Viagem difícil do SC Braga ao terreno do Besiktas JK, onde os adeptos criam o ambiente muito adverso. Porém, face às classificações, os turcos estão mais pressionados a ganhar. Sá Pinto entra em campo com um 4-3-3: meio-campo reforçado e velocidade nas alas. Já o Besiktas apresenta-se num 4-3-2-1 e o onze é o… “possível”, nesta altura, visto que há muitos lesionados, a saber: Gonul, Douglas, Victor Ruiz e Burak Yilmaz.
O Besiktas JK entrou forte, a pressionar alto e a roubar a bola aos bracarenses em zonas perto da baliza dos mesmos. Aos quatro minutos, Tyler Boyd ia fazendo o primeiro, numa jogada de insistência, atirando ao poste da baliza de Matheus. Aos oito minutos, o outro conhecido dos portugueses, Rebocho, à entrada da área, chutou com selo de golo, mas a bola acabou desviada na cabeça de Bruno Viana. O SC Braga via jogar e as “águias negras” estavam perto do golo.
O jogo continuava na mesma toada, mas com SC Braga ligeiramente mais confortável em campo. Precisamente neste sentido, aos 21 minutos, teve a sua primeira grande oportunidade para marcar, dominando a bola num curto espaço mas a finalizar mal, com excessiva força, por cima.
O Besiktas JK, face ao facto de ainda não ter inaugurado o marcador, começava a evidenciar falta de calma, com um jogo pouco pensado e a tentar chegar à baliza dos minhotos com rapidez.
Como “depressa e bem não há quem”, aos 38 minutos, Paulinho recuperou numa zona onde não se pode perder a bola, num erro crasso de Ozyakup – que até aqui estava a ser um dos melhores dos turcos –, assiste Galeno que permite a defesa de Karius, incompleta, caindo o esférico para os pés de Ricardo Horta. Perante a baliza deserta, atira para 0-1.
Os homens da casa, até ao intervalo, aumentaram o ritmo (novamente), mas sem grandes consequências. No entanto, ao minuto 43, na sequência de um livre, Llajic fez um grande remate, que acabou no poste da baliza defendida por Matheus.
A segunda parte começou logo com duas grandes oportunidades para o SC Braga aumentar a vantagem, aos 48 e aos 52 minutos. Galeno chutou ao poste, dentro da área, e logo a seguir Novais, de meia-distância, proporcionou uma excelente defesa ao alemão que defende as redes turcas.
Até aos 70 minutos, nada de relevante se passou, com os minhotos a controlar o jogo, o que lhes interessava. Mas Avci foi astuto nas substituições, colocando homens de ataque e criativos, e neste preciso minuto, Umut, que tinha entrado há quatro minutos, finalizou de cabeça na área, sem hipótese para Matheus. Os jogadores do SC Braga pediram fora-de-jogo, sem razão.
Momento de descontrolo dos portugueses e o Besiktas JK aproveitou, conseguindo um penálti aos 72 minutos. Pablo faz falta clara e o que até aqui estava controlado, complica-se. No entanto, a maior ajuda do SC Braga durante este jogo, os postes, voltaram a aparecer. Llajic encarregue de bater, acerta em cheio no ferro, apesar de Matheus ter adivinhado o lado.
Com este pequeno ânimo dado pelo falhanço turco, Sá Pinto mexeu na equipa, colocando em campo Uche e Wilson Eduardo. Substituições que resultaram na perfeição. Aos 77 minutos, Wilson deu o primeiro aviso, falhando isolado na cara de Karius, mas dois minutos depois, acabou mesmo por marcar. Boa jogada de Galeno – o melhor em campo – pela ala, que descobriu o colega no coração da área, solto de marcação, rematando rasteiro e colocado. 1-2, com alguma sorte à mistura.
A partir daqui, foi aguentar até ao fim. Os turcos optaram por bombear bolas para a área, criando algum perigo, mas nada que não fosse controlável. O último passe do Besiktas JK falhava, invariavelmente.
Ponto final no desafio, com o SC Braga “europeu” a ser o melhor SC Braga da época 2019/20. No total, sete pontos conquistados e uma posição bastante vantajosa para que possam chegar à fase seguinte da LE.
ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES:
Besiktas JK: Loris Karius, Enzo Roco, Vida, Pedro Rebocho, Caner Erkin, Mohamed Elneny, Necip Uysal (Umut, 67’), Adem Ljajić, Oguzhan Ozyakup (Kayra Yilmaz, 61’) Tyler Boyd (Segcin, 84’), Güven Yalcin.
SC Braga: Matheus, Sequeira, Pablo, Bruno Viana, Ricardo Esgaio, Palhinha, Novais (Agbo Uche, 75’), André Horta (Wilson Eduardo, 77’), Galeno, Paulinho (Rui Fonte, 83’) e Ricardo Horta.