesa adversária baixasse ainda mais no terreno.

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    Leonardo Costa Bordonhos
    Leonardo Costa Bordonhoshttp://www.bolanarede.pt
    É jornalista desportivo e o andebol e o futebol foram o seu primeiro amor. Com o passar do tempo apaixonou-se também pelo basquetebol e futebol americano, e neste momento já não consegue escolher apenas um                                                                                                                                                 O Leonardo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.